Águias perdem final da Taça pautada por excesso de rigor
Andebol do Benfica lutou e equilibrou a contenda, mas as 12 exclusões dificultaram.
Foi uma final de Taça de Portugal de andebol algo incaracterística e com muito rigor por parte da equipa de arbitragem, com 22 exclusões nos 60 minutos (12 para os da Luz, 10 para os nortenhos). Na quadra do Pavilhão Multiusos de Pinhel, o Benfica perdeu com o FC Porto, por 27-31.
Clássico no jogo decisivo após as águias terem ultrapassado o Sporting na semifinal e os portistas terem feito o mesmo diante do Águas Santas, mas a precisar de prolongamento.
Na quadra, Djordjic e André Gomes deram nas vistas nos minutos iniciais pela capacidade goleadora. Porém, o FC Porto rapidamente passou para a frente no marcador, muito por fruto de uma defesa muito agressiva que permitia saídas em contra-ataques e da atuação de Mitreviski entre os postes. A meio da primeira parte, por palavras, Daymaro Salina recebeu duas exclusões seguidas e viu o cartão vermelho direto. O Benfica aproveitou este desnorte nos azuis e brancos para se aproximar até aos 9-10.
À aproximação encarnada, respondeu o FC Porto, voltando a distanciar-se até aos 10-14, depois de o treinador Magnus Andersson ter feito várias mexidas na equipa. O Benfica voltou à luta no resultado, mas foi para o intervalo a perder, por 14-16.
Em Pinhel, a segunda parte começou algo incaracterística, com muitas exclusões de dois minutos para ambos os lados, que pode ser justificado pela presença de VAR em estreia na final da Taça de Portugal. A meio do segundo tempo, Paulo Moreno e Nyokas foram expulsos do clássico, situação que permitiu ao FC Porto regressar aos quatro golos de diferença à maior. À entrada para os últimos 10 minutos, o árbitro expulsou Chema Rodríguez, treinador do Benfica, e logo de seguida foi Mbengue, do FC Porto, a sair por atingir as três exclusões.
Quase sempre na frente do marcador, ora por três golos, ora por quatro, os dragões geriram a vantagem e deixaram correr os minutos; por outro lado, os da Luz procuraram sempre estar na luta pela conquista do troféu, mas não evitaram o desaire, por 27-31, numa final de Taça de Portugal marcada pelo excesso de rigor nas exclusões de dois minutos por parte dos árbitros.
DECLARAÇÕES
Chema Rodríguez (treinador do Benfica): "Foi uma partida muito difícil de jogar. Acho que o FC Porto se adaptou melhor às circunstâncias que este jogo teve. Tentámos acercar-nos da baliza deles, mas a vitória caiu para o FC Porto. Entrámos bem, tentámos, até ao fim, competir e manter o resultado com pouco diferença, mas nos minutos finais só tínhamos a opção de tentar ganhar. Jogámos contra um adversário forte, muito duro. Na segunda parte houve um momento em que eles se distanciaram e, a partir daí, ficámos atrás no marcador e já não conseguimos recuperar."
Benfica-FC Porto
27-31
Pavilhão Multiusos de Pinhel
Formação inicial do Benfica
Sergey Hernández, Mahamadou Keita, Petar Djordjic, Francisco Pereira, Kevynn Nyokas, Ole Rahmel e Matic Suholeznik
Suplentes
Gustavo Capdeville, Bélone Moreira, João Pais, Arnau García, Pedro Loureiro, Carlos Martins, Lazar Kukic, Luciano da Silva e Paulo Moreno
Ao intervalo 14-16
Marcadores do Benfica
Petar Djurdjic (11), Paulo Moreno (6), Lazar Kukic (3), Mahamadou Keita (2), Francisco Pereira (2), Nyokas (1), Ole Rahmel (1) e Matic Suholeznik (1)
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