terça-feira, 30 de julho de 2013

CONHECER GERARDO MARTINO - PARTE 2

Conhecer Gerardo Martino - Parte 2
ESCREVEM OS LEITORES

Autor: CÉSAR ALVES/ 17 ANOS/ ESTUDANTE/TREINADOR DE FUTEBOL

 
25 Julho

Newell's Old Boys - Atlético Mineiro - Copa Libertadores - 1ª Mão

1ª Parte

ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA

O Newell's dominou e controlou toda a primeira parte, pelo que foram escassos os momentos de organização defensiva, em comparação com os de organização ofensiva. Ainda assim, é possível identificar alguns padrões na forma como a equipa aborda a posse de bola adversária.

Regra geral, mal a equipa perde a bola, há de imediato uma pressão intensiva na zona da bola. O número de jogadores que fazem esta pressão é variável: se a bola está no meio-campo ofensivo, normalmente é o jogador mais próximo da bola que pressiona (por exemplo, bola nos centrais, é Scocco, o ponta de lança, que pressiona); quando a bola entra no meio-campo defensivo, a pressão é mais intensa e com mais jogadores. Esta situação é normalmente efetiva, pelo que a equipa ganha muitas bolas a todo o campo.

No entanto, quando o adversário consegue tirar a bola da zona de pressão e rodar o centro de jogo, a equipa deixa de pressionar e prefere organizar-se defensivamente, partindo num pressing em bloco médio-baixo, à medida que o adversário se vai aproximando da baliza. Defendem à zona no meio-campo defensivo mas desfazem logo o bloco saíndo numa pressão intensiva se o adversário recuar o passe (2/3 jogadores a efetuar esta pressão, os mais próximos da bola). Concentram muitos jogadores na zona central do terreno, obrigando o adversário a explorar os flancos. Aqui, fazem superioridade númerica tentando ganhar a bola. Lateral, interior e extremo são importantes neste aspeto.

A equipa é mais vulnerável aos cruzamentos, devido ao bloco médio-baixo dar pouco espaço a ser explorado nas costas da defesa. No entanto, mesmo a responder a cruzamentos, a equipa é forte, quer pelo jogo áereo dos seus centrais (Heinze e Vergini) e mesmo Diego Mateo, além de que Gúzman sai bem da baliza.

Além disto, algo que se verifica regularmente é que, se a bola é perdida, o jogador que a perde é o primeiro a pressionar. Toda a equipa parece ter isto como doutrina, verificando-se em todas as zonas do campo, com maior ou menor efetividade.

Se a bola está na posse dos centrais adversários, a equipa não pressiona. Deixa jogar até que a bola entre ou nos laterais ou no meio-campo. Aí, a pressão é iniciada e há movimentos de jogadores próximos para cortar linhas de passe recuadas.

De uma forma geral, a forma como a equipa ataca e defende estão relacionadas. Ao atacar sempre com passes de curta/média distância verticais (poucas vezes os passes são lateralizados, preferindo a equipa passes de rutura ou combinações num flanco), o facto de pressionar intensivamente a zona da bola e ganhando a posse, a equipa, tendo ainda os jogadores nas suas posições ofensivas, consegue criar logo situações de perigo.

Podemos ainda verificar que ficam sempre 2/3 jogadores para lá da linha da bola, preparando sempre a transição, devido à equipa mostrar-se forte em organização defensiva.

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