sexta-feira, 12 de abril de 2024

PELA MARGEM MÍNIMA



Metade do caminho superado com mérito
O Benfica, com uma exibição sólida, superiorizou-se ao Marselha na Luz e venceu por 2-1 na 1.ª mão dos quartos de final da Liga Europa.
O Benfica deu nesta quinta-feira, 11 de abril, um passo em frente nos quartos de final da Liga Europa, ao vencer o Marselha (2-1) com golos de Rafa e de Di María, num jogo onde 53 845 espectadores puderam prestar justa homenagem a Sven-Göran Eriksson.
As águias até estiveram com dois golos de vantagem sobre os gauleses, fruto das finalizações de Rafa (16') e de Di María (52'), mas viram Aubameyang (67') encurtar a distância. Mesmo assim, a equipa encarnada mantém a eliminatória totalmente nas suas mãos, podendo encarar a visita a França, na próxima quinta-feira, 18 e abril, com total confiança, sabendo, porém, que este adversário tem bons argumentos, como provou na Catedral.
O Benfica apresentou-se em campo com o mesmo onze utilizado nos últimos dois jogos oficiais. Foi com Trubin, Bah, António Silva, Otamendi, Aursnes, Florentino, João Neves, Neres, Di María, Rafa e Tengstedt que os encarnados se aplicaram na luta pelo triunfo.
Numa grande noite europeia, cedo a equipa liderada por Roger Schmidt quis mostrar ao que ia. Aos 5', uma grande oportunidade: Di María cruzou para a área na direção de Bah, que não conseguiu o desvio para a baliza, com Mbemba a cortar a bola para longe, no timing exato. A resposta francesa veio pouco depois, aos 12', com Veretout a apontar ao segundo poste das redes defendidas por Trubin. Aubameyang deu um toque para Balerdi, mas Bah leu bem o lance e afastou o esférico pela linha de fundo.
Se, aos 14', brilhou Otamendi, com um corte eficaz e vistoso na área encarnada, coube a Rafa, dois minutos depois, fazer o desbloqueio do placard: Neres recebeu uma bola à entrada da área e colocou-a em Tengstedt, que serviu o camisola 27. Este, de primeira, e com a ponta da bota, rematou colocado para inaugurar o marcador e provocar a primeira explosão de alegria no Estádio da Luz. O lance ainda foi sujeito a revisão do VAR, que confirmou a legalidade do mesmo. Estava feito o 1-0 (16').




Revelando segurança defensiva e procurando espaços numa retaguarda do Marselha determinada em não deixar terreno aberto para os elementos mais criativos do Benfica, as águias mantiveram o ritmo. Aos 24', numa saída de jogo com qualidade e apoios bem gizados desde a sua grande área, os encarnados assustaram o guardião Pau López, com Tengstedt a ser desarmado por Balerdi na hora H. O avançado voltaria a criar perigo aos 29', mas o lance acabou anulado por fora de jogo.
Havia mais e melhor Benfica, com o segundo golo encarnado a espreitar a qualquer momento. Como aos 33', onde João Neves, após ser servido de calcanhar por Rafa, atirou de longe para intervenção atenta de Pau López.
Antes do intervalo, foi Neres o jogador que mais perto esteve de agitar o marcador, e por mais do que uma vez. Aos 36', chegou ligeiramente atrasado a um cruzamento de Tengstedt na direita, que recebera um excelente passe de rutura de João Neves; noutra, aos 39', o brasileiro respondeu a um livre de Di María, levando a bola a passar perto do poste da baliza do Marselha.
A fechar a primeira parte, uma "dança", um drible mágico protagonizado pelo camisola 7, que trocou os passos a Merlin e Balerdi, instalando o caos na muralha francesa. Valeu um corte in extremis. O lance foi aziago para Merlin, que saiu lesionado, dando o lugar a Ndiaye.
Ao intervalo, a emoção tomou conta das bancadas e do relvado, quando o antigo treinador do Clube, Sven-Göran Eriksson, foi homenageado de uma forma arrepiante e geradora de muitas lágrimas entre a assistência e da parte do próprio sueco. Um "obrigado" que os Benfiquistas na Luz quiseram deixar bem vincado!
Com forças redobradas, o Benfica voltou dos balneários para colocar mais um golo na baliza adversária. E foi isso que aconteceu à passagem dos 52': Di María arrancou pelo corredor central e serviu Neres no lado direito. Este, vendo a movimentação do colega, devolveu a bola ao argentino, que, na área, rematou para o segundo do Benfica (2-0). O público vibrou e saltou, vendo a equipa recompensada pelo que havia feito até então.
Sentindo a eliminatória a fugir-lhe, o Marselha tentou reagir. Moumbagna saiu, e entrou Ounahi, ele que causaria calafrios aos Benfiquistas aos 61', quando colocou a bola em Ndiaye e este atirou às malhas laterais da baliza de Trubin, que tinha o lance controlado. No minuto seguinte, coube a Florentino mostrar classe num enorme corte, intercetando um passe de Harit para Luis Henrique.
Mas os marselheses acabariam mesmo por reduzir, aos 67'. De novo Ounahi no passe, agora a desmarcar Aubameyang, que, frente a frente com Trubin, atirou a contar. António Silva ainda tentou anular o lance na origem, mas não conseguiu.
Para refrescar a equipa, aos 71', Roger Schmidt lançou João Mário e Marcos Leonardo, tirando Neres e Tengstedt. Três minutos depois, Florentino voltou a anular um lance de perigo, impedindo o remate de Ounahi. Já aos 77', em disputa com Balerdi, Marcos Leonardo pediu falta à entrada da área do Marselha. O árbitro mandou seguir o jogo.




Até final destaque para Marcos Leonardo, que, em posição frontal, teve um disparo bloqueado (86'), e, aos 87', Aubameyang viu um remate seu travado pela ação conjunta de António Silva e Bah.
Após este jogo europeu, o Benfica volta a competir já no domingo, 14 de abril, recebendo o Moreirense num jogo a contar para a 29.ª jornada da Liga Betclic. A partida, a disputar na Luz, tem início agendado para as 20h30.

1 comentário:

  1. Ambiente de funeral com claques a jogar à apanhada e socios descrentes a assobiar no final. Que é isto ? Já não ia à Luz à muito tempo, mas nunca imaginei o que vi ontem.

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