Honrados na saída
O Benfica empatou (3-3) com o Liverpool na 2.ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões. A campanha europeia terminou em Anfield.
Houve de tudo em Anfield! Honra, eficácia ofensiva, desacerto em bolas paradas defensivas, dois golos anulados às águias – um aos da casa – e grande apoio benfiquista, antes, durante e depois, no empate (3-3) insuficiente para que o Benfica corrigisse o 1-3 de Lisboa e saísse da 2.ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões com o apuramento para a próxima fase da competição.
Um Benfica sem Rafa no onze e com Diogo Gonçalves no seu lugar, e um Liverpool, entre jogos com o Manchester City (Liga e Taça de Inglaterra), a apresentar sete alterações na equipa inicial face àquela que subiu ao relvado do Estádio da Luz na 1.ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, foram os primeiros apontamentos para o arranque de jogo.
Procurando a profundidade e a velocidade de elementos como Diogo Gonçalves, Darwin (a cair muito sobre a esquerda) e Everton, os comandados de Nélson Veríssimo tentaram manter o seu jogo estável para surpreender um rival em gestão. O primeiro sinal de perigo surgiu aos 11', quando Darwin escapou pela esquerda, fugiu a Matip, entrou na área e, junto à linha de fundo, perto da pequena área, viu um defensor intercetar o seu cruzamento para as mãos de Alisson.
Estava dado um sinal do prometido em Lisboa pelos benfiquistas: tentar marcar primeiro e condicionar o Liverpool. E por pouco tal não aconteceu aos 13'. Everton, sobre a direita, rematou cruzado rente ao poste direito. O brasileiro levou as mãos à cara, tal foi a proximidade com que a bola passou junto à baliza inglesa.
O Liverpool começou então a acelerar o seu jogo, em especial por Diogo Jota e Luis Díaz. Odysseas, aos 14' e 20', teve duas saídas arrojadas aos pés dos avançados contrários.
Tal como na Luz... Konaté abriu as hostilidades e o marcador. O defesa-central francês, a canto de Tsimikas na esquerda, subiu mais alto que Otamendi e Vertonghen e, entre estes, fez o primeiro golo da partida (1-0) aos 21'.
Darwin respondeu dois minutos depois e por poucos centímetros viu fundamentada a decisão de invalidar o golo que obteve após ter partido em posição irregular.
Roberto Firmino, no lado oposto, novamente na sequência de um lance de bola parada, cabeceou a bola na direção das costas de Vertonghen e esta saiu junto à barra da baliza encarnada. O segundo golo esteve perto à passagem da meia hora de jogo.
Ora, quem mostrou frieza e categoria foi Gonçalo Ramos! O internacional Sub-21 português aproveitou uma bola que saiu dos pés de Milner, em disputa com Diogo Gonçalves, para, na cara de Alisson, igualar (1-1) o encontro para gáudio dos Benfiquistas presentes em Anfield.
Sempre que acelerava, o Liverpool criava problemas. Keïta, aos 37' e 45', tentou a sua sorte com dois remates executados fora da área, o segundo dos quais quase a tirar tinta ao poste direito. Pelo meio valeu Grimaldo, aos 38', a tirar de carrinho a bola de Luis Díaz quando este, sem marcação, na área, estava prestes a encostar para o golo. O derradeiro lance de ataque no primeiro tempo teve como protagonistas Joe Gomez e Odysseas, em período de descontos. Um rematou o outro encaixou a bola com segurança.
Nélson Veríssimo foi à procura de maior contundência ofensiva e lançou Yaremchuk no jogo no início da segunda parte. O avançado ucraniano colocou-se entre Matip e Konaté, Darwin derivou para a esquerda e Diogo Gonçalves sentou-se no banco de suplentes.
Aproveitando uma sucessão de erros defensivos do Benfica aos 55' – a bola entrou facilmente entre os centrais para Luis Díaz, não foi controlada pelo colombiano, mas também não foi agarrada por Odysseas, e depois houve um alívio imperfeito de Vertonghen para os pés de Diogo Jota (autor da assistência) –, Roberto Firmino fez o segundo golo do Liverpool (2-1).
Em novo lance de bola parada o Liverpool ampliou a vantagem (3-1). Tsimikas bateu o livre largo, Otamendi foi o único que se fez à bola, não conseguindo intercetar a mesma de cabeça, e Roberto Firmino, letal, bateu Odysseas.
Um excelente passe de Grimaldo, aos 73', para Yaremchuk deixou o ucraniano na cara de Alisson. O avançado passou pelo guardião brasileiro e reduziu a diferença no marcador (3-2), golo que teve de ser validado pelo VAR.
Aos 83' o Benfica empatou! Lançamento longo de Weigl para João Mário, este não dominou bem a bola, mas o toque foi suficiente para a encaminhar para Darwin, que não perdoou (3-3). O árbitro assistente ainda assinalou fora de jogo, mas o VAR confirmou o golo encarnado.
O Liverpool, surpreendido, viu Alisson no minuto seguinte, aos 83', parar com uma grande estirada um remate forte e rasteiro de Darwin! Até final, a gerir em posse, os da casa procuraram jogar pela certa, mas a verdade é que a bola ainda foi parar ao fundo de cada uma das balizas, ambas após irregularidades.
Sadio Mané, aos 90', estava adiantado no momento do passe de Salah e de nada valeu o encosto na cara de Odysseas, e, no último minuto do jogo, aos 90'+5', foi Darwin, também adiantado, a ver um golo invalidado, o qual daria o triunfo ao Benfica.
As águias, eliminadas nos quartos de final da Liga dos Campeões perante um dos favoritos à conquista da prova, acabaram o encontro aplaudidas pelos seus adeptos (que se fizeram ouvir durante 30 minutos após o jogo e perante os agradecimentos dos atletas). No domingo, 17 de abril, o Benfica volta à frente interna perante o Sporting, às 20h30, no Estádio José Alvalade, em jogo referente à 30.ª jornada da Liga Bwin.
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