"O movimento de clubes G15 continua a fazer o seu caminho, apresenta já um conjunto de oito propostas de praticabilidade imediata e pretende que a Liga se reúna em AG até ao final do ano para debater o futuro do futebol profissional em Portugal. Estamos a assistir a um novo paradigma na relação entre clubes, no nosso país. Até agora, por via de uma maior preparação, de um contacto constante com novas realidades e de uma capacidade financeira que permitiu cavalgar a inovação, Benfica, FC Porto e Sporting assumiram-se como locomotivas do desenvolvimento do desporto nacional. Hoje, a modernidade encontra-se no conjunto de propostas dos G15, cuja natureza urbana aponta a via do progresso neste tipo de negócio.
Tempos houve em que, perante guerras de Alecrim e Manjerona entre os grandes, os restantes clubes alinharam-se com cada um deles, combatendo na mesma trincheira. Hoje, quiça pela dimensão do dislate, os clubes que integram o G15 optaram por uma via alternativa, fugindo ao jugo das superpotências. Oxalá mantenham os propósitos e não lhes falte a coragem, porque estão a fazer um favor inestimável ao futebol profissional e a uma indústria que não pode querer evoluir mantendo práticas do tempo das cavernas.
Por isso, as, as oito propostas do G15 são bem-vindas - do pacto de conduto ao novo quadro punitivo para dirigentes, do regime de cedências ao fim dos sorteios condicionados, sem esquecer a uniformização no VAR - e a estas poderia ainda acrescentar-se a centralização dos direitos televisivos, aproximando proventos e aumentando a qualidade da competição."
José Manuel Delgado, in A Bola
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