quinta-feira, 31 de julho de 2025

VOTOS


"Bom, tenho seguido com atenção a pseudo polémica pré eleitoral do Benfica em relação ao processo eleitoral e ao sistema de voto a utilizar.
A conclusão a que cheguei é que não há nada a fazer, há que respeitar a vontade dos sócios que foi expressa em AG e que determinou o modelo de votação e as suas anormalidades técnicas que fazem com que uma fatia relevante de associados estejam grosso modo excluídos da votação…podem como alguns dizem, “meter-se num avião e virem votar”…portanto há soluções para ultrapassar a aberração cometida nos novos estatutos.
No entanto, apesar de ser um erro crasso a forma como os mesmos foram votados, e aqui é apenas a minha opinião pessoal, a realidade da coisa é que os mesmos têm de ser respeitados, quem não concordar com os mesmos que se comece a juntar e apresente propostas para que sejam revistos daqui a 10 anos!
Agora são estas as cartas com que todos tem de ir a jogo, podemos não gostar, mas temos de respeitar!
Claro que se houver o mínimo de altivez da parte de todos os candidatos, os mesmos terão capacidade para chegar a um consenso para que se exclua da votação o mínimo de sócios possível.
O resto é folclore.
Serve para avaliarmos a postura de todas as candidaturas, mais nada!
Há umas que claramente estão a fazer uma campanha de excelência e tiro o chapéu a João Diogo Manteigas pela sua campanha, espero que não caia na patetice de se aliar a outros, é preferível cair de pé (e digo cair de pé porque fica bem, porque fico com a sensação que facilmente, se mantiver a postura, terá mais votos que o “Dom Sebastião” e quiçá não seja o melhor colocado para ser eleito) e pelos seus valores e ideais do que associar-se a quem não os tem!
De resto, os Benfiquistas todos são maiores e vacinados, em outubro terão a palavra e serão soberanos, que todos aprendam a respeitar os resultados que forem obtidos, é o que farei, mesmo sabendo que se não forem do agrado de alguns, esses não o saberão fazer!
Viva o Benfica!
Agora o foco é bater o VMOC clube de Portugal e toda a sua teia de poder!

Isso é que realmente interessa."

A Gola do Sabry, in Facebook 

NÃO DÁ PARA LEVAR O TUGÃO A SÉRIO 😂😂


 Querem vender este produto completamente viciado a quem?

quarta-feira, 30 de julho de 2025

ACABARAM O LUTO, DIZEM ELES...

 


"NÓS NO PERÍODO DE NOJO

1. As afirmações de Luís Godinho à saída da reunião de ontem na FPF foram uma verdadeira provocação a todos quantos assistiram no estádio ou pela televisão ao roubo da final da Taça no Jamor. Para a corporação arbitral, o problema está resolvido porque já fizeram o seu período de luto. Como?

2. Até hoje, continuam por sair - e pelos vistos não vão sair - os castigos para o senhor Tiago Martins, principal responsável pela VARgonha do Jamor, e para os seus ajudantes. Quem não sabe como foi o diálogo entre eles? Considerar aquilo incompetência é o mesmo que os considerar bons rapazes. Se estivéssemos em Inglaterra já tinham sido - todos! - sumariamente corridos da arbitragem.

3. Perante isto, o Benfica devia recusar-se a marcar presença na Supertaça.

4. Mas como se não bastasse, nomearam Fábio Veríssimo, o árbitro fetiche do Sporting, para a Supertaça. A época 2024-25 acabou com um roubo; a de 2025-26 inicia-se com uma dupla provocação. Só faltou meterem Tiago Martins e seus amigos na Cidade do Futebol a tomar conta do VAR.
ABRE A PESTANA, BENFICA"

Jaime Cancella de Abreu, in Facebook

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA | ANTEVISÃO #SCPSLB

                            

BENFICA: NOVA VÉNIA

 


Na Luz, aconteceu um reinício de alegria e muitos adeptos, na tradicional e sempre desejada apresentação da equipa. A entrada dos jogadores pelo meio dos benfiquistas penso ser algo que se deve manter, tal o bonito efeito que representa. Mais uma vénia simbólica a quem acompanha o clube.

