domingo, 26 de fevereiro de 2017

COACÇÃO


"A iniciativa do Sport Lisboa e Benfica - Futebol, SAD de solicitar, na semana passada, uma reunião com a Secção Profissional do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol merece ser saudada por três motivos.
Em primeiro lugar, a transparência. A preocupação de o presidente Luís Filipe Vieira e seus pares tomarem o futebol português mais atractivo do ponto de vista desportivo e, sobretudo, mais integro a nível da transparência das suas competições é a melhor prova da importância que o Glorioso confere à credibilidade da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Por muito que custe a reconhecer a algumas mentes mais perversas, a verdade é que nas últimas semanas se têm verificado situações de coacção e condicionamento sobre a arbitragem.
As ameaças feitas do árbitro Artur Soares Dias, em pleno Centro de Treinos da Maia, no dia 5 de Janeiro deste ano, por membros da claque do FC Porto e o pertardo disparado pelos mesmos adeptos para o guarda-redes Moreira, no Estoril-FC Porto, foram dois episódios gravíssimos. Todos esperamos que as entidades competentes investiguem acusem e punam os infractores. É intolerável que um árbitro, seja o primeiro ou último classificado, se sinta condicionado em campo a pensar que algo de mal lhe poderá acontecer ou aos seus familiares se tomar uma decisão que prejudique o clube dos adeptos ameaçadores.
Basta analisar os jogos do Tricampeão com Boavista, V. Setúbal, Nacional, Arouca e SC Braga para detectar erros clamorosos que nos causaram a perda irreparável de três pontos, uma expulsão injusta, três expulsões perdoadas aos nossos adversários, um golo mal invalidado e cinco penálties por assinalar a nosso favor.
Basta analisar os jogos do FC Porto com Paços de Ferreira, Rio Ave, V. Guimarães e Tondela para perceber que o nosso adversário devia ter menos cinco pontos.
Só não vê quem não quer."

Pedro Guerra, in O Benfica

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