"Com imensa pena minha, não tive oportunidade de partilhar mais cedo alguns pensamentos profundos em relação ao VAR. Estou entalado desde que estalou a polémica na sequência as inequívocas dificuldades visuais manifestadas pelos árbitros das meias-finais da final four da Taça da Liga. No entanto, acredito que não é tarde para me debruçar sobre uma temática deste interesse. No meio de uma intensa reflexão, cheguei a uma conclusão. Por aquilo que tenho assistido desde que o sistema do videoárbitro foi introduzido em Portugal, examinando à lupa todas as decisões, o melhor que poderia acontecer ao nosso campeonato em termos de imparcialidade seria a aquisição de Pinto da Costa como VAR para os jogos do FCP. Tendo em conta o nível onde isto já anda, estou certo de que Pinto da Costa seria capaz de oferecer ao jogo um olhar bem mais isento do que os VAR que se têm cruzado com os portistas.
Depois da galhofa que foram as meias-finais da Taça da Liga, o Conselho de Arbitragem decidiu incluir dois videoárbitros no duelo da final. Excelente ideia. Este é o caminho, seguramente, mas não é suficiente. No meu entender, o futuro terá obrigatoriamente de passar por 132 videoárbitros em cada partida. Não vejo outra solução. Atente bem, caro leitor, o exemplo dos lances de possível fora-de-jogo. É bem necessário em VAR para segurar a régua, um VAR para manusear o esquadro, um VAR para traçar a linha, outro VAR para analisar a legalidade da jogada, e ainda outro para finalmente transmitir a decisão ao árbitro principal. É uma lástima ninguém ter dado esta sugestão mais cedo: o Museu Cosme Damião poderia ter algumas prateleiras bem mais compostas."
Pedro Soares, in O Benfica
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