quinta-feira, 19 de junho de 2025

BENFICA: OS SINAIS DE OTAMENDI



 Aos 37 anos, e tal como sucedeu antes, é normal que o capitão prefira esperar. Mas é preciso convencê-lo e, ao que parece, isso poderá dizer muito de 2025/26.

Aos 37 anos, e tal como sucedeu antes, é normal que o capitão prefira esperar. Mas é preciso convencê-lo e, ao que parece, isso poderá dizer muito de 2025/26
Já na lógica encarnada, ela é diferente. O Benfica precisa mesmo deste central, campeão do mundo, de 37 anos. Aquela braçadeira que tão polémica foi quando Jorge Jesus lha atribuiu faz mais sentido do que nunca. A liderança de Otamendi é incontestável. O capitão nunca se esconde, seja no campo, seja fora dele: foram várias as vezes em que não fugiu, nas palavras, à realidade.
Também será isso que procura agora. Saber com o que contar. É normal que aos 37 anos, com o currículo que criou e com os interessados que saberia ter, Otamendi tomasse uma decisão sobre o futuro apenas no final da temporada, independentemente de o Benfica querer ter resolvido o dossiê mais cedo, tal como já sucedeu antes.
Perceber que equipa terá se ficar na Luz, perceber se, sem Di María, chegará algum craque que lhe faça companhia na liderança em campo – e se possível fora dele, já agora. É uma dúvida demasiado grande, pois pode alterar todos os planos de mercado na Luz e fazer com que haja novas prioridades. A entrar e a sair.
Se se recandidatar à presidência, Rui Costa terá de convencer os benfiquistas. Ficará com tarefa facilitada se, primeiro, convencer o seu capitão. E isso, pelo que se sabe, não passa tanto por muito melhores argumentos financeiros, mas sim por garantias que, no fundo, são quase as mesmas que todos os benfiquistas desejam.
Visto assim, se Nicolás Otamendi renovar, poderá ser um dos grandes sinais daquilo que se está a preparar no eixo Seixal-Luz. Caso contrário, a juntar à saída de um perfil de líder, de um futebolista que continua na plenitude de capacidades e de qualidade de topo, haverá uma apreensão justificada sobre o Benfica 2025/26.
Luís Pedro Ferreira, in a Bola

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