O Benfica perdeu esta sexta-feira no último jogo da pré-época. Ficaram claras algumas fragilidades mas também virtudes.
O Benfica entrou em campo com a mesma equipa que goleou o Feyenoord por 5-0, na Eusébio Cup, e com a mesma ideia. Procurou instalar-se no meio-campo dos ingleses desde o início do jogo, fazendo uso de pressão muito alta e tentando ser muito reativo à perda da bola. Conseguiu-o nos primeiros cinco minutos, mas depois começou a sentir problemas, porque o Fulham é uma equipa com maior qualidade e mais personalizada que os anteriores adversários da pré-época.
O nível de exigência subiu e ficou claro que ainda há muito trabalho a fazer, mas o Benfica voltou a dar sinais interessantes e o maior deles talvez seja que consegue manter a intensidade e a ideia de jogo, sem se desagregar ou descontrolar, mesmo em situações que não está por cima do jogo.
Com bons jogadores e fisicamente mais fortes do que os do Benfica, a equipa liderada pelo português Marco Silva soube sair com qualidade a jogar desde a área da baliza do guarda-redes Bernd Leno e, apesar da pressão das águias, desequilibrou várias vezes em transições muito rápidas dos seus alas. Numa delas, o gigante Adama Traoré deixou Florentino e sobretudo Leandro Barreiro para trás e desenhou o lance para o golo, apontado aos 21 minutos por Alex Iwobi.
Florentino e Barreiro iam jogando muito juntos no meio-campo, o que algumas vezes significou que bastava aos ingleses ultrapassar um deles para que os dois ficassem para trás.
Antes do lance do golo, que acabaria por ser o único do desafio, os ingleses já tinham rematado duas vezes — uma delas na sequência de um passe disparatado de Morato para dentro da própria área e que foi direito aos pés de Rodrigo Muniz, ponta de lança do Fulham — e conquistado dois cantos em que criaram perigo porque a defesa benfiquista consentiu desvios ao primeiro poste.
Da parte do Benfica, sem alas, com quatro médios (João Mário e Aursnes juntavam-se a Florentino e Barreiro a fechar) para dar consistência interior, mas foram permitidos demasiados desiquilibrios nas transições.
Na frente, Gianluca Prestianni, jovem argentino de 18 anos que vai impressionando, voltou a ser o mais esclarecido e intencional. Foi dele o primeiro remate das águias.
Prestianni, jovem argentino de 18 anos que vai impressionando, voltou a ser o mais esclarecido e intencional.
Nos últimos 15 minutos da primeira parte as águias melhoraram bastante, aproximaram-se mais da baliza do Fulham, e Pavlidis, até então com pouco espaço, rematou com perigo, para boa defesa.
OUTRA CARA
Na segunda parte, o Benfica reentrou novamente intenso, instalado no meio-campo inglês, com António Silva e Carreras no onze como novidades. E o primeiro cabeceou com perigo logo aos 50 minutos, para pouco depois Bah trabalhar bem e Pavlidis ter oportunidade já na grande-área; mas, apertado, o ponta de lança grego rematou muito por cima da trave.
Pouco depois, Prestianni, o agitador de serviço, depois de recuperação de Barreiro e condução de Aursnes, teve grande oportunidade: rematou à entrada da área, mas a bola bateu nos dois postes da baliza e foi caprichosamente para longe da linha de golo.
Ia sendo o melhor momento de Benfica mais dinâmico e objetivo no ataque, além de mauis capaz de controlar as tentativas de contra-ataque do Fulham.
Aos 59 minutos, nova grande oportunidade para os encarnados, depois de uma grande recuperação de Aursnes, que a seguir combinou com Prestianni e rematou para Bassey tirar em cima da linha. No estádio os adeptos cantavam ‘Benfica’ e a equipa ia crescendo.
Roger Schmidt lançou Neres, Marcos Leonardo e Kokçu. Leonardo ficou na frente de ataque, com Kokçu atrás dele. O treinador mudou a cara da equipa e deu-lhe mais criatividade e cariz ofensivo. Na primeira vez que tocou na bola, a cruzamento de Aursnes, Kokçu rematou de primeira e de pé esquerdo para grande defesa.
A segunda parte foi toda do Benfica
A segunda parte foi toda do Benfica (com Neres endiabrado), que teve oportunidades para empatar, mas não teve eficácia, além da boa exibição de Leno.
O Benfica perdeu o primeiro jogo no último particular desta fase, mas foi claramente pior o resultado do que a exibição. O próximo jogo já será a doer, dia 11, domingo, em casa do Famalicão, para a Liga.
Quando não se é derrotado pelo 13º classificado da Premier League, e não se consegue vencer o 16º do mesmo campeonato, não se pode dizer que haja alguma coisa que está bem! Acho eu...
ResponderEliminarA esmagadora maioria dos adeptos benfiquistas não terá visto que houvesse algo de bom...
(Como é habitual, a BTV viu coisas muito boas! Mas, como já se sabe, o maior cego é aquele que não quer ver...)
Está bem fazer, no jogo de hoje, 2 (!!!) remates em toda a primeira parte? Está bem sofrer um golo numa jogada iniciada por um adversário à saída da sua grande área, correndo todo o campo sem ser travado? Estão bem os anedóticos passes do marido da Madame Morata a isolar adversários? Está bem a inenarrável exibição do Florentino, quer a defender, quer a atacar (o que quase nunca ocorreu, diga-se...)? Estão bem as bolas paradas (cantos e livres) sempre marcadas sem qualquer perigo para o adversário? Está bem a acção do treinador a mexer na equipa? (As substituições a quatro minutos do fim vão continuara a ser um "must"...) Estiveram bem os suplentes que foram lançados no jogo?...
Afinal, o que é que terá estado, realmente, bem?...
Acorda, Benfica!!!
(Zé do Telhado, o original)
MAGNÍFICA EXIBIÇÃO DO BENFICA NA SEGUNDA PARTE…SÓ FALTARAM OS GOLOS E O PENÁLTI LIMPO POR MARCAR!!!!,…
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