domingo, 24 de fevereiro de 2019

“CONCENTRADOS, ORGANIZADOS E COM AMBIÇÃO”


FUTEBOL
O Benfica mede forças com o GD Chaves para o campeonato. O técnico das águias lançou o desafio e deu a receita para a obtenção dos três pontos.
O treinador do Benfica, Bruno Lage, anteviu, em conferência de Impresa, no Caixa Futebol Campus, a partida referente à 23.ª jornada da Liga NOS, com o GD Chaves, agendada para as 21h15 desta segunda-feira, no Estádio da Luz.
Que dificuldades espera encontrar diante do GD Chaves?
Muitas. Tem feito um percurso interessante, conquistou pontos e está na luta pela manutenção. Nesta altura do campeonato, estas equipas dão trabalho pela atitude e pela organização que mostram no jogo. Esperamos imensas dificuldades, mas queremos fazer um bom jogo, concentrados, organizados e com ambição para jogar bem e ganhar o jogo.
Um comentador de um clube adversário colocou em causa a questão física dos jogadores do Benfica. O que sente enquanto treinador do Benfica?
Não sinto nada. Indiferença total. Concentro-me no meu trabalho, não vejo o que fazem os outros clubes. Quando o treino é aberto à Comunicação Social, vocês, nesses 15 minutos, podem ver como treinamos e com a intensidade com que treinamos. Lamento é que não tenhamos tempo para treinar, com jogos de três em três dias, nem para abrir o treino a Sócios e adeptos, para que vejam a intensidade e a atitude com que treinamos.
As obrigatórias mexidas que terá de fazer na defesa podem tirar solidez à defesa? Já está a pensar no clássico?
Sobre a 1.ª questão: tentamos criar rotinas com todos. Isso foi notório na gestão equilibrada do plantel, os jogadores saem e entram, e a dinâmica coletiva está lá. A linha defensiva é analisada pelos golos sofridos. Quando cá cheguei, verifiquei que a nossa linha defensiva era muito criticada. Quando queremos jogar em equipa, a responsabilidade é de todos. Iniciamos o ataque através do guarda-redes e iniciamos a defesa com os avançados. Falámos com os avançados para analisarmos o posicionamento defensivo. Têm feito um trabalho enorme. Em jeito de brincadeira, ainda disse: se fizerem o que lhes peço em termos defensivos, e ainda conseguirem marcar golos, é de lhes tirar o chapéu. Mantemos a equipa compacta e estamos satisfeitos com isso. Não podemos olhar só para a linha defensiva, mas não para o comportamento coletivo; sobre o jogo com o FC Porto: não penso nisso ainda. Estamos muito concentrados em fazer um bom jogo com o GD Chaves, vencê-lo e depois preparar o jogo com o FC Porto.
Podemos ter uma declaração sua sobre o adversário que calhou ao Benfica na Liga Europa?
Não tenho nenhum conhecimento ainda. Nos últimos dois/três dias foi ver os jogos que o Chaves fez. Tivemos de analisar estes jogos, jogar com o Galatasaray, ainda tivemos de comer e dormir. Esta é a nossa forma de trabalhar, dá resultado e não vale a pena pensar mais além. Sabemos que tem feito um trajeto interessante na Europa.
Sente mais pressão por jogar depois do FC Porto?
A pressão é a mesma. A pressão enorme é colocada no nosso trabalho, em mim, em fazer as coisas bem feitas, em preparar o treino certo, em perceber que temos mais de 20 jogadores e que recuperam de forma diferente e ligá-los para jogarem em equipa. Pressão para que joguem em equipa e para que percebam a estratégia. Fatores externos não nos podem preocupar.
Tem rodado a equipa, mas nos avançados nunca mexeu. Não confia em quem tem no banco de suplentes?
No banco tenho um jovem chamado Jonas, que está doido para fazer no jogo o que faz no treino. Temos cinco avançados – incluo o Rafa porque pode fazer mais do que uma posição. O Jota ainda não teve oportunidade de jogar. Estava em mente entrar com o 0-3 em Aves, mas, com a expulsão do Ferro, tivemos de reajustar e não foi possível. Estamos contentes com todos. Analisamos o adversário e a estratégia.
Tem apostado nos jovens. Como se gere a entrada destes jogadores a nível emocional?
Este é um projeto que já dura há uns anos e estamos a dar continuidade. A forma como os jogadores e os homens aqui chegam já preparados… cheguei aqui e coloquei o João Félix a jogar, não lhe disse mais nada. Foi o mesmo com o Florentino. Perceber que, para além de bons jogadores, temos aqui bons homens e as coisas surgem com naturalidade. As coisas vão acontecendo e não há pressa. Há um caminho a percorrer e sinto-os tranquilos.

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