Rui Vitória explicou no final de mais uma derrota na Champions (a quarta da época e a quinta consecutiva em termos globais) que o Benfica ainda pode seguir na prova desde que vença os próximos dois jogos. Faltou-lhe acrescentar um detalhe: ganhar não basta, é necessário que os dois triunfos sejam conseguidos com muitos golos de diferença para anular os 6 negativos que tem em relação a CSKA e Basileia (nestas contas, suíços e russos têm de perder os desafios frente ao Man. United). Como uma equipa que até agora valeu apenas um golo marcado (Seferovic) passará a valer, pelo menos, sete é o que o treinador tem de nos mostrar em breve.
Mas o único obstáculo para o Benfica não está na questão dos golos que falta marcar. É preciso, por outro lado, fechar de vez uma baliza que não ficou a zeros uma só vez nesta edição da Liga dos Campeões. Dez golos sofridos nos primeiros quatro jogos da fase de grupos é inédito na história do clube. Resolvendo esta questão, será possível não igualar ou ultrapassar o recorde negativo de 12 golos encaixados na primeira fase da prova (2010/11 e 2016/17).
Para já, Mourinho garante estar disponível para ajudar, dentro daquilo que lhe é possível, ou seja, vencendo Basileia e CSKA. Por cá, a única coisa que podemos pedir é que o treinador do Man. United seja mais eficaz a cumprir essa promessa do que o foi nas contas que fez para o Benfica se apurar atrás dele: disse que os encarnados chegavam aos 7 pontos e seguiriam para os ‘oitavos’. Trate lá dos suíços e dos russos que depois fazemos as contas…
José Ribeiro, in Record
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