"Após um período marcado por exibições pálidas e três empates consecutivos, o Benfica voltou ao normal. E o normal no Benfica é jogar bem e ganhar.
Em Salzburgo, a nossa equipa garantiu a continuidade nas provas europeias com brilhantismo e inteiro merecimento, mostrando que, com um pouco mais de sorte e acerto, podia ter alcançado um dos dois primeiros lugares do grupo. Na última ronda estava apenas em discussão o terceiro, e esse foi obtido. Estamos agora na Liga Europa - e, deixem-me dizê-lo, com legítimas ambições de a ganhar.
Dias depois em Braga, perante mais uma equipa de Champions, os encarnados voltaram a triunfar, mostrando desta vez outra faceta. Após golo madrugador e domínio claro na primeira parte, uma elevada capacidade de sofrimento, sentido de entreajuda e rigor defensivo (além de um grande guarda-redes) permitiram resistir ao assalto bracarense na segunda, selando os três preciosos pontos. Os campeões também se fazem de jogos como este, em que momentos ofensivos e defensivos se entrelaçam, e em que fica patente a coesão do grupo. Nestas partidas viu-se bem que, contrariando a especulação mediática, os jogadores estão solidamente unidos, entre si e com a equipa técnica.
Não estamos ainda onde queremos. Mas não tenho dúvidas de que, com a capacidade evidenciada na Áustria e no Minho, não tardará muito até que chegarmos à liderança do campeonato, para não mais a largar.
À entrada para o novo ano civil, já com a Supertaça no bolso, estamos ainda em quatro frentes: Campeonato, Taça de Portugal, Taça da Liga e Liga Europa. Muito para jogar, muito para ganhar.
É certo que o plantel tem margem para melhorar. E está aí o mercado de Inverno para tal. Identificadas as debilidades, é altura de as corrigir e dar lugar à ambição.
O caminho foi encontrado. Há que o prosseguir."
Luís Fialho, in O Benfica
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