Está aberta de forma oficial a época 2017/18 e o Benfica começa a temporada como terminou a anterior: com mais um troféu no palmarés, deixando o Vitória SC novamente às portas de uma conquista. Um arranque demolidor, aliado a erros dos vimaranenses, permitiu aos encarnados uma vantagem de dois golos logo no primeiro quarto de hora do duelo da Supertaça,
Com um Benfica ainda em mutação em relação à última época, em particular na zona defensiva, era nesse setor que estava depositada relativa preocupação, também devido à indisponibilidade de Júlio César. No entanto, essas preocupações ficaram cedo para segundo plano. Primeiro, porque Bruno Varela transmitia confiança à defesa. Segundo, porque boa parte do jogo decorria na zona ofensiva encarnada. E terceiro, e não menos importante, porque Fejsa ia resolvendo as modestas ameaças lançadas pelos vitorianos.
Ataques em catadupa e uma defesa a tremer
Avassaladora. Assim foi a primeira meia hora de jogo do Benfica, perante um Vitória SC cuja defesa tremia como varas verdes. Ora com bolas nas costas dos defesas em busca de Seferovic, ora recorrendo ao futebol mais apoiado de Jonas, a equipa de Rui Vitória acelerava a fundo desde o início e rapidamente começaria a festejar, graças a um erro de Miguel Silva bem aproveitado por Jonas. O guardião vitoriano sacudiu mal um cruzamento e colocou a bola nos pés de Jonas, que não perdoou. Remate certeiro e tudo se encaminhava da melhor forma para os benfiquistas.
O Vitória SC mal teve tempo para reagir e viu a bola entrar novamente nas redes, novamente com um claro erro individual. Zungu perdeu a bola no meio-campo de forma infantil, Pizzi lançou Seferovic em velocidade e o suíço, cara a cara com Miguel Silva, atirou a contar para ampliar a vantagem. Tudo fácil para o Benfica, fácil demais, dirão os vitorianos.
Os benfiquistas tinham espaço para rodar a bola na defesa, espaço para impôr o ritmo a meio-campo e espaço para explorar no ataque. Mantiveram ainda durante mais vinte minutos o domínio completo e a vantagem não só não surpreendia como por vezes até se demonstrava escassa. O argentino Salvio, muito em jogo, teve o terceiro nos pés mas permitiu a defesa a Miguel Silva, tal como fez de seguida André Almeida numa incursão ofensiva.
Raphinha a reavivar a crença
Eventualmente, e ainda antes do intervalo, a equipa do Benfica acabaria por tirar um pouco o pé do acelerador e por fim a equipa do Vitória SC começava a aparecer no jogo, tentando fazer-se valer do talento de Raphinha e da luta de Hurtado para se aproximar da grande área adversária. Seria o jovem Hélder Ferreira, no entanto, o primeiro a ameaçar de facto, desviando um cruzamento de Rafael Martins para uma excelente defesa de Bruno Varela.
Depois de nova tentativa falhada de Salvio - ficou isolado e tentou o chapéu, sem sucesso -, Hélder Ferreira voltaria a estar envolvido na seguinte jogada de perigo, que deu mesmo em golo vitoriano, já perto do intervalo. João Aurélio cruzou, o avançado de 20 anos tocou com classe e Bruno Varela conseguiu apenas sacudir ligeiramente a bola, permitindo a Raphinha encostar de cabeça e fazer renascer a crença vitoriana num triunfo.
Do banco para o ponto final
Perante um público fervoroso que mesmo com a desvantagem de dois golos não abrandava no apoio à equipa, os vitorianos conseguiam soltar-se na reta final do primeiro tempo e manteriam a toada numa segunda parte bem mais dividida do que a primeira, na qual chegou mesmo a pairar seriamente a hipótese de um golo do empate.
Seferovic ainda voltou a ameaçar por duas vezes no arranque da etapa complementar mas pertenceu a Hurtado a primeira grande ocasião, que acabou por se transformar num falhanço clamoroso, com o peruano, frenta a frente com Varela, a finalizar...contra o próprio pé.
Tentaram depois de fora da área Jonas, do lado benfiquista, e Hélder Ferreira, do lado vitoriano, mas seria um suplente a fechar o resultado em Aveiro. Um erro de Raphinha permitiu a Pizzi abrir na esquerda para Raúl Jiménez, que entrara aos 81', e uma bela finalização do mexicano ditou um triunfo mais folgado e convincente do Benfica.
Pela sétima vez na sua história, o clube da Luz arrecada a Supertaça e consegue pela primeira vez somar dois triunfos consecutivos na prova. Um arranque ideal, portanto, para a nova temporada dos encarnados depois de uma pré-época que havia levantado alguns alarmes.
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