Viveu-se um ambiente saudável de muitas famílias que vêm ao estádio, algumas que aproveitam o regresso em período de férias. As expectativas habituais para ver quem chega e de quem só se conhece o nome. A habitual dedicação dos adeptos no início de mais uma época de esperanças renovadas.
Uma boa atmosfera inspira quem joga e a primeira parte correspondeu, sendo bem prometedora. Destaque para os estreantes, principalmente para a dinâmica ofensiva de Dedic. Ríos e Enzo mostraram o porquê da escolha, mesmo sem conseguirem impressionar na estreia. Dos repetentes, Pavlidis e Akturkoglu regressaram bem, mas foi o jovem Veloso, promovido a titular, quem mais surpreendeu. Uma opção a ter em conta depois desta eleição inesperada. No final, ganhar sabe sempre bem e a participação rara de todos os jovens convocados assinalou mais um dia especial.
Festa feita, o Benfica enfrenta agora verdadeiros e exigentes desafios. O tempo é escasso e o descanso é pouco, para tanta exigência, mas o sinal positivo está dado.
VALOR REAL
Akturkoglu a marcar e a festejar foi uma boa notícia, quando ainda se colocam outros cenários. Espero que fique. Não impressiona esteticamente, mas é muito completo. É agressivo na desmarcação vertical e conclusão dos lances, mas igualmente regular e combativo quando toca a defender. Um avançado esquerdo e não propriamente um ala típico, de drible e confronto direto. Julgo que Akturkoglu vale mais no campo do que em qualquer eventual negócio. É discreto, mas sólido e de grande utilidade, sem o perfil vistoso que impressiona os grandes mercados.
PRIMEIRO POSTE
Não pela sua intervenção na vitória da Eusébio Cup, mantenho expectativas positivas em Henrique Araújo. A verdade é que continuamos a ter por cá poucos avançados de qualidade. As chamadas promessas, de acordo com as suas posições no terreno, conseguem ser ou seguras na defesa, ou esconder-se no esforço a meio campo. Lá na frente, o peso é diferente, a visibilidade também e há normalmente números a cumprir, jogos a decidir. O Henrique está só com 23 anos, os mesmos que eu tinha quando me estreei na nossa Liga, ainda no Portimonense. Fez sete golos no Arouca, na época passada, curiosamente os mesmos que eu consegui nesse meu ano de estreia. Não o conheço enquanto pessoa, mas aquilo que mostra enquanto avançado dá conta de alguém de quem se pode esperar mais. Já sabemos que as caraterísticas que fazem uma carreira de sucesso não se resumem às valências técnicas ou físicas. Como sempre, serão a mentalidade, a persistência, a humildade, mas também a sorte a decidir o que virá depois.
O golo com o Fenerbahçe define uma qualidade importante: a agressividade e o timing de ataque ao primeiro poste. Não era algo em que eu fosse especialmente forte. Pavlidis tem essa virtude e, no meu tempo, havia Nené, Gomes, Manuel Fernandes e outros que o faziam bem. Este movimento de ataque à bola, mesmo que não permita o desvio direto para baliza, provoca o arrastamento da defesa adversária e a criação de espaços que se aproveitam mais atrás.
MERCADO
No Benfica, esperam-se mais argumentos para este complicado início de temporada. A lesão de Bruma e o desvio de Félix acentuam a procura. Um avançado parece obrigatório, pelo menos enquanto Henrique Araújo não se emancipa. Nas alas, embora se abra espaço para Prestianni e Gouveia, poderá ser necessário algo mais. Lá atrás, a condição física de Tomás Araújo poderá ditar um eventual reforço.
Na concorrência, de Gyokeres já muito se disse. O seu sucessor terá a missão quase impossível de o fazer esquecer, enquanto os adversários suspiram de alívio com a partida de um verdadeiro incómodo. Quanto ao FC Porto, investe e reforça-se. Um central experiente era obrigatório conseguir. Na lateral direita, embora aprecie Alberto Costa, o FC Porto mexe na posição que me parecia a mais forte, mantendo ainda Martim Fernandes. Não era prioridade, terá sido uma oportunidade de mercado.
MENOS CARREIRA
Um caso estranho este de Félix. Muito talento, todos o sabem, sem rendimento. A opção pela Arábia é muito discutível, imagino que definida pelos valores que o Chelsea recupera e muito pela influência de quem negoceia. Ainda mais dinheiro, mas ainda menos carreira. Adiada fica, mais uma vez, a sua retoma competitiva e, eventualmente, colocada em causa a sua futura convocatória para a Seleção. A fuga da Europa não me parece a melhor solução. Mais milhão, menos milhão, não será isso que o fará mais feliz ou realizado. Uma honra, sim, jogar com Cristiano Ronaldo, mas também há a obrigatoriedade de um maior esforço quando toca a defender. Não sendo dado a grandes correrias, imagino que vá estranhar, mas pode ser que lhe faça bem. Uma equipa pode ser equilibrada de maneira a poupar um dos seus jogadores. Dois é demais.
LENDAS, MAS NÃO MUITO
Sucedem-se os eventos desportivos a que os antigos jogadores naturalmente aderem, acredito que não tanto pelo que ganham, mas pelas saudades que muitos têm de uma atividade marcante. No entanto, quando se intitula um torneio de Legends eleva-se o nível de um produto onde o fair play e as boas práticas estão teoricamente garantidas. Sabemos que a malta não gosta de perder nem a feijões, mas há limites. Cuidar do espetáculo é dar uma boa imagem. Uma vez sarrafeiro, sarrafeiro para sempre? Não se justifica e ninguém aprecia.
Rui Águas, in a Bola

QUE CRITÉRIOS LEVARAM A ESTA NOMEAÇÃO?


"Vamos a factos.
Estes foram os últimos 3 jogos que apitou do Benfica:
29.12.2024 – Sporting 1–0 Benfica
11.08.2024 – Famalicão 2–0 Benfica
29.02.2024 – Sporting 2–1 Benfica (Taça de Portugal)
Três jogos.
Três derrotas.
Três arbitragens contestadas.
Qual foi o critério para esta nomeação?
Alguém pode explicar aos adeptos antes do jogo?
Nada mudou na disciplina.
Nada mudou na arbitragem.
Tudo o que se passou na final da Taça não teve consequências.
Isto já não vai lá com comunicados.
Isto é provocação.
Ainda vamos a tempo.
O Benfica tem de se fazer respeitar.
Já que vai participar — erradamente, do meu ponto de vista, porque não exigiu um árbitro estrangeiro?

