segunda-feira, 23 de abril de 2018

PRIMEIRA "VS." DÉCIMA SÉTIMA


"Foi uma vitória sofrida mas que mantém vivo o 'sonho benfiquista', que é um elemento preponderante face ao que se passa 'fora dos relvados'.

1. (...)

2. O Benfica jogou ontem no Estoril - foi uma vitória bem sofrida, mas que mantém vivo o sonho benfiquista, que é um elemento preponderante face ao que se joga fora dos relvados -, o Sporting defronta hoje, em Alvalade, o Boavista e Futebol Clube do Porto confronta-se, amanhã, no Dragão com o Vitória de Setúbal de José Couceiro. Dizem alguns que a Liga portuguesa não é competitiva. O certo é que lá por fora - para lá do Guadiana e para lá de Salamanca - já sabemos quem conquistou o título inglês, quem reconquistou o alemão, quem ganhou o francês ou quem quase agarrou o espanhol. E também o vencedor da liga holandesa ou, também, quase o conquistador italiano. Mas na nossa Liga a incerteza quanto ao título e as dúvidas acerca de quem desce fazem acrescer a emoção nos últimos duzentos e setenta minutos. O que está bem para além das diferenças de rendimentos derivados dos direitos televisivos e com a convicção, salvo se ocorrer um alteração fundamental de circunstâncias, que a centralização de direitos televisivos, entre nós, terá de esperar, no meu prisma, pelo menos três anos. Apesar das vontades, não simétricas, da Liga de Pedro Proença e da Federação de Fernando Gomes. Mas a competitividade também ocorre na dita 'Segunda Liga' com múltiplos candidatos à choruda subida e outros tantos à dor da descida ao mencionado 'Campeonato de Portugal'. E logo numa época onde se antecipa uma nova e relevante competição - os sub-23 -, o que se saúda e que permite a muitas equipas completar e complementar os seus projectos de formação e com acrescidas dúvidas acerca da manutenção competitiva das equipas B. Mas a nova competição, tal como a Taça da Liga, precisa de novos patrocinadores. E, aqui, a Federação tem de apoiar todo(s) que apostem no futebol português neste tempo, com este ambiente e neste conjunto de circunstâncias. E havendo a consciência que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa não chega para tudo... Mesmo que os seus jogos cresçam e sejam cada vez mais atractivos... E mesmo que a entrada no Montepio seja bem menor do que estava previsto... Mas o que é real é que se buscam patrocínios... Se buscam mesmo! E para os sub-23 acredito que vão aparecer! O que perturba outras competições e abre pistas e oportunidades a certos operadores televisivos.

3. (...)"

Fernando Seara, in A Bola

Sem comentários:

Enviar um comentário