quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

FESTIVAL DE DESPERDÍCIO



 Faltou maior eficácia para evitar um adeus inglório

Numa partida que dominou por completo, o Benfica não aproveitou as várias ocasiões que construiu para desbloquear o 1-1 nos 90 minutos regulamentares e acabou afastado da final da Taça da Liga pelo Estoril no desempate por penáltis (4-5).
O Benfica falhou o acesso à final da Taça da Liga após cair no desempate por grandes penalidades (4-5) diante do Estoril. Nos 90 minutos regulamentares da meia-final, as águias dominaram a partida por completo, mas faltou maior eficácia para desbloquear o 1-1.
Roger Schmidt apostou num onze formado por Trubin, Aursnes, António Silva, Otamendi, Morato, João Neves, Kökcü, Di María, João Mário, Rafa e Musa, que regressou à titularidade no lugar ocupado por Arthur Cabral nos últimos cinco jogos. No banco, destaque para a presença (estreia) do reforço Rollheiser.
Aos 7', na primeira de inúmeras investidas à área do Estoril, Di María marcou um canto chegado à baliza e o guarda-redes Dani Figueira levou a melhor sobre Musa, afastando a bola com os punhos. Na continuação da jogada, o esférico voltou para Di María, que fez a diagonal para o corredor central e disparou ligeiramente ao lado.
A resposta do Estoril chegou aos 16' e logo com sucesso imediato. Numa jogada construída pelo lado direito, Heri desmarcou Rodrigo Gomes e este cruzou para a área do Benfica, onde surgiu Guitane, que simulou sobre Morato antes de rematar colocado para o 0-1.
Determinado a reagir o mais rápido possível, o Benfica criou uma grande oportunidade aos 20', mas não teve tanta eficácia como o adversário. Kökcü fez um grande passe, a rasgar, a isolar Aursnes no lado direito, e o norueguês cruzou para Rafa, que atirou, de primeira, para uma grande defesa com o pé direito de Dani Figueira.
Quatro minutos volvidos, as águias voltaram a rondar a baliza do Estoril com perigo. António Silva cabeceou a rasar o poste, correspondendo a um canto de Kökcü.




Recuperando várias bolas em terrenos adiantados, os encarnados asfixiaram o Estoril, mas a bola teimava em não entrar. Aos 30', João Neves picou o esférico para Morato, que tocou de cabeça para um corte imperfeito de Volnei. Musa aproveitou a oportunidade e visou a baliza, mas o seu disparo foi intercetado por Mangala.
Aos 34', o avançado croata, desmarcado por Di María, rematou forte por cima, e, aos 36', foi a vez de o argentino desperdiçar uma grande oportunidade. Após um corte de Kökcü, Rafa ficou com a bola e desmarcou o camisola 11, que, isolado, acertou no guarda-redes do Estoril.
Antes de o árbitro apitar para o intervalo, Di María marcou um novo canto chegado à baliza e o desvio de António Silva, de cabeça, saiu ligeiramente por cima.
Na segunda parte, o guião da partida não se alterou, com o Benfica a empurrar o adversário para a sua área em busca do empate.
Aos 55', Di María solicitou a velocidade de Aursnes e este cruzou para o coração da área na direção de João Mário, cujo cabeceamento foi desviado pela linha de fundo por Volnei. Aos 57', o camisola 20 encontrou Rafa na área adversária e este tocou para Musa, que disparou rasteiro para defesa apertada de Dani Figueira. Adivinhava-se o golo das águias e ele chegou logo depois, conferindo um mínimo de justiça a uma partida de sentido único.
Na sequência de uma jogada de insistência à entrada da área estorilista, onde os jogadores encarnados ganharam a bola na raça, esta ficou nos pés de João Mário, que a lançou na direção de Musa. Num movimento inteligente, o croata deixou passar o esférico para Otamendi, que rematou de primeira junto ao poste para fazer o 1-1, aos 58'.
Em mais uma iniciativa pelo lado direito, aos 68', Di María combinou bem com Aursnes, e o norueguês cruzou rasteiro para Musa, cujo disparo foi intercetado por Bernardo Vital. Na saída do Estoril para o ataque, um passe mal medido de Rodrigo Gomes terminou nos pés de João Mário, e este endossou a bola a Rafa, cujo disparo em arco saiu por cima da barra.
Após a supracitada oportunidade, Roger Schmidt refrescou a equipa, trocando Kökcü e Musa por Tiago Gouveia e Marcos Leonardo, aos 69'.
Nos minutos seguintes às alterações, o Estoril conseguiu sair em dois contra-ataques perigosos aos 71' e 74', com Aursnes e António Silva, respetivamente, a evitarem que Guitane e Cassiano se aproximassem da baliza de Trubin, um mero espectador durante toda a partida.
Sempre balanceado para o ataque, o Benfica dispôs de outra grande ocasião, aos 82'. Morato lançou Tiago Gouveia em velocidade, e este cruzou atrasado para Rafa. Após uma tabelinha com Di María, o camisola 27 deixou Marcos Leonardo em excelente posição, mas o brasileiro rematou cruzado, ao lado.
Aos 83', Roger Schmidt trocou de laterais, lançando Tomás Araújo e Álvaro Carreras, que fez a sua estreia de águia ao peito, para os lugares de Aursnes e Morato. E o reforço entrou a todo o gás: quando o relógio marcava 85', ganhou bem a linha no lado esquerdo e cruzou atrasado para Di María, cujo remate enrolado saiu à figura do guarda-redes do Estoril.
Já nos descontos, aos 90'+5', Álvaro Carreras voltou a protagonizar nova jogada de perigo. Lançado por Di María, o lateral-esquerdo centrou para a pequena área na direção de Tiago Gouveia, mas Pedro Álvaro esticou-se e conseguiu cortar a bola pela linha de fundo.
A derradeira brecha na muralha amarela surgiu aos 90'+6', já com Arthur Cabral em campo no lugar de Rafa. Na ressaca de um canto apontado por João Mário, a bola foi parar a Di María, que, de muito longe, encheu o pé e Dani Figueira esticou-se para desviar o míssil do argentino para o poste.
Após o empate (1-1) no tempo regulamentar, a decisão do finalista da Taça da Liga ficou reservada para o desempate por grandes penalidades. Do lado do Benfica, Marcos Leonardo esbarrou na defesa de Dani Figueira e Tomás Araújo rematou ao lado, enquanto João Marques foi o único jogador do Estoril que não conseguiu marcar: a sua cobrança foi defendida por Trubin. Triunfo para o conjunto da Linha por 4-5 e queda das águias sem perderem qualquer jogo na prova no tempo regulamentar: sucedeu o mesmo nas campanhas da Taça da Liga e da Taça de Portugal em 2022/23.

1 comentário:

  1. SLB é neste ano uma equipa de velhos, pois temnos tantos miudos da nossa cantera , e jogam joão mário "que vergonha de jogador" nunca reage á perda da bola, RUA JOAO MARIO vai á tua vida fora do glorioso.

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