quinta-feira, 27 de novembro de 2014

BOLA DE OURO SÓ PODE SER PARA RONALDO


Com o presidente da UEFA, Michel Platini, a insistir na campanha a favor da entrega da Bola de Ouro a um jogador da seleção alemã, mais um internacional português sai em defesa de Cristiano Ronaldo. 

Desta vez foi Fábio Coentrão, companheiro de CR7 no Real Madrid, que sublinhou «a vergonha que seria» não distinguir Ronaldo com a Bola de Ouro deste ano.

«Por muita campanha que façam não conseguirão alterar o que está à vista de toda a gente», disse Fábio Coentrão ao final desta manhã, em Madrid, em declarações exclusivas a A BOLA.

Fábio Coentrão partilha ainda opinião já antes manifestada de que «nunca a diferença do melhor do mundo para o segundo foi tão grande como este ano».

Coentrão lembra a vitória e os 17 golos de Ronaldo na ultima Liga dos Campeões, «que constituem um recorde impressionante», a conquista da Supertaça Europeia, «a montanha de golos que já leva este ano e as grandes exibições que não se cansa de fazer». 

O defesa do Real sublinha ainda a capacidade de alguém que sendo um extremo «já ultrapassou este ano os 400 golos somando apenas as ligas inglesa e espanhola, números incríveis, e tem em Madrid, ninguém se esqueça disso, a impressionante média superior a um golo por jogo».

«Como bem disse recentemente o nosso treinador», acrescentou Coentrão, «falem da Bola de Ouro do próximo ano porque na deste ano não vale a pena. Ela só pode ser entregue ao Cristiano. Em 2014 não é difícil reconhecer que o Cristiano foi claramente o melhor do mundo».

Na opinião do lateral-esquerdo português, feliz por ter regressado agora à competição após longa ausência por lesão, «ocupando o cargo que ocupam, a campanha que parece vir a ser feita por alguns dirigentes com responsabilidade só lhes fica mal. Qualquer pessoa vê que seria uma autêntica vergonha se o Cristiano não recebesse esta Bola de Ouro, que é um prémio individual e não um prémio de equipa», lembrou.

Recorde-se que esta não foi a única semana em que Michel Platini veio afirmar que a Bola de Ouro devia ser entregue a um jogador da seleção alemã, dando o presidente da UEFA a ideia de escolher os momentos de votação de treinadores e capitães das seleções de todo o mundo.

«A ideia que fica é a de que alguns parecem querer transformar a eleição da Bola de Ouro numa decisão política e isso é vergonhoso» disse ainda Fábio Coentrão nas declarações exclusivas a A BOLA.

«Ouvir o que dizem algumas pessoas que ocupam cargos de enorme responsabilidade pode ser interpretado como declarações que tentam influenciar a decisão e isso parece-me, no mínimo, ridículo», concluiu o internacional português.

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