"Até gostaria de lá chegar, mas não creio que esteja ao meu alcance. Mesmo levando um estilo de vida saudável, composto por refeições, equilibradas e hábitos ajuizados. Como uma sopinha quase todos os dias. Hidratos em quantidades aceitáveis. Pratico exercício físico regularmente, não fumo e não sou fã de bebidas alcoólicas. Ainda assim, tenho algumas dúvidas quanto às minhas probabilidades de atingir 117 anos de vida. O Benfica já os completou e continuará forte e vigoroso mesmo quando eu já não estiver por cá. Se tudo correr bem, ainda falta muito até lá. Oxalá falte mesmo, porque aos 26 anos ainda não sinto ter realizado nada de muito significativo aqui no planeta Terra. Assim por alto, só me estou a recordar de 175 actos relevantes da minha autoria. São, claro, as 175 crónicas que já tive o privilégio de escrever aqui para o jornal. Se, entretanto, não for contratado um chefe de redação mais atento, capaz de perceber que não estou cá a acrescentar nada de muito interessante, então é provável que na próxima sexta-feira eu some a minha 176.ª obra de realce.
sábado, 6 de março de 2021
PARABÉNS, QUERIDO BENFICA
Nenhum texto é capaz de descrever estes 117 anos de história com a mesma justiça de uma palavra só: Mística. É a definição mais próxima de explicar quem é o Benfica. Ao longo das últimas semanas, a vivacidade da mística tem sido tema de debate entre adeptos. É óbvio que, neste momento, a mística está enfraquecida. Como poderia estar firme sem os estádios inundados de benfiquistas? Impedidos por alguém? Não. Por uma pandemia! Porque aquelas camisolas vermelhas de águia ao peito são bonitas no relvado, mas para brilharem a sério também têm de estar espalhadas pelas bancadas."
Pedro Soares, in O Benfica
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