Numa semana em que o Benfica goleou o Boavista, o FC Porto goleou o Rio Ave, o SC Braga goleou o V. Guimarães, Bruno de Carvalho goleou o Sporting, que por sua vez tinha goleado o tempo regulamentar de um jogo de futebol, ficou tudo aparentemente satisfeito. Houve goleadas para todos os gostos. No António Coimbra da Mota, tivemos uma nova aparição de Luís Ferreira, esse valor seguro da arbitragem nunca falha. Depois do Benfica - Boavista da última época, aqui está novamente em destaque. Luís Ferreira representa, nos tempos actuais, o que os seus colegas Carlos Calheiros ou Donato Ramos representaram na década de noventa passada.
O FC Porto lidera com mérito num campeonato onde terá uma jornada fácil e amiga no Algarve antes de receber o Sporting, num jogo de crucial importância. O Benfica não pode fazer mais do que ir vencendo os seus jogos e contornando os adversários dentro de campo, porque fora já se viu não ser capaz. No passado sábado, no jogo com o Boavista, não fazendo uma exibição de tanta qualidade como a do Algarve, o Benfica teve sempre o jogo controlado em mais uma exibição fantástica de Zivkovic. Saí da Luz ainda irritado com a derrota (única até agora) da primeira volta. Na Mata Real, teremos um adversário desesperado por pontos, num campo tradicionalmente difícil para o Benfica, e que exige um jogo de máxima intensidade do Benfica. Como sempre disse, os candidatos ao título poucos pontos perdem num campeonato tão desequilibrado, por isso, para quem já perdeu 13, resta vencer os jogos todos. Neste momento não faltam onze jogos, falta Paços de Ferreira e mais dez. O calendário tem que ser tratado com o cuidado de todas as parcelas, este é o momento da Capital do Móvel.
Semana pontuada com uma excelente exibição dos orientados de Paulo Fonseca (Shakhtar), que se arriscam a ser os únicos intrusos numa Champions reservada a quatro países. A Taça Latina da década de 50 era bem mais plural e democrática que a actual liga dos milhões. Como me lembrava um amigo esta semana, agora há mais goleadas na Liga dos Campeões que na Taça de Portugal, porque o desnível é maior.
Última nota, porque no mundo ainda há heróis; aos 36 anos (37 em 8 de Agosto) Roger Federer é de novo n.º1 do ranking ATP vencendo o seu 97.º torneio. Não há palavras? Se calhar há; Obrigado! (pelo exemplo e pelo desporto)"
Sílvio Cervan, in A Bola
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