sábado, 13 de março de 2021

VITÓRIA SEGURA COM ARBITRAGEM ESCANDALOSA



 Em recuperação na Liga NOS, o Benfica, dominante a tempo inteiro (71% de posse de bola), bateu o Boavista por 2-0 e averbou a terceira vitória seguida, completando ainda o quarto jogo consecutivo sem sofrer golos. Seferovic (a marcar) e Diogo Gonçalves (a assistir) trataram da conta de somar.

À procura de dar sequência aos bons resultados das últimas semanas, a equipa benfiquista entrou no relvado do Estádio da Luz com duas novidades no conteúdo do seu figurino tático (4x4x2): Taarabt acompanhou Weigl no eixo do meio-campo, enquanto Pedrinho foi o ala escolhido para romper pela esquerda.
O jogo começou com o Benfica ao ataque, a apontar baterias à baliza axadrezada. Waldschmidt, ao minuto 4, conseguiu esgueirar-se num primeiro momento, mas, quando se isolava, foi derrubado por Chidozie. Penálti, assinalou o árbitro Manuel Mota, mostrando cartão amarelo ao central do Boavista. Porém, o lance seria revisto pelo VAR e o próprio Manuel Mota foi ao monitor ver as imagens da infração... Entendeu então o juiz reverter a decisão, por considerar que a falta foi cometida fora da zona de castigo máximo. Livre direto à entrada da área e cartão vermelho direto mostrado a Chidozie. Ainda não foi desta que o Benfica teve o primeiro penálti a favor neste Campeonato, mas os boavisteiros ficaram em inferioridade numérica. E assim se passaram cinco minutos... Na execução do livre direto, Diogo Gonçalves apontou com intenção, mas a bola espirrou na barreira.
De mangas arregaçadas e a organizar sucessivos ataques, o Benfica criou várias oportunidades de golo, umas mais claras do que outras. Ao minuto 15, depois de um cruzamento feito por Waldshmidt sobre o lado direito, Lucas Veríssimo cabeceou na área e Léo Jardim defendeu. Aos 18' foi Taarabt a levantar o esférico para a zona de rigor, onde Seferovic se impôs nas alturas e golpeou de cabeça, não acertando, contudo, na baliza.
Bola, muita bola, quase toda a bola para o Benfica. Servido por Rafa, o camisola 10 Waldschmidt, perto da quina direita da área, descobriu uma linha de remate e atirou de pé esquerdo aos 21'. Léo Jardim encaixou. Logo a seguir (25') coube a Rafa, na direita, uma incursão carregada de pólvora, ultrapassando Mangas e cruzando rasteiro para a emenda... que não aconteceu.
Os encarnados manobravam pelos melhores espaços para visar as redes boavisteiras, mas faltava afinar a conclusão. Otamendi tentou de cabeça (37'), na sequência de um livre batido por Grimaldo no corredor esquerdo; e Seferovic, também de cabeça e em ótima posição, finalizou à figura de Léo Jardim (38'), isto depois de Diogo Gonçalves ter arrancado mais um bom cruzamento na direita.
Ao minuto 39 ocorreu mais um lance polémico no relvado da Catedral. Taarabt furou pelo meio, conseguiu enquadrar um remate de pé esquerdo e marcou! Todavia, Manuel Mota apitou e sinalizou uma falta do internacional marroquino sobre Sauer, invalidando o golo.
O jogo só tinha um sentido, as ofensivas das águias eram uma constante e, claro, o primeiro golo nasceu. Rafa explorou a asa direita, Javi García ainda neutralizou... Mas depois Diogo Gonçalves criou uma segunda vaga e, em grande aceleração infiltrou-se e cruzou para o toque final e fatal de Seferovic (42'). Estava desbloqueado o resultado! O internacional suíço faturava pela terceira jornada consecutiva.
Controlando a partida por completo, com os centrais Otamendi e Lucas Veríssimo (bem apoiados por Weigl) a resolverem com competência as tímidas saídas dos boavisteiros, o Benfica continuou a carregar com o propósito de fortalecer a vantagem. E foi bem-sucedido! Ao minuto 52, mais um belíssimo cruzamento de Diogo Gonçalves para um merecido epílogo. Seferovic movimentou-se na área, iludiu os centrais e cabeceou para o 2-0. Melhor marcador dos encarnados no Campeonato, o avançado faturou pela 13.ª vez, enquanto Diogo Gonçalves somou a terceira assistência nesta edição da Liga.
A partir daqui, o treinador Jorge Jesus operou modificações na equipa, mantendo-a sempre apontada à baliza axadrezada. Weigl, Taarabt e Waldschmidt foram rendidos por Gabriel, Pizzi e Darwin aos 56'. E ao minuto 67 houve nova alteração: saiu Pedrinho, entrou Everton. Circulando a bola, desenvolvendo ataques, as águias voltaram a colar a bola às redes. Everton, pela esquerda, cruzou com conta para o cabeceamento de Lucas Veríssimo, o esférico foi devolvido pelo poste direito e, na recarga, Seferovic foi certeiro (74'). No entanto, o golo seria anulado após revisão do VAR: o camisola 14 do Benfica estava sete centímetros em posição de fora de jogo.
Sempre perigoso nas subidas à área contrária, Lucas Veríssimo tornou a dar que fazer a Léo Jardim aos 80', cabeceando para uma estirada do guardião. Elaborando pelo terceiro golo, as águias podiam ter engordado o resultado aos 85', mas Léo Jardim susteve o disparo do recém-entrado Chiquinho (substituiu Rafa aos 83'). Darwin também teve uma boa possibilidade para faturar (86'), mas Léo Jardim voltou a fechar a baliza e o score já não se alterou.
Na ronda do próximo fim de semana (24.ª jornada) o Benfica viaja até ao Minho para defrontar o Braga. O embate está agendado para as 20h00 de domingo, 21 de março.

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