Sub-20: a Taça Intercontinental é nossa!
Campeão do Mundo: o Benfica levou a melhor sobre o Peñarol por 0-1 no Estádio Centenário em Montevideu, no Uruguai.
O Benfica fez história, mais uma vez! Os campeões da UEFA Youth League venceram a primeira edição da Taça Intercontinental Sub-20 ao baterem, neste domingo, 21 de agosto, o Peñarol, no Estádio Centenário, em Montevideu, no Uruguai. Um triunfo (0-1) sustentado na solidez do coletivo, no processo defensivo e na inteligência emocional como as jovens águias abordaram um encontro perante mais de 40 mil espectadores afetos à equipa da casa.
Sem acusar a pressão proveniente dos mais de 40 mil adeptos no Estádio Centenário, com personalidade, a formação escalada por Luís Castro cedo se mostrou capaz de assumir o jogo, gerindo a posse de bola, sem que o Peñarol arriscasse em momentos defensivos no meio-campo contrário.
Aos 9' João Neves ganhou o primeiro canto do jogo, cobrado com perigo por Cher Ndour para o centro da área, onde faltou o desvio para a baliza contrária.
Sempre tranquilos, os jogadores encarnados, encaixados no 4x3x3 adversário, viram a saída rápida dos uruguaios, por parte de Rossi, aos 13', gerar a primeira situação de potencial perigo para as redes guardadas por Samuel Soares. O disparo do atacante dos da casa esbarrou em Bajrami.
O Peñarol procurava surpreender e coube a Rossi, aos 18', rematar rasteiro, fora da área, para Samuel Soares encaixar. Aos 22' foi Homenchenko a tentar a sua sorte de pé esquerdo, sem perigo.
O Benfica sentia dificuldades em definir bem as suas ações no último terço e procurou o primeiro tiro certeiro por Cher Ndour aos 24', mas o remate de longe bateu num defesa contrário.
O minuto 27 trouxe mais ameaças para as duas balizas, primeiro foi González, após um canto, a cabecear torto por cima e ao lado. Depois foi Samuel Soares com um passe longo para Henrique Pereira a requisitar a atenção do guardião Rodríguez, a reduzir a profundidade.
Os últimos 15 minutos da primeira parte foram de domínio territorial do Peñarol, que, aos 32', num cruzamento traiçoeiro de Rossi, na direita, obrigou Samuel Soares a defesa apertada para canto. Alonso, aos 45', cruzou rasteiro da esquerda para o segundo poste, onde Rafael Rodrigues afastou para canto.
O primeiro remate do Benfica a passar perto da baliza contrária viu-se no período de descontos, aos 45'+1', com a bola a sair do pé direito de Jevsenak e ao lado do poste direito de Rodríguez.
Após uma primeira parte sem situações claras de golo, a segunda teve a emoção própria da disputa de um troféu intercontinental.
Se Rossi, aos 47', ameaçou Samuel Soares, coube a João Neves dar a resposta com duas finalizações, a primeira das quais, aos 54', uma clara oportunidade de golo para as águias, com o disparo do médio a passar por cima da barra a passe de João Resende. O mesmo João Neves, aos 58', atirou à figura de Rodríguez.
O Benfica estava mais solto no ataque, mantinha solidez na defesa e aos 64' João Resende atirou forte ao poste, quando estava descaído sobre a direita da área, a passe de Henrique Pereira.
O Peñarol reagiu, aos 66' e 67', por García e Alonso, ameaçando a baliza de Samuel Soares.
Mas foi Luís Semedo, aos 69', a fazer a diferença na área contrária. Canto cobrado da esquerda por Cher Ndour para o primeiro poste, Jevsenak desviou a bola para o segundo onde Luís Semedo com a perna direita, na pequena área, encostou para o único golo do encontro (0-1).
A partir daí, com a pressão dos mais de 40 mil adeptos a fazer-se sentir, o Peñarol subiu linhas e criou situações de perigo para as redes encarnadas. Aos 77' Samuel Soares fez uma excelente defesa a remate de Ferreira.
Aos 84' foi Lacroix a tirar a bola em cima da linha de baliza, seguindo-se momentos de confusão na área das águias. O coração encarnado bateu forte e o momento foi de cerrar fileiras. A solidez do Benfica segurou as investidas dos da casa, que tiveram no remate de Mansilla, aos 88', para as mãos de Samuel Soares, a derradeira oportunidade de chegar ao golo.
O Benfica sai de Montevideu com a primeira Taça Intercontinental Sub-20, colocando o seu nome na história da prova recém-criada e, naturalmente, fazendo história no futebol nacional e mundial!
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