sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

BOM DÉRBI, FICOU TUDO EM ABERTO


"Jogo de alta intensidade equipas mais à defensiva. Incerteza sobre quem irá à final


Ponto prévio
Quatro dias separaram este dó anterior jogo entre Benfica e Sporting. Parece consensual que não só o resultado mas também a exibição foram demonstrativos da superioridade dos da Luz. Aguardava-se, pois, com expectativa as ilações retiradas e consequentes alterações a ser implementadas pelo comando técnico sportinguista. Expor novamente os dois centrais à dupla Seferovic/Félix, um pivô defensivo sem preocupações de recuo para estabelecer equilíbrio e os laterais abertos e muito projectados ofensivamente saiu caro.

Sporting
1. O Sporting surgiu significativamente alterado na composição individual e no posicionamento a meio-campo, com o triângulo rodado: em vez de 1+2 foi 2+1 com Wendel e Gudelj nas costas de Bruno Fernandes. No bloco médio baixo apresentou linhas mais curtas, a mostrar-se mais consistente defensivamente, mas a cometer erros ao nível da protecção dos seus laterais sobretudo sobre o corredor direito, o que acabaria por resultar no primeiro golo do Benfica por falta de acompanhamento e cobertura ao Bruno Gaspar.

Benfica
2. Este dérbi apresentou um Benfica de continuidade, a atravessar fase muito positiva, o que resulta num estado emocional muito estável e por isso melhor quer no plano individual, quer no colectivo, com melhor domínio dos diferentes tipos de jogo, cadência e ritmo.

Vantagem
3. À forte reacção pela perda de bola por parte do Benfica e posicionamento muito alto, aproveitando a insistência em acções individuais com sistemática perda de bola por parte dos jogadores do Sporting, ganhou o Benfica uma vantagem que se ajustava ao desempenho das equipas até ao intervalo.

Felicidade
4. No segundo tempo, a forte entrada do Benfica, a condicionar claramente a primeira fase de construção por parte do Sporting, e a disso tirar benefício com alguma felicidade assim chegando ao 2-0, em que Tiago Ilori fez autogolo na sequência de um forte remate de João Félix. Surgiu, então, a resposta da equipa verde e branca, com uma alteração táctica não habitual, passando a jogar em 4x4x2 face à entrada de Bas Dost para junto de Luiz Phellype, e no melhor dos lances para o Sporting, consegue reduzir em lance de bola parada.

Incerteza
5. Num jogo de alta intensidade, o número reduzido de acções de qualquer um dos guarda-redes denunciou um melhor trabalho do plano defensivo do que do nível ofensivo de qualquer das equipas. Sobra tudo de bom para o futebol e incerteza de qual dos dois estará na final do Jamor, dado o curto desnivelamento do resultado que deixou a eliminatória em aberto."

Manuel Machado, in A Bola

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