"21 de Dezembro de 2018 foi um dia deveras importante. Não só para o Benfica - que viu a sua SAD ilibada de todos os crimes de que estava acusada -, mas sobretudo para o país.
Afinal, a nossa justiça ainda funciona. Afinal, contrariamente ao que chegou a parecer após um despacho de acusação mal engendrado e repleto de manifestações de intenção, as instituições e cidadãos deste pais ainda podem acreditar que não estão sujeitos à arbitrariedade e à perseguição de agentes judiciais. Afinal, ainda é preciso haver provas para haver crimes, e ainda é preciso haver indícios fortes para haver julgamentos.
Escrevi nestas páginas que tinha a certeza absoluta de que o Benfica seria ilibado. Não o fosse na fase de instrução, sê-lo-ia certamente em sede de julgamento - só que, nesse caso, teríamos de sofrer com mais dois ou três anos de ataques e insinuações constantes por parte de adversários e da comunicação social, com todo o desgaste que tal nos iria causar. Escrevi também que, um dia, os muitos benfiquistas que pensavam como eu (acredito, uma imensa maioria) iriam sentir orgulho em ter estado do lado certo, na defesa do clube e do seu bom nome. Hoje, e desde o dia 21, podemos enfim sentir esse orgulho redobrado, e todo o alento de ver o Benfica e a sua SAD afastados de qualquer desconfiança.
Aqueles que nos pretenderam desunir e desestabilizar, tiveram de engolir em enorme sapo. Os que conceberam estes casos, e todos os que os foram alimentando, e se foram alimentando do seu sangue. Não os iremos esquecer, até porque alguém terá de pagar pelo mal que nos fizeram durante longos meses."
Luís Fialho, in O Benfica
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