quarta-feira, 4 de agosto de 2021

VENTO FORTE EM MOSCOVO GELOU MUITAS ABÉCULAS

 


Benfica soprou forte em Moscovo

Exibição personalizada, consistente do início ao fim, encaminhou a equipa para o triunfo por 0-2 no Estádio Spartak, na primeira mão da 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
O primeiro passo do Benfica para alcançar o play-off da Liga dos Campeões foi dado, e bem, em Moscovo, onde a equipa, consistente a tempo inteiro, se impôs por 0-2 no reduto do Spartak, no arranque da 3.ª pré-eliminatória. Rafa e Gilberto, na segunda parte do duelo, colaram os seus nomes aos golos, com assistências de João Mário e Lucas Veríssimo. A segunda mão joga-se no dia 10 de agosto no Estádio da Luz.
Para o primeiro round com o adversário russo, Jorge Jesus compôs a equipa do Benfica em 3x4x3, posicionando no relvado o seguinte onze: Odysseas, Lucas Veríssimo, Otamendi, Vertonghen, Diogo Gonçalves, Grimaldo, Weigl, João Mário, Rafa, Pizzi e Seferovic.
Com serenidade, fazendo o melhor uso dos tempos de posse de bola, o conjunto encarnado anotou na história do jogo a primeira ofensiva ameaçadora ao minuto 6, com Grimaldo a executar o passe a partir do corredor esquerdo, na área, para o remate de Pizzi no meio. O esférico, no entanto, esbarrou no corpo de um defensor, abortando-se a possibilidade de sucesso.
O Spartak, nesta fase madrugadora do encontro, não se ficou atrás e, aos 8', pôs à prova a qualidade de Odysseas num remate de Larsson, pela esquerda, onde o atacante gozou de alguma liberdade para visar a baliza.
Nova aproximação ao golo foi ensaiada pelas águias ao minuto 9, com Grimaldo e Rafa a dinamizarem o ataque pelo flanco esquerdo, desmontando a defensiva contrária. O cruzamento ficou por conta de Rafa, a servir o cabeceamento de Diogo Gonçalves, que enquadrou a finalização, mas viu o guarda-redes Maksimenko voar e espalmar a bola, salvando assim o conjunto moscovita.
Organizado e coeso sem bola e, depois, a tricotar lances com relativa facilidade nas saídas para o ataque, o Benfica criou mais uma excelente ocasião para ganhar vantagem no jogo e na eliminatória ao minuto 17, quando Rafa fez um endosso para Seferovic na direita, para o internacional suíço, de seguida, passar de pé esquerdo, com perícia, para a entrada de Pizzi no corredor central, onde o camisola 21 atirou com força, mas por cima do alvo.

A ausência de espaços para promover infiltrações conduziu o Spartak a uma tentativa de meia distância pelo pé direito do 18, Umyarov. Trancando as redes benfiquistas, Odysseas estirou-se e sacudiu para canto.
Num curto lapso de tempo, aos 27' e aos 31', o Benfica abeirou-se novamente da zona guardada por Maksimenko, mas não foi eficaz. Rafa, depois de contornar um defensor pela direita, concluiu a ação, no interior da área, com um pontapé de trivela, fazendo o esférico passar rente ao poste mais distante. No capítulo sucedâneo, Grimaldo foi o protagonista, disparando por cima da trave.
O Benfica criava, mas não capitalizava. E sofreu um revés na estrutura tática ao minuto 37: Seferovic, lesionado, teve de sair. Para o lugar do camisola 14 foi lançado Gonçalo Ramos.
A primeira parte no Estádio Spartak terminou com a equipa da casa a mostrar-se em dois lances, por Ayrton (40') e Larsson (42'). O Benfica soube proteger-se.
Recarregadas as energias e revista a estratégia, os comandados de Jorge Jesus apertaram no arranque do segundo tempo e foram premiados. Uma combinação rápida e bem oleada, entre João Mário e Rafa, deixou este último em posição de visar as malhas russas, e a verdade é que o 27 não enjeitou a chance, rematando para o 0-1.
Por cima no resultado, o Benfica quis mais, produziu para se acercar da baliza do Spartak. Ao minuto 55, Gigot intercetou a bola com o braço esquerdo, na área, mas o árbitro Srdjan Jovanovic (que substituiu o espanhol Carlos Del Cerro Grande, previamente nomeado) não assinalou penálti.
Continuando a provocar espaços e a explorá-los, os encarnados apontaram ao golo ao minuto 60: Rafa fez o passe, Gonçalo Ramos executou o disparo. Para defesa de Maksimenko.
Chegados aos 65' de jogo, Jorge Jesus entendeu refrescar a equipa: saíram Diogo Gonçalves e Pizzi, entraram Gilberto e Everton. E o Benfica manteve o controlo e afiou as manobras atacantes.
Operando em cima da grande área moscovita, as águias reclamaram um corte ilegal de Rasskazov (braço na bola) ao minuto 69, mas o juízo do árbitro foi outro, mais uma vez, e o sérvio não apontou para a marca de grande penalidade.

A superioridade do Benfica vincava-se no relvado e podia ter tido expressão no marcador aos 70'. Num canto cobrado pela direita, Everton levantou para Weigl, que desviou para a conclusão de Gonçalo Ramos. A bola errou o alvo por muito pouco.
O segundo golo do Glorioso estava anunciado e seria celebrado aos 73', quando Lucas Veríssimo isolou Gilberto, para o recém-entrado lateral brasileiro não perdoar perante a saída de Maksimenko (0-2).
Compacto e eficaz defensivamente nos (fugazes) lances em que o Spartak tentou reagir nesta fase, o coletivo benfiquista geriu o desenrolar da partida a seu bel-prazer e, com Taarabt e Gil Dias nos lugares de Rafa e Grimaldo a partir dos 84', continuou subido no terreno de jogo, condicionando e espreitando nova hipótese para alvejar com êxito as redes russas, como, por exemplo, naquela jogada em que, já em tempo de compensação, Everton rematou para defesa de Maksimenko (90'+2'). O jogo estava no fim, terminou logo a seguir.
A eliminatória fecha-se na próxima terça-feira, 10 de agosto, no Estádio da Luz, na noite em que os Benfiquistas vão voltar às bancadas da Catedral!

1 comentário:

  1. Vamos lá ver se não vamos transformar uma vitória banal e obrigatória contra um adversário de 5ª categoria numa vitória de final de champions...

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