quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

“AGRESSIVOS COM BOLA E NOS DUELOS INDIVIDUAIS”


FUTEBOL
O treinador do Benfica deu a receita para o jogo com o Boavista.
Em conferência de Imprensa, Bruno Lage anteviu o jogo da 13.ª jornada da Liga NOS entre o Benfica e o Boavista. O pontapé de saída está marcado para sexta-feira, às 20h30, no Estádio do Bessa.
O técnico analisou o adversário e o que espera dos axadrezados em termos táticos, explicou as oportunidades dadas aos jogadores com o SC Covilhã e garantiu que Seferovic está apto para ser lançado na partida.
O que espera do jogo no Bessa? Como está a decorrer a preparação?
Está tudo a correr dentro da normalidade e espero um jogo muito difícil. Primeiro pelo que o Boavista tem feito neste campeonato, nomeadamente nos jogos em casa com o SC Braga, Sporting e FC Porto. Olhámos para esses três jogos e vimos o valor da equipa, a sua forma de jogar e tentámos perceber qual será a sua tática. Defensivamente temos de ser fortes nos confrontos individuais, disputar as bolas pelo chão ou pelo ar com enorme vontade e quando tivermos a bola tentar fazer o nosso jogo e criar as oportunidades que temos tido.
Treino do Benfica na Covilhã
Seferovic está pronto para ir para o jogo com o Boavista?
Ele está muito motivado. O Seferovic é um trabalhador nato, por isso é que gostamos muito dele. Traz muito à equipa e, a partir do momento em que está disponível, traz ao treino a sua alegria, a sua dinâmica, a sua vontade enorme em ajudar a equipa defensivamente e a marcar golos. É um jogador que quer estar sempre presente em todos os momentos. Está bem-disposto e apto a ir a jogo.
Em três dos últimos quatro jogos fora de casa, o Benfica sofreu primeiro. Já conversou sobre as entradas em jogo com a equipa? Que dificuldades traz à equipa sofrer primeiro?
Os golos a nosso favor surgem sempre em boa hora e contra nós é sempre em má hora. Não gosto de fazer esse tipo de análise. O importante é, em cada momento, termos entradas fortes, seja na primeira parte, seja na segunda; terminar bem as partes. Ou seja, ser consistente do primeiro ao último minuto.
Colheram alguns benefícios por terem treinado esta semana fora de casa? Há vantagens?
Não há vantagens ou desvantagens. Estamos habituados a fazer este tipo de situações. Quando saímos para fora nas competições europeias também treinamos fora do nosso ambiente. Tivemos mais tempo juntos, tivemos oportunidade de repartir o trabalho quer no campo, quer em termos audiovisuais. Já fizemos reuniões. Estando mais tempo juntos, aproveitamo-lo de forma significativa. Montámos um pequeno ginásio para que os atletas não percam as suas rotinas.
Bruno Lage
Em abril disse que o Fejsa era o melhor médio do plantel. Ele só tem cinco presenças na equipa esta época. O que pode acrescentar o Fejsa com a filosofia que implantou nos últimos jogos de bola no pé?
Uma coisa é a ideia coletiva do que pretendemos para a equipa. Desde o início que tentámos trazer a bola no pé e dinâmica entre todos para que a bola ande de jogador para jogador com alegria. Fejsa tem outros atributos. Sem Florentino e Gabriel, nas primeiras jornadas, tendo a oportunidade de ter Taarabt na construção, quisemos ter um homem forte na transição defensiva. O mais importante não é caracterizar cada um deles, mas sim olhar para o que cada um pode oferecer e para as dinâmicas que têm em função de cada momento.

Com o Marítimo e com o Leipzig jogou com os habituais titulares; com o SC Covilhã colocou jogadores com menos minutos. Está a considerar ir ao mercado para reforçar a equipa em janeiro?
Na Taça da Liga, em função do que foram os dois onzes apresentados, com o V. Guimarães e SC Covilhã, foi sempre o nosso objetivo utilizar esta competição para jogarem atletas menos utilizados. Com o SC Covilhã jogaram futebolistas que começaram a época, que não têm sido tão utilizados agora, e sentimos que era uma boa oportunidade de poderem jogar e terem esse espaço competitivo. Temos 26 jogadores de campo e três guarda-redes. Quisemos dar oportunidade a todos, mas isso não nos retira a obrigação de ganhar. Teremos sempre de olhar para o mercado, mas antes temos de olhar para os 26 jogadores que temos cá dentro.
Bruno Lage
O Boavista só perdeu uma vez em casa e tem sofrido poucos golos. Que aspetos tem tido em consideração na preparação deste jogo?
Não muda nada. A nossa forma de trabalhar é sempre muito idêntica. Já vos disse que jogos do Boavista é que analisámos. Olhamos para a estrutura da equipa, a sua organização. Defensivamente é uma equipa aguerrida e determinada, que joga com uma linha de cinco jogadores. No processo defensivo é um 5x4x1 declarado, com uma forte pressão sobre a equipa adversária e a aproveitar os momentos de transição ofensiva para atacar em profundidade. Temos de perceber o adversário, preparar a estratégia e escolher o melhor onze. Muito importante – e temos de ter noção disso – é termos a capacidade de vencer os duelos individuais. Esse é um passo determinante para recuperarmos a bola quando estivermos a defender. Com bola, temos de ser agressivos, procurar os espaços que o adversário nos vai dar e tentar marcar os nossos golos.
O Boavista não vai ter três jogadores – Heriberto, Mateus e Yaw Ackah. Sente que o Boavista pode sair fragilizado?
Acho que não. O plantel do Boavista é muito equilibrado. É verdade que, quando se perde alguém que tem sido muito utilizado, pode ser prejudicial. As oportunidades são assim. Não vão estar estes, vão estar outros que vão estar motivados para disputar o lugar e mostrarem ao treinador que também estão lá. Aproveito e ligo a pergunta à minha última conferência de Imprensa… Não atirámos ninguém para a fogueira. Demos a oportunidade a todos os que estão connosco para jogarem e se mostrarem ao treinador e aos adeptos. Querem oportunidade mais difícil do que aquela que foi dada ao Adel [Taarabt]? Estamos empatados em casa com o Tondela, o Adel é lançado e tem 20 minutos para provar. Falo por mim. Estive 20 anos a preparar-me para a oportunidade, foi difícil, mas fiz pela vida para a agarrar. Tive um jogo com o Rio Ave, depois com o Santa Clara. Tive de me preparar. Os jogadores que jogaram com o SC Covilhã já sabiam 2/3 dias antes que iam a jogo. Prepararam-se e deram o seu melhor. Deram indicações ao treinador e ao público. Nós vivemos de rendimento. Todos: o Clube, os jogadores e o treinador.
Lista de convocados
Guarda-redes: Odysseas e Zlobin;
Defesas: Tomás Tavares, Nuno Tavares, Ferro, Rúben, Jardel e Grimaldo;
Médios: Chiquinho, Gedson, Pizzi, Cervi, Taarabt, Caio, Samaris e Gabriel;
Avançados: Jota, Seferovic, Raul de Tomas e Vinícius.

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