quarta-feira, 5 de maio de 2021

NA MEIA-FINAL



 Valter inaugurou, Nicolía carimbou e águias voam para as "meias"

Jogo 3 dos quartos de final do Campeonato Nacional de hóquei em patins ficou marcado pelas várias exclusões (cartões azuis), mas nem isso tirou o brilho à goleada do Benfica.
Era o tudo ou nada! Benfica e Oliveirense entraram para o jogo 3 dos "quartos" com o pensamento na próxima fase, mas foram as águias que voaram para as "meias" do Campeonato de hóquei em patins. Várias exclusões, golos de bela execução, Valter Neves a inaugurar o marcador, Nicolía a abrir o livro e o Glorioso a vencer por 7-3.
O jogo não podia ter começado melhor para os comandados de Alejandro Domínguez. Mais céleres e verticais, as águias chegaram ao golo inaugural por intermédio de Valter Nerves. O capitão das águias avançou pelo flanco direito, puxou para dentro e stickou rasteiro com o esférico a entrar junto ao poste direito (1-0 aos 4').
A Oliveirense não baixou os braços e, após um contra-ataque muito bem executado, chegou ao tento da igualdade. Franco Ferruccio ganhou vários metros com a bola controlada, entregou em Jordi Bargalló e o atleta de 41 anos não perdoou. Um remate à meia-volta que saiu com uma velocidade superior à dos reflexos de Pedro Henriques (1-1 aos 11'). Em superioridade numérica, após o cartão azul mostrado a Danilo Rampulla, os nortenhos aproveitaram para passar à frente no marcador. Jogada composta por vários passes e um remate final protagonizado por Vítor Hugo (1-2 aos 16').
O Benfica respondeu, partiu para cima e teve direito a uma grande penalidade aos 19'. Diogo Rafael, tal como tem vindo a ser hábito, foi o jogador escolhido para converter e não falhou. Remate rasteiro, potente e a contar (2-2 aos 19'). Marc Torra, em cima do sinal sonoro que levaria as equipas para os balneários, efetuou uma falta, viu o cartão azul e Ordoñez dispôs de um livre direto. Sem tempo no cronómetro para poder realizar uma das suas habituais jogadas, o camisola 9 teve de rematar direto. Nélson Felipe evitou o golo. Ao intervalo: 2-2.
No recomeço da partida o Benfica não conseguiu capitalizar enquanto jogou com mais uma unidade no rinque. Os dois minutos de exclusão terminaram, a Oliveirense reagrupou-se, mas foi mesmo o Glorioso que se colocou em vantagem. Edu Lamas esperou uma oportunidade para usar a sua meia-distância e, quando a teve, não desperdiçou. Uma stickada fulminante para o 3-2, aos 32'.
Edu Lamas, após cometer falta, viu o cartão azul e o Benfica ficou a jogar em underplay. A Oliveirense beneficiou de um livre direto, mas Pedro Henriques foi imperial e negou as intenções. Uma excelente defesa com a mão esquerda a segurar a vantagem. Danilo Rampulla, endiabrado na segunda parte, "deu um nó" na defensiva contrária e conquistou uma grande penalidade. Diogo Rafael foi chamado a converter, porém, Nélson Filipe segurou o remate. A tentativa de afastar o esférico ficou curta e o número 4 aproveitou para bisar. Driblou, esperou o momento da queda do guardião e atirou a contar (4-2 aos 35').
Os nortenhos arriscavam mais, o Benfica aproveitava para sair em contra-ataque e beneficiar com a situação. Aos 38, Sergi Aragonès sofreu falta na área, o árbitro apontou para a marca de grande penalidade, todavia Edu Lamas não conseguiu faturar. Aos 39' foi a vez de Pedro Henriques ver o cartão azul, por falta sobre Ferruccio. Marco Barros entrou, esteve gigante na baliza e o Benfica novamente em underplay...
Este era definitivamente o jogo das exclusões! A Oliveirense fez nova falta, ficou a jogar com menos uma unidade, mas a situação demorou poucos segundos, isto porque Carlos Nicolía decidiu colocar magia no encontro e, através de um livre direto, apontou o 5-2, aos 41'. Lucas Martínez reduziu aos 46'. Jogada rápida, vantagem no frente a frente com Pedro Henriques e estava feito o 5-3.
A resposta foi pronta e o capitão das águias apareceu para avolumar o resultado. Valter Neves não desistiu, colocou o esférico por baixo do guardião e
bisou
na partida (6-3 aos 47'), contudo, o resultado ainda não estava fechado. Nicolía, aos 48', voltou a dar um ar da sua graça e, na sequência de um livre direto, fez o sétimo golo dos encarnados no encontro. Resultado final: 7-3.
Nas meias-finais, que são disputadas à melhor de cinco jogos, as águias vão medir forças com o FC Porto. O primeiro clássico será fora de portas e é já neste sábado, 8 de maio.
DECLARAÇÕES
Alejandro Domínguez (treinador do Benfica): "Foi uma eliminatória muito equilibrada entre duas equipas que lutam por títulos. O jogo 1 não foi bom, mas a equipa demonstrou, uma vez mais, ter um carácter bastante motivador. Tenho muita fé nesta equipa. Temos um carácter que me faz ter esperança. Jogámos várias vezes em underplay e a resposta da equipa foi extraordinária."
Benfica-Oliveirense
7-3
Pavilhão Fidelidade
Cinco inicial do Benfica
Pedro Henriques, Valter Neves, Diogo Rafael, Lucas Ordoñez e Gonçalo Pinto
Suplentes
Marco Barros, Carlos Nicolía, Edu Lamas, Sergi Aragonès e Danilo Rampulla
Ao intervalo 2-2
Golos do Benfica
Valter Neves (4', 47'), Diogo Rafael (19', 35'), Edu Lamas (32'), Carlos Nicolía (41', 48')

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