"Pizzi chegou aos quinze golos, numa temporada em que tal como era expectável em função do modelo e preferências pessoais de Jorge Jesus, tem tido muito menos utilização.
Desde um de Fevereiro em Alvalade que não competa um jogo, embora na mais recente série a titular – iniciou os três últimos jogos, depois de quatro consecutivos a partir do banco – em dois deles tenha sido substituído já bem próximo do término da partida.
Não tem argumentos defensivos – Não apenas físicos, mas mentais – Não tem agressividade nem predisposição para reacção rápida nos momentos de perda – e técnicos – posição defensiva e movimentos de base, e ofensivamente está bastante longe do jogador mais “levezinho” de outrora. Recebe muitas bolas de forma errada, e nem sempre percebe o que o rodeia condicionando saídas ofensivas.
Todavia, é difícil encontrar na Liga um jogador com maior apetência para “adivinhar” ou “pressentir” o perigo, e para se mover para o aproveitar. Pizzi pode não adivinhar ou valorizar o momento de fechar um espaço, mas se há possibilidades ou metro livre onde possa aparecer para com a sua tremenda eficácia marcar, ele vai descobri-lo e vai fazer golo.
Nos dias de hoje é difícil perceber a melhor posição do transmontano. Como médio centro ainda para mais num sistema a dois é impensável que possa contribuir em todos os momentos do jogo com qualidade, como se exige num clube grande. Pela sua apetência temível pela zona de finalização, será sempre por lá que tem de aparecer."
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