quinta-feira, 22 de novembro de 2012

650 MILHÕES GASTOS E FORA DA LIGA CAMPEÕES

Manchester City-FC Porto (22/02/12): Kompany vs Varela

Manchester City: 650 milhões que não funcionam na Europa

Mais uma vez o campeão inglês está fora da Liga dos Campeões. São 650 milhões de euros gastos nos últimos anos sem resultados ao mais alto nível europeu.

 
Lusa
Na noite passada confirmou-se o que já era esperado: com o empate caseiro frente ao Real Madrid (1-1) e com a vitória do Borussia Dortmund no recinto do Ajax por 4-1, o Manchester City não vai estar presente nos oitavos de final da Liga dos Campeões. Pelo segundo ano consecutivo.
Na época transata, o agora campeão inglês ainda conseguiu o terceiro lugar no grupo e foi parar à Liga Europa, onde viria a ser eliminado pelo Sporting. Desta vez nem isso deverá atingir, já que o último lugar é mesmo o desfecho mais provável para o City.
Não seria certamente este o desempenho que Mansour bin Zayed al Nahyan, proprietário do clube, estaria à espera na prova mais importante da Europa. No campeonato local o objetivo foi conseguido há uns meses - embora de forma algo estranha, para alguns, e mesmo ao terminar a Premier League - mas a Liga dos Campeões vai continuar a ser uma miragem.
As "estrelas" começaram a chegar - Desde que o milionário árabe tomou conta do emblema de Manchester, começaram a aparecer as contratações sonantes. Damos alguns exemplos de cada uma das últimas cinco temporadas.
Na primeira época milionária, em 2008/09, foram investidos 43 milhões de euros na contratação de Robinho (já saiu há algum tempo) e 28 milhões por Jô (onde anda este avançado?). No ano seguinte, Tévez chegou por 30 milhões, Adebayor (outro dispensado) por 29 e Lescott por 28 milhões.
A temporada 2010/11 foi uma "loucura". Džeko foi contratado por 37 milhões de euros e para fazer chegar Balotelli, Silva e Yaya Touré foram gastos 30 milhões em cada. No ano passado investiram-se 45 milhões de euros em Agüero e 30 milhões em Nasri. 
Este ano foi o mais poupado dos últimos cinco mercados. A contratação mais cara partiu mesmo de Portugal, com a venda de Javi García do Benfica por 20 milhões de euros.
130 milhões anuais - Estes são apenas alguns exemplos de cada ano, recorde-se. Tudo junto resulta num investimento de 650 milhões de euros desde 2008. Uma média de 130 milhões por época.
Mas, aparentemente, nada disto resulta quando chega a hora de defrontar as maiores potências europeias. Alguns adeptos queixam-se do sorteio: no ano passado o City teve a companhia de Bayern Munique, Nápoles e Villarreal na fase de grupos; desta vez ficou ao lado de outros três campeões nacionais - Borussia Dortmund, Real Madrid e Ajax. Será motivo suficiente?
A verdade é que, no momento decisivo, o Manchester City parece falhar. Mesmo com vários dos melhores jogadores do mundo nas respetivas posições, a equipa não demonstra capacidade para se afirmar entre a elite europeia. Falta de sorte, falta de experiência coletiva ou arrogância?

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