Vitória no Principado colocou as águias num patamar que o clube nunca atingira; Bruno Lage igualou também registo de Sven-Goran Eriksson
O Estádio da Luz é naturalmente associado a uma fortaleza para o Benfica em qualquer prova em que participe, mas nesta edição da UEFA Champions League a fortaleza tem sido... a casa dos adversários. Das 24 equipas que ainda estão em competição, a encarnada é mesmo a pior a jogar em casa. É fora dela que não só se tem mantido na competição, como também já bateu recordes.
Esta quarta-feira, no Estádio Luís II, o Benfica somou a quarta vitória como visitante na Champions – é a primeira vez que as águias alcançaram esse registo numa só edição da prova milionária (incluindo a antiga Taça dos Campeões Europeus). Uma série que começou no terreno do Estrela Vermelha (1-0), no primeiro jogo europeu de Bruno Lage neste regresso ao Benfica, e que passou pela casa da Juventus (2-0), para além dos dois triunfos no Mónaco (3-2 e 1-0).
Esta marca também só é alcançada devido, em parte, ao novo formato da UEFA Champions League, que resulta em mais jogos para as equipas – o Benfica já tem nove, tantos quanto, por exemplo, a totalidade das participações europeias nas épocas 1987/88 e 1989/90, quando a equipa chegou à final em ambas.
Memória de Eriksson
O Benfica também somou a terceira vitória consecutiva fora de casa, na Champions. A última vez que tal acontecera foi com o falecido Sven-Goran Eriksson ao comando da equipa, precisamente na época 1989/90 (que terminou com a derrota para o Milan na final da prova).
Nessa época, o Benfica venceu, de forma consecutiva, os norte-irlandeses do Derry City (2-1), na Hungria bateu o Budapeste Honvéd (2-0) e, por fim, derrotou os ucranianos do Dnipro (3-0). Esta série foi interrompida aos pés do Marselha (1-2), derrota que o braço de Vata reverteu na Luz, carimbando assim o bilhete do Benfica para a final.
Esta época, não fosse o jogo na casa do Bayern (0-1), o Benfica até poderia somar cinco vitórias em cinco jogos fora de casa na UEFA Champions League. Agora, terá de eliminar o Mónaco para, eventualmente, estender este registo recordista frente ao Liverpool ou ao Barcelona, nos oitavos de final.
Afonso Santos, in a Bola
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