Benfica Primeiro."

Mauro Xavier, in Facebook 

terça-feira, 29 de julho de 2025

ANTI-BENFICA PRIMARIO!



QUEM NÃO SE LEMBRA!!!

 


"Até tarjas chegaram a levar para o estádio com esta cantinela…quem ousava defender o clube nas redes sociais era perseguido, ofendido e destratado…agora metem-se do lado dessa gente porque só agora começam a perceber o que foram os emails/vouchers…agora é tarde, amarraram o Benfica, tudo era tóxico desde os ministros no estádio ao cortador de relva, enquanto isso os artistas dominaram a liga, FPF, APAF…agora queixamo-nos ao Totta!
Não me esqueço como os meninos especiais da turma dos puros!
Sim, espero por um comunicado que anteceda este início de época a pedir arbitragens ISENTAS! Não é ajudas, é ISENÇÃO!
E não, não espero comunicados dos pretendentes uma vez que foram aliados da corja que agora domina a arbitragem!"

Alberto Mota, in Facebook

O ENIGMÁTICO GLORIOSO: O BENFICA É GRANDE?

 


"Alguns benfiquistas acreditam que o clube é tão grande quanto uma equipa de futebol o pode ser. À escala mundial ninguém bate o Real Madrid, seja ao nível da marca e influência ou do apoio além fronteiras. A verdade é que o clube merengue, em termos desportivos, iguala e traduz este tipo de reconhecimento: contam-se pelos dedos de uma mão os jogadores que recusariam jogar com a farda branca, embora fossem precisas mais de duas só para contar os títulos internacionais no museu do Bernabéu.
A verdade é que o Benfica não é campeão europeu desde a década de 1960. A partir de então, a equipa encarnada conta com inúmeras finais europeias perdidas, entre a Liga Europa e a Liga dos Campeões. Ao nível interno, apesar de ser a equipa com mais campeonatos nacionais conquistados, o Benfica viu-se recentemente ultrapassado em número de títulos pelo F.C. do Porto, pese embora esta seja ainda uma “luta” renhida e algo polémica – discutem-se inúmeros pormenores, a par de taças que valem mais do que outras, para medir (e bem) o sucesso de cada clube. Em Janeiro de 2025, após a conquista da Taça da Liga, o Benfica reclamou novamente o posto de equipa mais titulada. Não obstante, a história mais recente do clube não cumpre na íntegra os ideais sobre os quais foi fundado: somam-se apenas 3 troféus nas últimas 20 competições em Portugal.
Existe, por isso, uma franja de benfiquistas que acreditam que o clube não é assim tão grande, tampouco o maior. Não só pelos factos citados anteriormente, mas ainda porque o contexto económico e competitivo obriga a que um determinado conjunto de clubes cedam necessariamente os seus atletas mais valiosos a troco de uma mesma estabilidade que não é assunto entre o “patamar de elite” no futebol europeu (e mundial). Nem só de pão vive o Homem, assim como nem só de amor vive o Benfica (o que realmente é válido para os restantes clubes em Portugal). Esta realidade obriga a que, ano após ano, os adeptos criem ilusões acerca de jogadores realmente excecionais e que defendem por largos anos as cores do clube, à moda antiga.
Pergunte-se, agora, se é realmente grande o Benfica. Encontra o Benfica na elite europeia e mundial?
Eis alguns outros factos: o Benfica é o clube com mais sócios no mundo. Desde que foi anunciado o novo marco dos 400.000, a 26 de fevereiro de 2025, o clube angariou cerca de 15.000 novos sócios nos 6 meses que se seguiram, um crescimento certamente inigualável. Em cada canto do mundo, encontra-se pelo menos um benfiquista. E mesmo que não seja em grande número, o benfiquismo é um sentimento muito mais intenso do que qualquer outro, sem que haja uma boa razão para isso. Em qualquer estádio há um benfiquista nas bancadas, nem precisa o Benfica de ser uma das duas equipas em campo.
Nos últimos 15 anos, o clube com maior rendimento financeiro resultante da venda de jogadores profissionais de futebol é o Benfica – um facto que também se alia à excelência da gestão e projeção das camadas jovens encarnadas. Neste mesmo espaço de tempo, foram vários os campeões europeus e mundiais, quer ao nível de clubes ou de seleções, que passaram pela equipa principal de futebol (assim como nas modalidades).
Não se compreende por que há dúvidas sequer. O Benfica é grande. Não é o Real Madrid, mas ainda bem: o benfiquismo é um sentimento ímpar, só quem o sente sabe que apenas o que é a fé lhe chega perto. Não é o Chelsea nem o Manchester City, claro, mas ainda bem: a nossa “cantera” é mesmo a melhor do mundo, e sem querer cair no rodeio do “fazer das tripas coração”, a desigualdade financeira em comparação com a dita “elite do futebol” serve muitas vezes como um ingrediente extra para alinhar visões e decisões.
O grande enigma benfiquista prende-se com identidade. O Benfica já não é o Benfica. O outro Benfica, o mesmo com que o Sr. Cosme sonhou, era efetivamente o maior clube do mundo. De forma quase inquestionável. Infeliz e vergonhosamente, o estado atual do clube não cumpre essa honra. Sem qualquer sombra de dúvidas, chegou a hora de juntar forças, especialmente as de quem realmente acredita que a resposta à pergunta no título é positiva. Chegou a hora de cumprir o sonho da maioria. Urge devolver o Benfica ao Benfica. Serve o Benfica com lealdade e respeito e garantidamente nada te faltará. Viva o (realmente) Glorioso.
Viva o Sport Lisboa e Benfica."

