domingo, 7 de abril de 2024

ERROS A ABRIR E A FECHAR DITARAM DERROTA



Castigo injusto para as águias
O Benfica não conseguiu levar os três pontos do Estádio José Alvalade no dérbi frente ao Sporting, da 28.ª jornada da Liga Betclic.
Com golos sofridos a abrir e a fechar a partida, o Benfica não conseguiu levar os três pontos do Estádio José Alvalade. Cabeceamento certeiro de Bah revelou-se insuficiente para evitar a derrota com o Sporting (2-1), na 28.ª jornada da Liga Betclic.
Roger Schmidt repetiu o onze do dérbi da passada terça-feira, 2 de abril, para a 2.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal, e fez alinhar Trubin, Bah, António Silva, Otamendi, Aursnes, Florentino, João Neves, Di María, Neres, Rafa e Tengstedt.
O primeiro minuto do encontro trouxe a primeira contrariedade para os encarnados. Pedro Gonçalves intercetou um passe de António Silva para Bah, foi à linha e cruzou para a área. Trubin ainda tentou afastar a bola com o punho direito, mas esta sobrou para Geny Catamo, que rematou de primeira para o 1-0.
Protagonista de uma reação imediata, o Benfica tomou conta da bola e, aos 12', criou a sua primeira oportunidade. João Neves fez um passe longo para Di María, que fintou Geny Catamo e serviu Rafa. Este, à entrada da área, rematou forte, mas por cima da baliza leonina.
Bastante disputada a meio-campo, com diversos duelos pela bola, a partida foi sendo disputada longe das balizas até aos 25', quando o Sporting voltou a criar perigo. Gyökeres protagonizou uma investida pelo lado esquerdo e cruzou para a pequena área, onde surgiu Trincão, apertado por Otamendi, a desviar para as mãos de Trubin.
Com o apoio bem audível dos milhares de adeptos que se deslocaram a Alvalade, a equipa encarnada respondeu aos 31'. Rafa ficou com a bola após um corte incompleto de Coates e rematou contra Gonçalo Inácio. Na recarga, Di María encheu o pé e disparou ligeiramente por cima da baliza do Sporting.
Utilizando bem os corredores, o Benfica encostou o adversário às cordas e ganhou vários cantos à conta da pressão exercida. Num deles, aos 39', Hjulmand cortou a bola para os pés de Florentino, cujo disparo de primeira embateu no braço de Gonçalo Inácio. O árbitro Artur Soares Dias entendeu que não existiu motivo para penálti e o esférico sobrou para João Neves, que cabeceou à figura de Israel.
A insistência das águias produziu resultados no período de descontos da primeira parte. Na marcação de um livre a punir uma falta de St. Juste sobre Neres, Di María, na esquerda, cruzou na direção do segundo poste e Bah acorreu à bola de forma fulgurante para fazer o empate (1-1) com um poderoso cabeceamento.
O segundo golo do lateral dinamarquês na presente temporada (2023/24), apontado aos 45'+3', conferiu justiça ao resultado e foi acompanhado do apito de Artur Soares Dias para o intervalo.
No início da segunda parte, o Sporting conseguiu condicionar a primeira fase de construção do Benfica e apostou tudo em rápidas transições, como se viu aos 48', no qual Aursnes, numa lição de posicionamento, impediu que Geny Catamo isolasse Gyökeres. Aos 53', foi a vez de a trave devolver um remate forte de Gyökeres, que beneficiou de uma recuperação de bola de Hjulmand para visar a baliza de Trubin.
Com uma entrega total ao jogo, as águias recuperaram o ímpeto e a agressividade nos duelos e na pressão e os efeitos foram imediatos. Aos 65', Neres intercetou um passe de Daniel Bragança, arrancou pelo corredor central e serviu Di María. Este temporizou e devolveu a bola ao brasileiro, que fintou Israel e rematou para a baliza. No entanto, Coates, com um corte decisivo, impediu a reviravolta no marcador. Três minutos volvidos, Di María protagonizou nova iniciativa pela direita e serviu Rafa, cujo desvio de calcanhar esbarrou em novo corte do capitão do Sporting.
Aos 71', Roger Schmidt fez a primeira alteração, trocando Tengstedt por Arthur Cabral, que esteve ligado a novo lance de perigo para os encarnados, aos 81'. Após João Neves desarmar Koindredi, a bola sobrou para o avançado brasileiro, que a tocou para Di María. Já na área, o campeão do mundo encheu o pé e Israel fez uma grande defesa a negar o segundo golo do Benfica: o esférico ainda raspou na trave.
O jogo entrou, então, numa fase com muitas paragens, e a ação só voltou às áreas aos 90'. Na sequência de um canto, Paulinho desviou para o segundo poste, onde Daniel Bragança pisou a bola e acabou desarmado por Bah, com o esférico a sair pela linha de fundo. O lance foi revisto pelo VAR, que não detetou qualquer infração do lateral do Benfica. Após esta interrupção, o canto de Matheus Reis, com um ressalto pelo meio, terminou nos pés de Geny Catamo, que rematou forte e cruzado para o 2-1, aos 90'+1'.
As duas últimas cartadas de Roger Schmidt foram jogadas aos 90'+3', com as entradas de Marcos Leonardo e Kökcü para os lugares de Rafa e Neres. E foi do avançado brasileiro a derradeira oportunidade do Benfica na partida, aos 90'+6'. Otamendi ganhou a bola nas alturas e esta sobrou para João Neves, que, após uma jogada de insistência, cruzou para o camisola 36. Este rematou em queda, mas Diomande impediu que o esférico seguisse na direção da baliza.
Aos 90'+8', a expulsão de Aursnes, por acumulação de amarelos, representou nova machadada na tentativa encarnada de ir em busca de outro resultado num jogo que terminou um minuto depois.
O Benfica regressa, agora, ao Estádio da Luz na próxima quinta-feira, 11 de abril, para enfrentar o Marselha em duelo válido para a 1.ª mão dos quartos de final da Liga Europa. O pontapé de saída está marcado para as 20h00.

