Já se previam dificuldades na deslocação a Tondela para defrontar um adversário complicado, que ocupava a quinta posição à entrada para a oitava jornada. Acrescia que se tratava de uma partida fora de portas após um exigente desafio, selado com uma vitória frente ao Lyon para a Liga dos Campeões, a meio da semana. Essas dificuldades foram confirmadas pela forma como o jogo foi disputado, mas a nossa equipa soube ultrapassá-las com concentração, determinação e espírito de sacrifício.
Num jogo em que se saúdam os regressos, após paragem por lesão, de André Almeida e Chiquinho, além de, pela primeira vez esta temporada no Campeonato Nacional, Gabriel ter feito parte do onze titular (lesionara-se no triunfo, por 5-0, frente ao Sporting na Supertaça), destacam-se a seriedade e a mentalidade competitiva com que a nossa equipa abordou a partida. Também o golo de Ferro, o seu quarto em 30 jogos, através de um cabeceamento irrepreensível a aproveitar um pontapé de canto superiormente executado por Grimaldo. E o regresso à liderança, em igualdade pontual com o FC Porto.
Merece igualmente apreço o contributo inegável que os benfiquistas presentes nas bancadas em Tondela deram para esta vitória. Foram, de facto, o 12.º jogador ao longo dos noventa minutos, apoiando incessantemente a equipa e demonstrando que juntos somos mais fortes.
O objetivo principal era a vitória e essa foi conseguida. Tratou-se da 13.ª consecutiva em deslocações no Campeonato Nacional e, mais significativo ainda do que se tratar do terceiro melhor registo absoluto na história do Benfica, é ser revelador da consistência que tem caracterizado o percurso da nossa equipa desde que Bruno Lage é o treinador.
Seguindo no âmbito dos recordes, realce-se que Bruno Lage é o treinador do Benfica mais rápido de sempre a alcançar 25 vitórias no Campeonato. Fê-lo em 27 jogos e a melhor marca anterior era 28, estabelecida por Fernando Riera no início da temporada 1966/67 (depois de vencer 23 vezes em 26 jogos em 1962/63).
Este é um registo impressionante de Bruno Lage, pelos dados em si e por se tratar da sua primeira experiência no principal escalão do futebol português. Entre os dez treinadores que mais depressa alcançaram as 25 vitórias no Benfica, só Hertzka (31 jogos), Mortimore (32), Eriksson (33), Baroti (34) e Hagan (35) o fizeram em épocas de estreia na Primeira Divisão portuguesa, mas todos eles já tinham experiência anterior em escalões primodivisionários.
P.S.: Hoje, no Benfica Campus, serão entregues os prémios relativos à eleição para o melhor 11 de 2018/19, uma iniciativa do Sindicato de Jogadores. Recorde-se que foram nomeados Rúben Dias, Grimaldo, Pizzi, Rafa e Seferovic, além de João Félix.
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