segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

DOMINGO VERMELHO


"O dérbi era decisivo e o seu desfecho não deixa margem para dúvidas, tal como não tem qualquer contestação a vitória do Benfica, que terá, até, perdido a oportunidade de conseguir em Alvalade um resultado histórico, tal a superioridade demonstrada durante os 90 minutos. Essa demonstração de força (além de qualidade, claro) de uma equipa que há pouco mais de um mês parecia destroçada é, de resto, a melhor de todas as notícias para os benfiquistas, cada vez mais rendidos, admite-se, a Bruno Lage, um treinador que soube aproveitar o que de melhor encarnado sempre teve. Até parece simples...
Chegará para ser campeão? Ver-se-á mais à frente. Mas se à vitória no dérbi juntarmos o empate consentido pelo FC Porto em Guimarães percebe-se que os adeptos encarnados têm, hoje, razões mais do que suficientes para estarem optimistas. Como não tinham há muito tempo, pelo menos - até porque as águias voltam (parece incrível, mas é verdade) a depender de si mesmas para chegarem ao título. Foi, em suma, um domingo gordo para o Benfica.
Bem pior o dia para o Sporting. Em definitivo fora da corrida pelo título (que era à entrada do dérbi, convenhamos, já uma miragem), o leão terá ontem dito adeus à possibilidade de chegar ao segundo lugar - e ao terceiro, provavelmente - e, com ele, à Champions da próxima época, com os incalculáveis prejuízos financeiros que isso acarreta. Surpreendente? Nem por isso. O jogo de ontem foi, apenas, o reflexo das fraquezas que nem no melhor momento de Keizer o conjunto de Alvalade conseguiu disfarçar. Agravadas pelas ausências de Mathieu e Acuña. O que vem, no fundo, provar uma realidade que muitos não queriam encarar: não tem este Sporting argumentos para muito mais..."

Ricardo Quaresma, in A Bola

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