2 comentários:

  1. E dinheiro não faltava, como dizia o outro que esteve no governo e caiu com estrondo, por não ter sabido gastá-lo, senhor Presidente Rui Costa.
    Para qualquer adepto que queira usar a testa, eram previsíveis, os desaires da equipa principal de futebol do Benfica.
    Guarda-redes: Vlachodimos não servia? Por ser um horror a jogar com os pés e medíocre a sair da baliza e a defender penáltis? O que é que se terá passado com ele para sair como saiu? E este, está pronto para ser indiscutível na baliza, é bom em tudo?
    Defesas laterais: não havia no mundo, em Portugal (e nas equipas B, sub-23, juniores do clube) dois defesas-esquerdos? E um defesa-direito para substituir Bah, quando necessário?
    Pontas de lança: quanto custaram os três contratados a martelo? 50 milhões, mais? Não são avançados para uma equipa de um clube como o Sport Lisboa e Benfica. Não são. Em rendimento, os três não valem um – o jogo que jogam e o número de golos somados é tudo ridículo. Não será por acaso que o Rafa (um perdedor nato de golos-feitos) tem sido o mais avançado no campo, por tantas vezes.
    Pergunto-me: como é que é possível constituir um plantel (e mantê-lo assim uma época inteira) tão falho de equilíbrio quanto este, no SLB, senhor Presidente?
    A somar a todas estas desgraças, há um treinador teimoso e inventor e não sei que mais dizer, ou melhor, não devo. Para além de outras casmurrices (só casmurrices ou haverá algo mais?), só agora é que terá percebido que a melhor dupla (de longe!) para jogar no miolo do terreno é Florentino/João Neves? Só agora? Eh, pá!
    Planificada como foi, a época (e logo esta, que antecede aquela em que A Liga dos Campeões passará a valer dinheiro a sério!) tinha tudo para correr mal. Qualquer adepto imaginava isso, senhor Presidente Rui Costa, nem é preciso ser ex-jogador profissional de futebol, basta ter olhos na cara.
    Se dinheiro não faltava, como dizia o outro, o que é que faltou, senhor Presidente? Há razões para pensarmos em gestão ruinosa.
    Agora, é preciso que não se cometam os mesmos erros. É preciso que não se façam contratações a martelo e prego de galiota, à última hora, ou porque sim, ou por aquelas razões que a gente (os adeptos e os sócios, que na boca do Presidente parece contarem muito, parece) nunca consegue perceber. É preciso fazer os possíveis para que jogadores essenciais à equipa (como eram Vlachodimos e Grimaldo) não saiam. É preciso que o João Neves não seja despachado como se despachou o Gonçalo Ramos. Agora, é urgente que não se repitam os mesmos erros de planificar em cima do joelho, apressada e erraticamente. Os benfiquistas exigem-no.

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  2. Em suma, uma caca de época protagonizada por um treinador sofrível e alguns jogadores sem estaleca.

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