terça-feira, 18 de dezembro de 2018

"GOSTAMOS DA FESTA, MAS VAMOS LÁ PARA GANHAR"


Treinador do Benfica projetou o jogo em Montalegre, dos oitavos de final da Taça de Portugal, e falou sobre a equipa que pretende colocar em campo.
Numa série de cinco jogos a ganhar e sem sofrer qualquer golo, o Benfica muda de eixo no plano competitivo e visita o Montalegre, em Trás-os-Montes, às 20h45 de quarta-feira, com o objetivo de atacar a passagem aos quartos de final da Taça de Portugal.
Também em face da densidade de jogos, Rui Vitória, treinador da equipa benfiquista, admitiu algumas alterações no onze no lançamento da partida dos oitavos de final da prova-rainha, em conferência de Imprensa, no Caixa Futebol Campus.
Vai manter a linha de pensamento de outros jogos da Taça de Portugal, dando minutos a jogadores menos utilizados e fazendo descansar outros que têm tido mais oportunidades?
Vamos fazer algumas alterações. Isto tem a ver com o plantel que temos, que dá garantias de resposta, sabendo também que em dezembro e janeiro já temos garantidos 13 jogos, mas poderão ser 14 ou 16, dependendo do desempenho que tivermos. São muitos jogos em pouco tempo. As modificações na equipa são para manter a qualidade, para defrontar este adversário.
Este jogo com o Montalegre pode ser ideal para fazer a gestão do plantel, tendo em conta que passados quatro dias tem uma partida muito importante para o Campeonato frente ao Braga?
Estamos com muitos jogos em cima [27]. Vamos decidir em função do jogo passado e dos indicadores de recuperação, mas estes jogos também são claramente um desafio para os jogadores e para a equipa do Benfica. Quem entrar vai ter de dar resposta. São muitos jogos em dois meses – não queria tocar muito neste assunto, mas é algo que devemos todos repensar. Quando a maioria dos campeonatos está a abrandar o seu ritmo competitivo, nós estamos a acelerá-lo.
O Benfica está numa série de cinco vitórias e zero golos sofridos. Considera injustas as críticas à sua equipa?
Que críticas? De quem? O que vi, na Madeira, foi que saímos debaixo de aplausos, numa relação muito forte entre nós e a bancada. As críticas que possam eventualmente existir, existem aqui como em qualquer equipa. Estamos numa fase de retoma, que assenta na melhoria dos índices de confiança e fundamentalmente na consistência e solidez da equipa. Equipas perfeitas e no seu máximo não existem; equipas que têm fases existem, e nós iremos melhorar. Agora, estar a pegar numa parte para generalizar não me parece que seja o mais indicado nesta altura.
Este jogo com o Montalegre é diferente, porque o Benfica desloca-se a uma zona do País onde é raro jogar. Como se prepara a equipa para enfrentar um adversário do terceiro escalão?

Para nós é um enorme prazer quando o Benfica vai a essas zonas do País que normalmente têm menos acesso a equipas como a nossa. Vamos lá com prazer por representar o Benfica, por fazer com que as pessoas se mobilizem para nos ver, mas há uma parte competitiva de que não abdicamos: vamos lá claramente para ganhar o jogo e passar a eliminatória. Gostamos da festa, mas vamos lá para ganhar. Como preparo este jogo? Da mesma maneira. Fizemos o mesmo trabalho que fazemos para qualquer adversário. Nem ficava bem comigo se não o fizesse. Para mim não há jogos fáceis nem difíceis, têm de ser todos vistos da mesma forma. Estamos a falar de um adversário de um escalão diferente, inferior, mas a preparação é igual. A única diferença que houve aqui é que jogámos no domingo e vamos jogar na quarta-feira. Temos dois dias de intervalo, quando costumamos ter mais um dia. Conhecemos o adversário, vai ser uma equipa sólida a defender, bem organizada e a querer sair rápido no contra-ataque.
O sorteio dos 16 avos da Liga Europa aconteceu na quinta-feira. Como perspetiva a eliminatória com o Galatasaray, adversário do Benfica?
Ainda falta muito tempo, ainda faltam muitos jogos até encararmos essa eliminatória. É um adversário que já conhecemos, mas depois haveremos de nos debruçar sobre ele. Queremos muito passar, mas teremos tempo de analisar isso em pormenor.
É notícia neste dia: que comentário lhe merece a saída de José Mourinho do Manchester United?
Tem sido o melhor treinador ao longo dos tempos. Não é por estar a trabalhar ou sair que deixa de ser o melhor.
Abraço bem apertado de Rui Vitória a Nuno Pinto
Antes de iniciar a antevisão do jogo com o Montalegre, o treinador do Benfica fez questão de enviar uma mensagem de apoio a Nuno Pinto, lateral-esquerdo do Vitória de Setúbal que teve de interromper a carreira devido a um grave problema de saúde.
"Quero deixar um abraço de solidariedade ao Nuno Pinto, do V. Setúbal. Muitas vezes, nesta indústria e na sociedade em que vivemos, olhamos muito para a parte profissional e não tanto para o homem. Nestes momentos é fundamental que o façamos. Vai daqui um abraço bem apertado e muita força para esta fase menos positiva", disse Rui Vitória.

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