sexta-feira, 22 de junho de 2012

INFERNO DA LUZ


Inferno da Luz: décadas de memória de um estado de alma benfiquista
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22-06-2012 16:02

Raça, crer e ambição…

Inferno da Luz: décadas de memória de um estado de alma benfiquista

As palavras no sentido metafórico. Um treinador que, na contagem decrescente para o jogo que decide toda uma época no Futsal nacional, procura incentivar à mobilização da massa adepta em torno da equipa que joga em casa.

Quando se fala de inferno da Luz, décadas de memórias se invocam num apoio único a um Benfica que une milhões. O terceiro anel clamando por Eusébio, os Pavilhões cantando o cheira bem, cheira a Lisboa, festejos sem fronteiras que se eternizam nos tempos. No dicionário daqueles que habitam na Luz: inferno explica-se assim:
“Ser Benfiquista
É ter na alma a chama imensa
Que nos conquista
E leva à palma a luz intensa
Do sol que lá no céu
Risonho vem beijar
Com orgulho muito seu
As camisolas berrantes
Que nos campos a vibrar
São papoilas saltitantes.”

Aqui, no terreno sagrado dos campeões, inferno é alma, apoio aos que vestem de vermelho, paixão em que de todos há um que mais se eleva. Apenas se pensa e se canta a glória daquele que, não por acaso, se designa de… Glorioso.

Não há comunicado que coloque uma forma de ser em causa. E, para argumentos estéreis, o Benfica respondeu à letra, igualmente via comunicado:

“O ambiente será infernal, não no sentido de “violência” ou qualquer “ilegalidade”, mas de inferno porque assim se baptizou há largas dezenas de anos o ambiente festivo que se vive na Luz. Não perceber isso é desconhecer a própria história do Desporto em Portugal”.

Ainda assim, pode existir quem não queira perceber. Nós ajudamos. Afinal de contas, o que é o inferno da Luz?

No mundo do desporto há essa tendência de metaforizar elementos que despertam emoções. Existem comparações inevitáveis, ora pela cor dos equipamentos, ora pela própria história. E essa conta os feitos dos jogadores que por muitos ficaram conhecidos por diabos vermelhos. Os que de “águia ao peito” tomaram de assalto a Europa, sendo por isso autênticos anjos da guarda do Futebol português.

Carlos Mozer, então jogador do Marselha, viveu um inferno que acima de tudo se traduz na forma intensa como o Benfica é apoiado na Luz. Nas noites europeias, como esta, e em pleno terceiro anel, nasceu o mito. Nos Pavilhões, no novo Estádio, um pouco por todo o Mundo, idêntica forma de união em torno do Glorioso. Um inferno para os adversários. Um talismã para o Benfica e até para as Selecções Nacionais. Só não entende quem não quer. A imprensa, por exemplo, esgota o conceito, a metáfora, a expressão… em tantas e tantas manchetes. Aqui nem se coloca o cenário de incitamento à violência. Aqui, fala-se de apoio incondicional ao Benfica. O inferno não é mais do que um legado de gerações de adeptos habituados a vencer. A Mística em forma de apoio ao Benfica, sempre respeitando o adversário. Em última análise, no dia em que a Luz for um paraíso para os adversários, então, algo vai mal

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