sexta-feira, 2 de agosto de 2024

NEM TUDO ESTÁ BEM MAS HÁ MUITA COISA QUE ESTÁ BEM

 


O Benfica perdeu esta sexta-feira no último jogo da pré-época. Ficaram claras algumas fragilidades mas também virtudes.

O Benfica entrou em campo com a mesma equipa que goleou o Feyenoord por 5-0, na Eusébio Cup, e com a mesma ideia. Procurou instalar-se no meio-campo dos ingleses desde o início do jogo, fazendo uso de pressão muito alta e tentando ser muito reativo à perda da bola. Conseguiu-o nos primeiros cinco minutos, mas depois começou a sentir problemas, porque o Fulham é uma equipa com maior qualidade e mais personalizada que os anteriores adversários da pré-época.
O nível de exigência subiu e ficou claro que ainda há muito trabalho a fazer, mas o Benfica voltou a dar sinais interessantes e o maior deles talvez seja que consegue manter a intensidade e a ideia de jogo, sem se desagregar ou descontrolar, mesmo em situações que não está por cima do jogo.
Com bons jogadores e fisicamente mais fortes do que os do Benfica, a equipa liderada pelo português Marco Silva soube sair com qualidade a jogar desde a área da baliza do guarda-redes Bernd Leno e, apesar da pressão das águias, desequilibrou várias vezes em transições muito rápidas dos seus alas. Numa delas, o gigante Adama Traoré deixou Florentino e sobretudo Leandro Barreiro para trás e desenhou o lance para o golo, apontado aos 21 minutos por Alex Iwobi.
Florentino e Barreiro iam jogando muito juntos no meio-campo, o que algumas vezes significou que bastava aos ingleses ultrapassar um deles para que os dois ficassem para trás.
Antes do lance do golo, que acabaria por ser o único do desafio, os ingleses já tinham rematado duas vezes — uma delas na sequência de um passe disparatado de Morato para dentro da própria área e que foi direito aos pés de Rodrigo Muniz, ponta de lança do Fulham — e conquistado dois cantos em que criaram perigo porque a defesa benfiquista consentiu desvios ao primeiro poste.
Da parte do Benfica, sem alas, com quatro médios (João Mário e Aursnes juntavam-se a Florentino e Barreiro a fechar) para dar consistência interior, mas foram permitidos demasiados desiquilibrios nas transições.
Na frente, Gianluca Prestianni, jovem argentino de 18 anos que vai impressionando, voltou a ser o mais esclarecido e intencional. Foi dele o primeiro remate das águias.
Prestianni, jovem argentino de 18 anos que vai impressionando, voltou a ser o mais esclarecido e intencional.
Nos últimos 15 minutos da primeira parte as águias melhoraram bastante, aproximaram-se mais da baliza do Fulham, e Pavlidis, até então com pouco espaço, rematou com perigo, para boa defesa.
OUTRA CARA
Na segunda parte, o Benfica reentrou novamente intenso, instalado no meio-campo inglês, com António Silva e Carreras no onze como novidades. E o primeiro cabeceou com perigo logo aos 50 minutos, para pouco depois Bah trabalhar bem e Pavlidis ter oportunidade já na grande-área; mas, apertado, o ponta de lança grego rematou muito por cima da trave.
Pouco depois, Prestianni, o agitador de serviço, depois de recuperação de Barreiro e condução de Aursnes, teve grande oportunidade: rematou à entrada da área, mas a bola bateu nos dois postes da baliza e foi caprichosamente para longe da linha de golo.
Ia sendo o melhor momento de Benfica mais dinâmico e objetivo no ataque, além de mauis capaz de controlar as tentativas de contra-ataque do Fulham.
Aos 59 minutos, nova grande oportunidade para os encarnados, depois de uma grande recuperação de Aursnes, que a seguir combinou com Prestianni e rematou para Bassey tirar em cima da linha. No estádio os adeptos cantavam ‘Benfica’ e a equipa ia crescendo.
Roger Schmidt lançou Neres, Marcos Leonardo e Kokçu. Leonardo ficou na frente de ataque, com Kokçu atrás dele. O treinador mudou a cara da equipa e deu-lhe mais criatividade e cariz ofensivo. Na primeira vez que tocou na bola, a cruzamento de Aursnes, Kokçu rematou de primeira e de pé esquerdo para grande defesa.
A segunda parte foi toda do Benfica
A segunda parte foi toda do Benfica (com Neres endiabrado), que teve oportunidades para empatar, mas não teve eficácia, além da boa exibição de Leno.
O Benfica perdeu o primeiro jogo no último particular desta fase, mas foi claramente pior o resultado do que a exibição. O próximo jogo já será a doer, dia 11, domingo, em casa do Famalicão, para a Liga.

2 comentários:

  1. Quando não se é derrotado pelo 13º classificado da Premier League, e não se consegue vencer o 16º do mesmo campeonato, não se pode dizer que haja alguma coisa que está bem! Acho eu...
    A esmagadora maioria dos adeptos benfiquistas não terá visto que houvesse algo de bom...
    (Como é habitual, a BTV viu coisas muito boas! Mas, como já se sabe, o maior cego é aquele que não quer ver...)
    Está bem fazer, no jogo de hoje, 2 (!!!) remates em toda a primeira parte? Está bem sofrer um golo numa jogada iniciada por um adversário à saída da sua grande área, correndo todo o campo sem ser travado? Estão bem os anedóticos passes do marido da Madame Morata a isolar adversários? Está bem a inenarrável exibição do Florentino, quer a defender, quer a atacar (o que quase nunca ocorreu, diga-se...)? Estão bem as bolas paradas (cantos e livres) sempre marcadas sem qualquer perigo para o adversário? Está bem a acção do treinador a mexer na equipa? (As substituições a quatro minutos do fim vão continuara a ser um "must"...) Estiveram bem os suplentes que foram lançados no jogo?...
    Afinal, o que é que terá estado, realmente, bem?...
    Acorda, Benfica!!!
    (Zé do Telhado, o original)

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  2. MAGNÍFICA EXIBIÇÃO DO BENFICA NA SEGUNDA PARTE…SÓ FALTARAM OS GOLOS E O PENÁLTI LIMPO POR MARCAR!!!!,…

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