"Continua animado e em alta o mercado de verão no futebol europeu. O Mónaco lidera o ranking dos vendedores (Benfica em terceiro), enquanto que o Manchester City, que acaba de gastar 150 milhões de euros em laterais (Walker, Danilo e Mendy), é o big spender da saison. Mais tarde, quando chegar o tempo de saldos, pode ser que os clubes nacionais façam alguma gracinha, à imagem de que o Benfica fez há três anos quando, já em Setembro, foi buscar Jonas que estava com estatuto de desempregado.
Mas, como é fixado o preço dos direitos desportivos dos jogadores, haverá critérios minimamente objectivos nesta vertigem que é a feira do futebol? Ao que parece, as contas finais têm muito a ver com a envolvência do negócio, há clubes que são conhecidos por vender caro e outros que não olham a despesas. E, é claro, é preciso contar com quem faz a intermediação, há empresários com prestígio suficiente para aproximar vontades desavindas, muitas vezes com a perspectiva subjacente de negócios futuros. É nesta nebulosa, em que o preço-base varia ao sabor das corrrentes, que temos de nos procurar orientar, acreditando apenas no que, por cá, é comunicado à CMVM. E mesmo assim nunca se sabe se determinados negócios não são inflacionados ou deflacionados para fazer correcções noutros negócios, passados ou futuros. O que é certo é que nunca se gastou tanto como na presente temporada e com os modelos vigentes os ricos estão cada vez mais ricos e países como Portugal, essencialmente formadores, podem sonhar, é certo, com a conquista do Europeu de selecções mas ficam arredados do sonho de vencer a Liga dos Campeões."
José Manuel Delgado, in A Bola
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