"A época do Benfica, aconteça o que acontecer nos dois últimos jogos, está fechada. O Benfica será terceiro e terá de jogar a qualificação para a Champions League, encerrando uma época negativa, sem títulos.
Uma época atípica em que o clube teve dois treinadores, dois presidentes e duas caras completamente diferentes: na Europa, ou nas provas internas. Várias dualidades que representam a transição que o clube viveu e que, embora não expliquem tudo, ajudam a perceber as dificuldades.
O resto da explicação está nas inúmeras decisões arbitrais que prejudicaram o Benfica, ou beneficiaram os seus rivais. O final de época não tem sido diferente: momentos bons, como em Alvalade, quebras logo a seguir, como o empate com o Famalicão e vitórias em serviços mínimos, como esta na Madeira, com destaque, mais uma vez, para Darwin (só falta marcar ao F. C. Porto).
Sem objetivos, o Benfica joga pelo brio e pelo prestígio e é, exclusivamente, desse ponto de vista que o jogo com o F. C. Porto é relevante. Terminar bem a época, para preparar o futuro. Em relação a esse futuro a escolha era, mais uma vez, dual: ou manter o que está procurando melhorar, pontualmente; ou ter a ousadia de fazer mudanças, assumir roturas e correr riscos, para vencer. A opção por Roger Schmidt indica claramente que Rui Costa opta pela segunda e, na minha opinião, faz bem. Veremos a seguir o que isso trará em termos de mudanças na estrutura e no plantel. Se há riscos, a verdade é que "quem não arrisca não petisca" e o jejum começa a ser longo. Venha a próxima época, que se faz tarde.
Positivo: As estreias dos jovens Sandro Cruz e Tiago Gouveia na equipa A do Benfica.
Negativo: Um lance fora da área dá penálti para o Sporting e uma falta evidente de Adán que deixa uma grande penalidade por marcar."
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