"Certamente, o FC Porto resolveria sempre o jogo e nunca iria precisar de muito tempo para o conseguir, tal a superioridade demonstrada desde o primeiro minuto desta segunda parte de tão estranho jogo e tal a maneira inútil e assustada como o Estoril quis defender a escassa vantagem. Porém, é de todo incompreensível como o árbitro, o seu (des)auxiliar e o videoárbitro conseguiram estar unidos naquela ridícula negação da evidência de um triplo fora de jogo no primeiro golo portista.
Depois daquele interminável tempo extra oferecido por João Capela ao Sporting, esta desastrada decisão, no Estoril, do portuense Vasco Santos. Só falta, na próxima jornada, um árbitro marcar um golo de cabeça a favor do Benfica para a arbitragem fazer o pleno do favor aos três grandes clubes nacionais. E teme-se que, com o aproximar do final do campeonato, esta tendência se torne (se possível) ainda mais marcante, sobretudo se se mantiver a filosofia da escolha dos árbitros menos capazes e se a incompetência continuar a não ter limites.
A verdade é que os factos recentes parecem dar razão à tese do presidente do Tondela, que admitia que seria melhor, no futuro, haver dois campeonatos, um para os que aspiram a ser campeões e outro para os restantes.
A situação é grave e o ensurdecedor silêncio das autoridades da arbitragem nacional só tornam o momento mais propício à especulação.
Voltemos, no entanto, ao princípio, para que fique claro. O FC Porto não foi beneficiado, foi prejudicado. Ficou uma sombra inadmissível sobre o que seria sempre uma vitória óbvia de um elogiável espírito e alma de campeão."
Vítor Serpa, in A Bola
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