"Quem vai ser campeão nacional em 2016/17? Esta é a pergunta a que ninguém sabia responder antes do clássico de ontem e, disputados os 90 minutos entre águias e dragões, continua impossível alvitrar-se qualquer desfecho. O Benfica mantém um ponto de vantagem, mas a igualdade a uma bola remete um eventual desempate para a diferença ente golos marcados e sofridos, o que torna tudo ainda mais insondável. Perante as deslocações que aguardam encarnados (Moreirense, Sporting, Rio Ave, Boavista) e azuis e brancos (SC Braga, Chaves, Marítimo e Moreirense) e observando as virtudes e defeitos de cada equipa, que outra coisa pode ser dita, com bom senso e de boa fé, que não seja «tudo possível»?
Ontem, na Luz, nem Benfica nem FC Porto se mostraram confortáveis perante a responsabilidade do jogo. Os donos da casa começaram bem mas recuaram demasiado no terreno depois de terem chegado à vantagem e os forasteiros mal empataram abdicaram do bom futebol e mostraram-se satisfeitos com o empate. E as oportunidades do Benfica no forcing final tornam ainda mais incompreensível o calculismo com que encarou o período entre os golos de Jonas e Maxi.
Este jogo foi marcado por legítimas preocupações com a segurança e, pela informação disponível, não terão existido incidentes de maior (poucas detenções e uma ou outra intervenção policial mais questionável). Mas, na semana que antecedeu o clássico andaram a brincar com o fogo e um dia a coisa pode dar muito mau resultado.
(...)"
José Manuel Delgado, in a bola
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