Francisco Pinto, in Benfica Independente

A MENDES O QUE É DE FÉLIX

 


"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Parece-me claro que a frase proferida por Luís Vaz de Camões continua actual. Seja qual for o contexto, mas especialmente se estivermos a falar de futebol. Sejam quais forem os agentes desportivos envolvidos, mas especialmente se estivermos a falar de empresários de futebol
O artigo de opinião que se segue não é uma crítica a uma classe cada vez mais poderosa no mundo do futebol. É apenas a constatação de um facto há muito sabido e cada dia mais reforçado: o amor à camisola e o plano desportivo pouco ou nada podem perante o dinheiro em abundância e as promessas de enriquecimento instantâneo.
João Félix terá estado próximo de regressar ao Benfica. Digo terá estado porque não creio que alguma vez tivesse sido essa a intenção do seu empresário. Pura e simplesmente porque se Jorge Mendes tivesse realmente esse intuito, o antigo craque encarnado teria sido apresentado aos sócios durante a Eusébio Cup.
Seria assim tão simples quanto isso? A meu ver, sim. Ou não fosse ele o empresário de futebol mais poderoso e bem relacionado do mundo. E reside aqui boa parte do problema benfiquista no que ao regresso de Félix diz respeito.
Ao ser uma figura tão influente e bem relacionada, facilmente se prevê que Jorge Mendes é alguém com inúmeras ligações a inúmeros clubes, fundos de investimento, magnatas e empresários de sucesso que investem no futebol. Essas ligações têm um custo claro: a rentabilização financeira de activos, neste caso, de jogadores.
O Chelsea nunca levou a sério a proposta apresentada pelo Benfica. Por ser demasiado baixa e por não garantir o retorno financeiro pretendido para fazer face ao investimento efectuado aquando da transferência de Félix do Atlético de Madrid para Stamford Bridge.
No entanto, e porque era necessário ganhar tempo e encontrar novos interessados, os londrinos foram “cozinhando” o negócio em “banho-maria”. Alimentaram as esperanças encarnadas enquanto alguém procurava eventuais novos parceiros que pudessem ajudar o Chelsea a ter o tal retorno financeiro.
Conseguem imaginar quem foi esse alguém? Não é difícil, pois não?
Em abono da verdade, não há mal nenhum que assim tenha sido. Cada um sabe de si e das suas funções, cada um tem os seus objectivos e as suas gratificações. O que significa que Jorge Mendes fez aquilo que lhe pediram para fazer e no qual ele tem sido extremamente competente ao longos dos anos: encontrar uma solução financeiramente vantajosa para as partes interessadas…e que lhe interessavam.
Obviamente que o facto do Al Nassr ter Cristiano Ronaldo como figura de proa ajudou. Mais até do que a possibilidade de trabalhar com Jorge Jesus. Mas o que realmente foi decisivo em todo este processo foi a parceria Chelsea-Mendes, na qual ambos teriam muito mais a ganhar se Félix rumasse à Arábia Saudita do que ao campeonato português.
Então e a vontade do jogador? E a possibilidade de regresso “a casa”, onde é (era) estimado, acarinhado e onde poderia vir a relançar a sua carreira? Isso não deveria/ poderia ser tido em consideração? Deveria…se o fenómeno futebol fosse um mundo diferente do que realmente é.
Deveria se o plano desportivo interessasse mais a todas as partes do que o plano financeiro. Poderia se João Félix estivesse realmente disposto a mostrar que, afinal, Simeone, Xavi, Conceição e Maresca estavam errados ao não lhe concederem a titularidade absoluta e inequívoca nas suas equipas. Poderia se Félix tivesse verdadeiramente o controlo sobre a sua carreira e fosse o dono da última palavra.
Mas não está. Não tem. E não é..."

Laurindo Filho, in ZeroZero

segunda-feira, 28 de julho de 2025

VAI PARA O SÍTIO CERTO

 


"PRINCIPEZINHO DAS ARÁBIAS

1. O João Félix ia ser recebido no Benfica como um príncipe, uma espécie de regresso de um filho pródigo que nunca mostrou vontade séria... de regressar sempre que ao longo dos anos essa hipótese foi colocada em cima da mesa. Vejam, por exemplo, como o Gyökeres obrigou o Varandas a fechar o negócio com o Arsenal.

