quarta-feira, 26 de outubro de 2022

NOITE ÉPICA CARIMBA PASSAGEM AOS OITAVOS-DE-FINAL



 Noite épica, exibição de gala e "oitavos" no bolso em dia de aniversário

Com o Estádio da Luz a celebrar 19 anos, a equipa do Benfica presenteou a sua casa com um triunfo (4-3) importante e bem conseguido diante da Juventus. Encarnados estão na próxima fase da Champions.
Já está! Com uma vitória por 4-3 diante da Juventus, na 5.ª jornada do grupo H, o Benfica carimbou o passaporte rumo aos oitavos de final da Liga dos Campeões. Em dia de aniversário, o Estádio da Luz recebeu uma prenda milionária!
Duas formações que vinham de dois triunfos nos respetivos Campeonatos. Roger Schmidt manteve o onze das águias que iniciou o clássico no Estádio do Dragão; Massimiliano Allegri fez uma mudança em relação ao duelo com o Empoli: saiu Rugani e entrou Gatti para o centro da defesa.
Benfica a alinhar no habitual 4x2x3x1 e a "Vecchia Signora" apareceu em 3x5x2. Minutos iniciais na Luz com ambas as equipas muito esticadas no relvado e a incidirem pressão alta sobre o adversário na hora da construção ofensiva. Águias a construir desde trás, com um futebol apoiado, a jogar nos três corredores e de forma associativa entre linhas; a Juventus saía apoiado através do sector mais recuado, mas após a linha divisória a ordem era para dar velocidade à largura e à profundidade.



No tapete verde, os da casa tinham mais posse de bola, geriam os ritmos da partida e tiveram,
igualmente, a primeira oportunidade, aos 14'. Contra-ataque conduzido por Enzo e combinação com Aursnes, que disparou. A bola ia na direção da baliza, mas Kostic cortou pela linha final. As bancadas empolgavam-se, apoiavam e criavam o verdadeiro Inferno da Luz, que explodiu aos 17'. Cruzamento de Enzo à esquerda e António Silva a aparecer de cabeça para o 1-0. Foi a estreia do jovem defesa-central a marcar pela equipa principal do Clube.
Os italianos responderam logo de seguida, aos 21'. Pontapé de canto estudado, desvio na grande área, Vlahovic rematou, Odysseas defendeu e Moise Kean, na recarga, empatou a contenda (1-1). Inicialmente, o golo foi anulado, mas o VAR validou-o. Os adeptos não deixavam que o tento mexesse com a equipa, que respondeu ao carregar ofensivamente sobre a Juventus. Resultado? Grande penalidade para os encarnados por mão de Cuadrado na bola (26'). O árbitro sérvio Srdjan Jovanovic apontou para a marca dos 11 metros e João Mário, frente a Szczesny, não perdoou. Era o 2-1 no jogo, aos 28'.
Os bianconeri sabiam que tinham de ganhar em Lisboa e voltaram ao ataque. Jogando à largura, aproveitando as capacidades ofensivas de Cuadrado e Kostic, tentavam abrir espaços no eixo defensivo encarnado para Vlahovic e Moise Kean criarem perigo. Num desses lances, Kostic cruzou à esquerda e Vlahovic atirou ao lado (34'). Ao susto, o Estádio da Luz respondeu com… mais um golo. E que golo!
Ataque rápido das águias, Rafa recebeu no meio, entre linhas, deixou em João Mário, o 20 centrou a partir da direita e Rafa, oportuno, de calcanhar, aumentou o resultado para 3-1, aos 35', e era a loucura entre os Benfiquistas. A Catedral, em dia de 19.º aniversário, era brindada com mais uma noite europeia épica.



Outra vez mais tranquilo em campo, o Benfica jogou com a identidade que tem sido apanágio desde que Roger Schmidt lidera a equipa: a gerir a posse, com futebol rendilhado e acelerações nos últimos 30 metros que partiam as marcações. Ainda assim, aos 40', foi a Juventus a assustar. Kostic a cruzar e Moise Kean a antecipar-se a António Silva e a desviar de calcanhar. A bola passou a centímetros da baliza encarnada. Aos 45'+1', Rafa aguentou a pressão de vários jogadores transalpinos, deixou no corredor central, Gonçalo Ramos simulou e Enzo rematou para Szczesny encaixar. A partida chegava ao intervalo com o Benfica a vencer, por 3-1.
No reinício, e sabendo que tinha de mudar o rumo dos acontecimentos, Massimiliano Allegri mexeu no ataque: fez entrar Milik e tirou Moise Kean da partida. Porém, foi o Benfica a aumentar a contagem, aos 50'. Pressão encarnada na saída de bola italiana, recuperação do esférico em zona adiantada e Grimaldo isolou Rafa. O 27, perante Szczesny, picou a bola e festejou o 4-1. A partir daqui, o técnico dos transalpinos lançou Miretti e Alex Sandro para tentar mexer com o encontro, mas a Juventus era uma equipa perdida e desligada em campo.
Aproveitava o Benfica para somar oportunidades. No mesmo minuto – 61' –, Gonçalo Ramos teve duas chances para fazer o golo. Na primeira situação, após triangulação à direita, o avançado rematou e Szczesny defendeu por instinto; na segunda, após um canto, o 88 cabeceou a centímetros da baliza contrária. A Juventus não conseguia construir apoiado, nem lançando a profundidade, e o Benfica, com o apoio de um Estádio da Luz em efervescência, desenvolvia uma pressão sufocante sobre a bola e geria quando a tinha em sua posse.
Futebol trabalhado ao primeiro toque baralhava as marcações da defesa italiana, e numa dessas situações as águias ficaram muito perto do quinto golo. Enzo lançou João Mário na direita, este cruzou e Rafa, em frente à baliza, de primeira, a rematar por cima. Que jogada do Benfica, aos 76'! O jogo parecia controlado, mas os bianconeri reentraram na partida com dois golos em dois minutos. Através do extremo Iling-Junior, entrado no decorrer da segunda parte, criou dois cruzamentos venenosos que permitiram os golos a Milik (77') num tiro de pé esquerdo e a McKennie (79') após um lance de insistência.



Com o resultado em 4-3, a formação de Turim subiu as linhas, acreditou, teve mais bola… Roger Schmidt refrescou a equipa e lançou até ao fim Gilberto, Neres, Musa e Chiquinho. Com os italianos todos encarreirados no ataque, Rafa teve no pé direito soberana oportunidade, aos 86'. Recolheu a bola à saída da grande área encarnada, galgou 80 metros com o esférico controlado e na hora da verdade atirou colocado… ao poste. Que azar! O 5-3 que "mataria" a partida ficou a centímetros. Aos 90'+1', de cabeça, Gatti ainda assustou, mas o esférico saiu ao lado.
O Benfica venceu a Juventus, por 4-3, passa a somar 11 pontos na classificação do grupo H e assegura a presença nos oitavos de final pela 7.ª vez desde que a prova se designa Liga dos Campeões. A última ronda da fase de grupos é na casa do Maccabi Haifa às 20h00 de 2 de novembro (quarta-feira) e as águias partem em igualdade com o PSG (11 pontos).

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