Ouvi alguma gente do Benfica mostrar-se relativamente satisfeita com aquele tipo sensato de respostas fornecidas por Rui Vitória perante a curiosidade pueril da generalidade da imprensa a propósito da recente investida de Sérgio Conceição, um dos maiores desordeiros do futebol nacional, contra o carácter do treinador da equipa tetracampeã nacional.
A ideia que ficou entre os apaniguados do Benfica – e, não necessariamente, apaniguados de Rui Vitória porque depois de perder o comboio de três competições no espaço de um mês não há treinador a quem sobrem muitos amigos – é que Vitória foi, uma vez mais, igual a si próprio. Um sujeito basicamente cordato, avesso a provocações e que, por isso mesmo, se vai recusando a dar troco a rufias. Foi este o pequeno conforto – as boas maneiras – disponibilizado pelo treinador do Benfica aos benfiquistas no momento em que o mais popular entre todos os clubes portugueses vem sofrendo o maior ataque que alguma vez sofreu de modo tão concertado ao longo de cento e alguns anos da sua História.
Não tendo, de facto, nada a opor ou a corrigir à maneira como Rui Vitória vai lidando o gado bravo nas arenas da comunicação, permito-me, no entanto, sucumbir a um momento de nostalgia evocando a personalidade do treinador inglês Jimmy Hagan, que passou pelo Benfica na década de 70, nunca se dando ao trabalho de debitar mais do que duas palavras sempre que o vinham aborrecer com perguntas maçadoras: "No comments!" E mesmo quando as questões eram menos maçadoras, e até de algum modo interessantes, Hagan raramente se alargava em considerações que extravasassem o seu laconismo de marca e lá seguia distribuindo democraticamente os seus "no comments!" até que a multidão sedenta de manchetes desistisse de o importunar. Mas, para uma coisa destas, só um inglês do século passado.
O Benfica venceu no campo do Tondela e no campo do Moreirense porque os seus adversários fizeram o frete aos campeões nacionais. Entretanto, o Benfica joga esta noite em Braga para a discussão do 3.º lugar da tabela e se, eventualmente, conseguir vencer o seu adversário também se insinuará que o Sporting de Braga de Abel Ferreira lá fez o frete ao Benfica. É esta a sugestão maldosa que o presidente e a maltosa que gere a página do diretor de comunicação do Sporting e ainda a linha editorial do canal oficial de televisão do clube apostaram em fazer correr ao longo da semana. Um escritor escocês, John Buchan, definiu em 1924 num dos seus curiosos romances de aventuras exóticas um certo tipo de personagens lamentáveis a quem chamou de "imbecis morais", uma espécie de "fanáticos" que subsistem do "ódio selvagem contra qualquer coisa". De facto, para uma ficção destas, só um escocês do século passado.
Leonor Pinhão, in Record
Imbecis morais, escroques de lupanário e refinados filhos da puta, é o que essa caterva de alimárias merece que se lhes chame.
ResponderEliminarOs do alvalixo mais uma vez foram arrasados pela Leonor Pinhão ,lindo
ResponderEliminarGanda Leonor, é mesmo filha do grande Carlos Pinhão...
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