2. Por onde passou desde que saiu do Benfica em 2019, o João Félix mostrou que não tem mentalidade de campeão, não tem mentalidade competitiva, não tem atitude, compromisso, não tem vontade de lutar por si mesmo, pela sua carreira, quanto mais pela equipa.

3. Nós precisamos de artistas, sim, e o João Félix é um artista dos bons. Mas nós precisamos é de artistas-guerreiros, não de artistas-príncipes. Nós precisamos, como que de pão para a boca, de jogadores que deixem tudo em campo, com altíssima atitude competitiva, com elevadíssimo grau de exigência para consigo mesmos.

4. O João Félix falhou em todo o lado desde que saiu do Benfica, a sua contratação seria, portanto, um risco. Um risco tanto mais elevado quanto se sabe que implicaria custos desproporcionais para os cofres do Benfica.

5. Nas minhas participações nos programas do canal V+ - sempre nas noites de terças e sextas feiras - fui dizendo que não sabia se era o João Félix que precisava mais do Benfica, se o Benfica que precisava mais do João Félix. Na dúvida, prefiro que não venha.

6. A Arábia pode ser o destino de eleição para um principezinho que parece gostar mais de dinheiro do que de trabalhar. Mas cuidado que o Jorge Jesus não é para brincadeiras e o Cristiano Ronaldo, que manda naquilo tudo, faz da forma como se aplica ao trabalho um modo de vida."

Jaime Cancella de Abreu, in Facebook

JOÃO FÉLIX: SÓ NÃO RESULTA SE NÃO QUISER



se pode apontar ao Benfica neste processo: o dinheiro falou mais alto. Aos adeptos resta-lhes a esperança de poderem ter, em 2027, um jogador livre e renascido. Só não acontecerá se ele não quiser.
O Benfica tem alimentado neste século a sua veia sebastianista, que se traduz num desejo de regresso dos seus heróis de outra era. Este saudosismo tão português é uma das características do trajeto de Rui Costa no cargo de presidente do clube, até porque ele foi protagonista na primeira pessoa quando finalmente voltou a pôr no peito o seu emblema de sempre. É certo que já noutro estádio e numa fase descendente da carreira, mas ainda a tempo de mostrar, no intervalo das lesões, o veludo que lhe saía das botas.
Foi o responsável pelo regresso de Di María, tentou que Bernardo Silva viesse já neste verão e tudo fez para que João Félix entrasse Estádio da Luz adentro. Acredito que serão poucos os benfiquistas que não gostassem de ver um ou outro (ou ambos) de volta. Bernardo acabou por decidir ficar e cumprir o último ano de contrato no Manchester City e João Félix foi desviado para a Arábia Saudita, onde espera-o um contrato milionário de dois anos. Veremos se é possível assistir à volta do novo capitão dos citizens em 2026 e de Félix em 2027, já como jogador livre e com dinheiro para assegurar o bem estar da sua família para cinco gerações.
Para os adeptos, que chegaram a acreditar em ter os seus ídolos de volta, é uma daquelas constatações a que já estão habituados: há sempre alguém mais poderoso que lhe rouba os sonhos. E é por causa desta força maior que pouco ou nada se pode apontar ao Benfica neste processo: tentou ir o mais longe que pôde, mas, prudente, não embarcou numa deriva que poderia pôr em causa a estabilidade financeira da SAD, hoje por hoje sujeita a uma enorme pressão de custos. Nenhum jogador vale esse risco.
Quanto a Félix, limitou-se a ceder. De nada lhe servia insistir numa transferência para a Luz se o clube que detinha o seu passe não aceitava moedas quando pedia notas. Sempre poderia optar por outros alegados interessados na Europa, mas as últimas experiências não foram positivas. Rumando ao Al Nassr, encontrará um contexto que talvez se enquadre com aquilo que precisa neste momento da carreira: ter pessoas à sua volta com quem pode realmente aprender. E crescer. A começar pelo capitão Cristiano Ronaldo, um exemplo do que deve ser um futebolista de elite no que respeita à regularidade, consistência e atitude competitiva; e Jorge Jesus, daqueles de quem se costuma dizer que será dos poucos capazes de pôr Félix ao nível que mostrou no passado. De bolsos cheios e rodeado de carinho e tanta qualidade, só não dará certo se não quis.

Fernando Urbano, in a Bola 

SPORTING- BENFICA: A IMPORTÂNCIA DA SUPERTAÇA

 


O tempo passa muito rapidamente. A sensação que tenho é que a última época acabou de terminar e já estamos a começar uma nova. Sporting e Benfica abrem a temporada com um jogo que vale um troféu. Um dérbi é sempre uma partida especial, mas o que está em jogo é a validação das opções e estratégias que os dois clubes estão a seguir, sendo que os dois estão a implementar mudanças importantes. No Sporting, a saída de Gyokeres gera apreensão. No Benfica, as eleições de outubro estão a gerar um ataque agressivo neste mercado de verão.

