domingo, 25 de outubro de 2020

DRWIN £ LUCA, POESIA EM FUTEBOLÊS



 "Frodo e Sam, Dominic Toretto e Brian O'Connor, Woody e Buzz Lightyear são algumas das duplas mais icónicas que o mundo já conheceu. Darwin Núñez  e Luca Waldschimdt ameaçam, a cada 90 minutos, entrar para um lote restrito de duetos que encantaram miúdos e graúdos. Atrevidos como Frodo, valentes como Sam. Ousados como Toretto, irreverentes como O'Connor. Fiéis companheiros como Woody e Buzz. O Darwin e o Luca estão a deslumbrar os adeptos, e há um estudo, realizado por mim mesmo, que garante que esta parelha uruguaio-alemã é mais perigosa para os defesas adversários do que a própria covid-19. Temo que a qualquer momento o Benfica seja multado pela DGS.

Não sendo xenófobo nem coisa que se pareça, não escondo que a minha simpatia por cidadão nascidos no Uruguai é muito pequenina. Digamos que não me importava que fossem colonizados pelos argentinos, esses, sim, um povo fascinante. Sinto-me completamente à vontade para abordar o tema com esta frontalidade, na medida em que o Darwin não percebe nada de português - fazendo fé nas declarações de JJ - e não ficará ofendido comigo. O Luca, alemão, também perceberá muito pouco da língua de Camões. O idioma destes rapazes é outro, universal: futebolês. Sou apaixonado pela língua portuguesa, no entanto, não conheço linguagem mais maravilhosa do que esta em que se fala com uma bola nos pés. A gramática é o sentido posicional, os adjetivos são as triangulações, a poesia são os golos.
O nosso Almeidinhos atravessa o momento mais complicado da carreira, mas tenho a certeza absoluta de que ainda vai dar o seu contributo nesta época: mantendo bem viva a mística dentro daquele balneário. Força, André!"

Pedro Soares, in O Benfica

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