Não. E pretender justificar os insucessos apenas e só com a saída de jogadores nucleares (Ederson, Nélson Semedo, Lindelöf ou Mitroglou) e com a eventual falta de substitutos à altura é tentar limitar a discussão. O Benfica tem vendido elementos importantes todas as épocas e nem por isso os resultados (e a qualidade das exibições) foram afetados de forma clara. Houve alguma falta de sorte, erros de arbitragem, etc, etc, mas a verdade é que a equipa jogou pouco na Liga dos Campeões. Pouco e sem a objetividade, dinâmica, rigor e concentração necessárias a este nível.
Cervi devia ter sido uma aposta inicial de Rui Vitória?
Provavelmente. Mesmo tendo em conta que o argentino não foi brilhante, conseguiu – tal como o compatriota Salvio – empurrar a equipa para a frente. De resto, Cervi já mostrara na Taça de Portugal que merecia mais minutos. Quando uma equipa tem vários elementos em sub-rendimento há que valorizar os que, em contraciclo, vão fazendo algumas coisas.
O adeus à Europa pode deixar a equipa mais fresca nas provas internas?
Sim, pode. Mas as ‘mazelas’ psicológicas também podem ter peso. E esse será negativo. Vão faltar jogos e minutos para distribuir. Vão faltar os duelos com os ‘tubarões’, dinheiro fulcral para o clube e o entusiasmo dos adeptos.
Luís Avelãs, in Record
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