Sporting: a oportunidade
O Sporting parte para este jogo com uma mudança muito relevante: a saída de Gyokeres. A poucos dias da final da Supertaça e depois de finalmente ter este dossier fechado, o Sporting decidiu atacar o alvo que tinha referenciado no mercado: Luis Suárez. Em termos estratégicos esta opção peca por tardia. A partir do momento que todos percebemos que Gyokeres iria sair, estrategicamente, teria sido importante garantir Suárez numa fase mais prematura. Refiro isto porque o jogo da Supertaça pode ter uma influência muito relevante na temporada que agora começa.
Por um lado, é importante que o jogo corra bem para o Sporting poder validar a forma como Frederico Varandas, e a sua equipa, estão a preparar a época, sendo que esta é a primeira temporada, em muitos anos, que o fazem sem a presença de Ruben Amorim. Por outro lado, se o Sporting vencer a Supertaça irá colocar uma pressão sobre um já pressionadíssimo Benfica.
Em termos estratégicos, para o Sporting, este jogo deveria ter sido preparado ao pormenor, uma vez que é uma clara oportunidade de criar instabilidade num adversário direto, que tem pela frente um ano de muitos desafios, dentro e fora do relvado. Por estes motivos, teria sido importante, para Rui Borges, ter contado mais cedo com Suárez nas suas opções. Tal possibilidade teria dado ao treinador leonino a adaptação, criação de rotinas e mecanização que a pré-época permite.
Benfica: tudo ou nada
Num ano eleitoral, estes próximos três meses são fundamentais para Rui Costa. O resumo do mandato não é positivo em várias áreas, mas todos temos a noção de que, para os adeptos, o mais importante é o que se passa dentro das quatro linhas. Assim, o jogo da Supertaça é realmente importante.
Depois de (mais) uma época abaixo das expetativas a revolução na Luz é real. O investimento que está a ser realizado nesta temporada pode ser o maior de sempre. Este facto apenas aumenta a pressão sobre todos. Rui Costa e a sua equipa diretiva estão a apostar tudo para poderem ser reeleitos.
Dentro do relvado, a bola passa para Bruno Lage que tem cada vez mais soluções à sua disposição. Adicionalmente, o jogo da Supertaça antecede a pré-eliminatória da Liga dos Campeões que é um objetivo fundamental do Benfica pela vertente financeira e desportiva. Desta forma, o Benfica só pode ter um resultado em vista. Uma vitória irá reforçar a confiança e corresponder às expetativas que estão a ser criadas.
Por outro lado, uma derrota poderá fazer com que instabilidade e dúvidas se apoderem da nação benfiquista. Para Bruno Lage, um cenário de derrota poderá ditar o seu afastamento. Para os jogadores, um cenário negativo trará maior pressão para os embates frente ao Nice. Para Rui Costa, uma derrota frente ao Sporting irá aumentar o descontentamento dos adeptos, o que poderá ter um impacto importante no resultado das eleições em outubro.
Por fim, depois do bicampeonato leonino, uma vitória do Benfica poderá também ser importante para criar dúvidas sobre a capacidade de Frederico Varandas tomar decisões sem a companhia de Ruben Amorim e Hugo Viana. Por todos estes motivos o jogo da Supertaça é, sobretudo, determinante para Rui Costa.
Parecer ou ser
Para se ter sucesso no desporto tem de se ser e não parecer. Dentro do relvado, das quadras ou das pistas só sobrevive quem tem valor e quem se dedica a 100%. A indústria do futebol tem vindo a crescer e a ser cada vez mais atrativa por todos os motivos: financeiro, entretenimento e social. Este facto faz com que cada vez mais pessoas queiram entrar neste mundo fascinante que é o futebol.
Para que o futebol continue a ser mágico e fascinante é importante que não se percam as suas bases e valores. Quero com isto dizer que o futebol não é política e que a política não se pode apoderar do futebol. Neste ponto refiro-me diretamente ao folclore que foi criado na apresentação do Benfica District, que se trata de uma ideia (e não de um projeto) conforme referiu Joana Almeida, vereadora do urbanismo de Lisboa. O evento teve como objetivo apresentar uma ideia (sem projeto apresentado e aprovado, sem financiador definido e sem entidades que irão explorar os espaços comerciais), que ainda está longe de ser efetivada, até porque não passa de um esboço bem-apresentado.
O que critico é o objetivo que lhe está associado, que é o de ganhar margem eleitoral, tanto de Rui Costa como de Carlos Moedas. Até porque, se pensarmos bem, esta ideia que foi apresentada terá de ser validada numa Assembleia Geral pelos sócios. Quando é que essa Assembleia será marcada? Antes ou depois das eleições? Logicamente será depois das eleições! Então se assim é, qual a justificação para toda a pompa e circunstância da apresentação de uma ideia como se fosse uma realidade?
O futebol é tão atrativo que todos querem tirar proveito deste fenómeno. Neste caso, estiveram presentes o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e a Ministra da Cultura, Juventude e Desporto que validaram, politicamente e publicamente, algo que não passa de uma ideia, ou de um esboço, e que ainda necessita de muitos passos para poder ser concretizada. Quem dirige um clube nunca se deveria levar pela pressão do momento e deveria ter a capacidade de separar o real do aparente.
Por outro lado, se quem dirige as instituições não tem essa capacidade, deverão ser os agentes políticos a ter a perceção do seu papel, algo que não aconteceu. A grande conclusão é que apresentação da ideia do Benfica District não foi mais do que um momento de propaganda eleitoral.
A valorizar: André Villas-Boas
A venda de Otávio foi incrivel, assim como a ultrapassagem ao Sporting na contratação de Alberto Costa.
A desvalorizar: Kokçu
Estreou-se com uma derrota em casa frente ao Shakhtar. Será que vai voltar a desapontar?
Diogo Luís, in a Bola

🤷 PENSAMENTO DO BENFIQUISTA COMUM (ESTRANHO!):

 


"➡️ PSG oferece um salário 10x maior ao João Neves
✅ A direção quis foi vender para equilibrar as contas. Mau ato de gestão!
➡️ O Al Nassr oferece um salário 10x maior ao João Félix.
✅ O Félix é um traidor que só pensa em dinheiro!
Mais um jogador que a direção não consegue contratar
- Lembrar que o jogador pertence ao quadros do Chelsea e que estes vendem a quem oferecer mais.
- Lembrar que Félix é um peso morto para os londrinos, que querem é evitar perdas em relação ao que investiram no seu passe."

lberto Mota, in Facebook

domingo, 27 de julho de 2025

"SOU MAIS BENFIQUISTA QUE TU, PORQUE TENHO MAIS PONTOS!"


"Tenho-me tentado abstraír de falar em eleições e nos candidatos à presidência do Sport Lisboa e Benfica .
No entanto, neste caso específico, não posso deixar de o fazer.
João Noronha Lopes, após tantos dias, em que a única coisa que o vemos fazer é andar de cerveja na mão, decidiu - finalmente - apresentar algumas das diretrizes do seu programa. Daquilo que, no seu entender, é o melhor para o Benfica e para os seus sócios.
Na sua visão, o valor do Red Pass deverá ser mantido até 2029 (que se lixe a inflação!!) e para reduzir as listas de espera, será criado um ranking que permite a cada sócio saber se MERECE, ou não MERECE, entrar no estádio da Luz. Portanto, vamos passar a ter SÓCIOS DE PRIMEIRA e SÓCIOS DE SEGUNDA. Se viverem ao lado do estádio e forem frequentadores dos vários espaços, tem direito a Red Pass, se vivem longe mas 1x por mês até vão ver um jogo, começam a perder pontos e com o tempo até deixam de ter acesso. Se estás doente, se trabalhas por turnos, se tens uma situação familiar, se vives no estrangeiro e não podes ir assistir a um jogo, corres o risco de perder pontos e com isso o teu lugar no estádio da Luz.
Para aqueles que tanto apelam à falta de democracia no SL Benfica, que belo exemplo democrático que estão a dar!! Achei engraçado é ser um sistema digital a fazer o tratamento dos dados (quando perdeu as eleições, o sistema digital não servia e era manipulável).
João Noronha Lopes esqueceu-se que o Benfica é do povo! Nunca foi de um grupo de sócios que se auto proclama de "exigentes". Se quer ser ele a escolher quem são os sócios que podem frequentar os estádio da luz, que funde um clube dele e dos amigos e aí já pode fazer o que quiser. O SL Benfica não é a COREIA DO NORTE, nem ele é o DITADOR que o comanda.
Que se deixe d'O CULTO DA PERSONALIDADE (tal e qual os grandes estadistas), que se deixe de andar a criticar tudo o que se faz no Benfica. Que deixe de passar a imagem de impreparado, que dê mostrar de ser capaz de uma empreitada desta dimensão.

Os sócios do Benfica são para se UNIR e não para se DIVIDIR."

Alberto Mota, in Facebook 

UM "NOVO" BENFICA A DOIS TEMPOS

 


Encarnados apostaram em novos perfis no meio-campo e diferença foi notória, mas a segunda parte voltou a trazer os fantasmas do final de época. Que agradável surpresa foi João Veloso!

Afortíssima aposta do Benfica no meio-campo, com um investimento superior a 40 milhões de euros em Enzo Barrenechea e Richard Ríos, já teve, ontem, na primeira parte da Eusébio Cup frente ao Fenerbahçe, resultados visíveis e a dupla argentino-brasileira parece ser como o algodão: não engana. Bruno Lage, Rui Costa e a demais estrutura do futebol analisaram o que de muito mal correu em 2024/25 e terão percebido que havia muito por melhorar nesse plantel, sobretudo no meio-campo, a casa das máquinas por onde se constrói grande parte da supremacia das grandes equipas em relação às demais (ver o sensacional miolo do PSG, por exemplo, com Vitinha, João Neves e Fabián Ruiz).
Com Florentino e Kokçu, o Benfica não conseguia ser dominador de forma constante no meio-campo adversário: o primeiro, transferível até final do mercado, é útil no momento defensivo mas curto para o resto e o turco, em guerra aberta com Bruno Lage, já não cabia no plantel, apesar de reconhecida qualidade com bola. As ideias não parecem ser muito diferentes do passado, mas o perfil completamente diferente dos jogadores aproxima mais o Benfica daquilo que Bruno Lage quer.
Com Enzo e Ríos, a águia ganha, por exemplo, uma capacidade completamente diferente na primeira fase de construção. O argentino, ainda longe da forma física ideal, faz lembrar Weigl no critério na posse e o colombiano é uma autêntica vassoura naquela zona, mostrando, sem surpresa, andamento bastante diferente em relação aos demais, nada de estranhar tendo em conta que chega com meia época de Palmeiras nas pernas. Por aqui, Bruno Lage pode estar descansado, mas houve mais boas notícias. O menino João Veloso surgiu no onze e que boa conta do recado deu, mostrando excelente capacidade para fazer a ligação ao ataque e ser opção a ter em conta.
A segunda parte trouxe várias segundas linhas e a dinâmica do Benfica quebrou, também explicada pela melhoria evidente do Fenerbahçe, depois de Mourinho não ter, certamente, ficado agradado com o que viu até ao intervalo. Percebeu-se aí que a transição defensiva continua a ser um problema para os encarnados, que foram algumas vezes apanhados em contrapé. A Supertaça e o acesso à Champions serão teste bastante mais aferidor sobre a capacidade deste novo Benfica e também decisivos para um treinador que, como Roger Schmidt há um ano, arranca a época já fragilizado do passado.
Francisco Vz de Miranda, in a Bola

OS DEFEITOS E VIRTUDES DE UMA ÁGUIA QUE NÃO CONSEGUE EVOLUIR



 É verdade que Bruno Lage não tem João Félix ou até um novo extremo para o lugar de Di María — bem necessários mostraram ser tendo em conta a amostra — e até imagino que tenha querido dar algum moral a João Veloso, no entanto, também não ajudou ter no onze quatro médios que, não sendo de perfil semelhante, não deixam de ser parecidos no momento de criar desequilíbrios. Todos somados, não valem um 10.




Não é que o jovem tenha estado mal, bem pelo contrário, juntando-se à primeira fase de construção, pressionando à frente, ao lado de Pavlidis, no 4x4x2 habitual sem bola, e até aparecendo pela esquerda no envolvimento do adversário ou numa segunda vaga, em transição ofensiva, mas não é, de todos, um fantasista. Também é preciso espaço para Aursnes e o lado direito pode até ser uma solução para algumas partidas, sobretudo se aquela dinâmica com Ríos a aparecer no seu lugar for trabalhada, já para não falar da forma como liberta o espaço para o aparecimento de quem se sente peixe em água nos momentos ofensivos como Dedic, porém para uma liga como a portuguesa, em que o domínio muitas vezes será muito grande, falta quem tenha rasgo.
Até Pavlidis descobrir o movimento para o qual Akturkoglu nasceu, o do ataque ao espaço nas costas da linha defensiva contrária, contando com a distração no lateral Archie Brown no momento do fora de jogo, o Benfica pouco incomodou o Fenerbahçe. Livakovic defendeu um cabeceamento de Otamendi, antes de três finalizações sem grande eficácia do grego, e pouco mais. Pelo meio, aos 13 minutos, em transição, como Mourinho também gosta, En-Nesyri ainda partiu os rins a Otamendi antes de Trubin entrar em ação.



Falávamos de Veloso e ele disse presente no segundo golo, apontado quatro minutos depois de ter sido inaugurado o marcador. É o miúdo quem descobre Pavlidis antes de a jogada se perder e de se voltar a reencontrar em Dahl, Ríos, Pavlidis e no desastrado calcanhar de Archie Brown, que introduziu a bola na própria baliza.
Não se esperava, depois de quebrado o gelo, que o resultado voltasse a ser ameaçado pelo Fenerbahçe, até aí apenas com uma ou outra saída para o ataque, mas um erro de Barrenechea, que falhou um passe e depois demorou a pressionar Kahveci à entrada da área, permitiu-o. O capitão colocou a bola longe de Trubin e festejou.
A mesma falta de proteção da zona da meia-lua voltaria a manifestar-se no segundo tempo, aos 53 minutos, quando Jhon Durán fez a bola embater com estrondo com poste esquerdo da baliza já à guarda de um muito confiante Samuel Soares, entrado ao intervalo.
Lage muda, Mourinho melhora
No Fenerbahçe, montou-se um esquema de três centrais, enquanto as quatro alterações do lado dos encarnados, sem que fosse esse o propósito, inverteram o triângulo a meio-campo, tornando-o escaleno. Porque Barreiro se colocou ao lado de Ríos e Aursnes se projetou mais, ainda que não pelo corredor central, mas pelos meios-espaços da direita, onde por perto andava Bruma. Havia espaço para aproveitar e os turcos não se fizeram rogados.




A controlar a partida, o Fener chegou ao empate. En-Nesyri atacou o espaço entre os centrais, com Otamendi a preferir dar um passo para o fora de jogo em vez de tentar seguir o avançado, que depois não perdoou.
Como é habitual, as substituições continuaram e as águias lutaram por mais um golo e pelo troféu, que tirando a justa homenagem a Eusébio pouco significa. Prestianni e Schjelderup mexeram com o jogo, Leandro Santos entrou com energia e Henrique Araújo esticou o pé, numa bola parada, para cumprir o tributo.


 


 

Os encarnados vencem, todavia, embora seja cedo, não parecem melhor do que na época passada.