quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

PINTO DA COSTA FOI A PIOR COISA QUE ACONTECEU AO FUTEBOL PORTUGUÊS



 "Compreendo o silêncio de Benfica e Sporting perante a morte de Pinto da Costa. Ensaiei na minha cabeça várias reações oficiais, e todas tinham o mesmo problema. As palavras queimam e perseguem-nos quando são mal escolhidas. Seria estranho resumir a duas linhas de circunstância uma reação quando há tanto por dizer, se quisermos ser sinceros. Uma instituição deve representar os seus membros, e seria difícil, provavelmente inadequado, ser uma extensão do que estes pensam no momento atual.

É complicado encontrar algo estruturalmente positivo para dizer acerca de Pinto da Costa, alguém que, com ocasional elegância, irónica souplesse e a tal cultura acima da média que o tornou uma referência entre filisteus, fez do ódio aos rivais uma figura de estilo amplamente apreciada. Tanto que produziu efeito como cultura e forma de estar. Tanto que foi copiada por outros dirigentes, inclusive no meu clube.
Já aqui escrevi que o ex-presidente do FC Porto inventou um clube, mas aquilo que fez, e sobretudo o modo como o fez, alastrou-se em forma de doença. Mais do que uma identidade clubística, a cultura materializada por Pinto da Costa tornou-se um padrão a seguir, a forma correta de fazer as coisas. Essa foi a sua maior conquista enquanto protagonista. Quantas vezes ouvi pessoas justificarem práticas dúbias no futebol com expressões como «as coisas têm de ser assim», «não podemos ser anjinhos», porque, se assim for, «vamos ser comidos», recorrendo às palavras históricas de José Maria Pedroto. O futebol português permitiu que se consensualizasse a ideia de que os «bons rapazes» são comidos e que só os maus ganham. Patrocinou uma nova era de competições em que essas eram as regras do jogo.
Posso recuar até à minha infância. Não me lembro de outro futebol competitivo em Portugal. O que hoje acontece assenta na seguinte dialética: as vitórias dentro de campo nunca são apenas isso. Desde que me recordo, assisto a uma engrenagem imparável de operações nos bastidores, negociatas estranhas, nomeações inexplicáveis, decisões escandalosas, personagens sinistras, critérios desiguais e, no final de tudo, uma série de platitudes proferidas pelas lideranças sobre um desporto aparentemente imaculado. Porque toda a gente tem contas para pagar, a vida continua e o povo mantém-se interessado. O povo, aliás, abraçou tudo isto como parte da diversão.
Criou-se uma nova camada de entretenimento em torno da trama, com muitos vilões, todas as suspeitas e nenhum culpado. Se o termo «verdade desportiva» ganhou relevância, é porque muitos precisaram dele para expor as mentiras em que o futebol português labora, e também porque tudo isto se tornou parte de uma discussão, o mal a combater enquanto parte de uma sociedade do espectáculo. A distinção entre licitude e ilicitude perdeu-se pelo caminho. O que sobra é uma construção social aceite por todos, onde a esperteza e a manha são tão importantes quanto o atleticismo e a vontade de competir.
Eu vejo um legado indissociável de Pinto da Costa e uma herança deixada a todos os que não o aplaudiram com fervor religioso: um futebol em que quase ninguém aceita o resultado final de um jogo, um desporto seguido apaixonadamente por milhões, mas no qual poucos acreditam piamente no que veem. Por muito que se elogie esta indústria pelos seus proveitos financeiros e desportivos, por muito que se reconheça que o desporto cumpre uma função social importante alheia à sua faceta mais pantanosa, o lugar em que o futebol nacional se instalou ao longo dos anos, naquilo que tem de mais doentio e antidesportivo, deve muito a Pinto da Costa. Foi ele quem demonstrou que era possível recorrer a quaisquer meios para atingir os fins pretendidos. Está para chegar o dia em que me sinto convencido de que essa cultura foi absolutamente erradicada do desporto e das principais esferas de decisão.
É natural que muita gente se sinta obrigada a dizer algo mais simpático neste momento. Aqui chegados, depois de tudo o que vimos ou deixámos acontecer com um piscar de olho maroto ou com um assobio para o lado, será mesmo altura de falar a verdade? Mais vale deixar ficar como está. Já passou. Esse foi um enorme mérito de Pinto da Costa: trabalhou nos corredores mais sombrios para vencer vezes suficientes. Fê-lo até conseguir cristalizar como verdadeiro e lícito, até admirável, aquele que foi o seu percurso no desporto. Por isso, se as últimas 72 horas nos mostraram algo, é que os adeptos de um clube não estão prontos para falar abertamente sobre o que se passou ao longo das últimas décadas. Arrisco dizer que nada mudará nesse capítulo, porque, muito antes de clamarmos pela verdade desportiva, já o então presidente do FC Porto mostrava o seu engenho na prática da pós-verdade.
Hoje, parece não ter havido escuta que o desmentisse, da mesma forma que não parece haver pessoa capaz de convencer outra de que uma coisa azul é amarela ou de que a Terra é mesmo redonda. Para o que der e viver, o futebol continuará a ser, depois de Pinto da Costa, um ajuntamento de terraplanistas: uns porque negam o amplo corpo de evidências, outros porque a vida lhes continuará a dar motivos para desconfiar. Talvez seja só isso e não valha a pena aspirar a mais.
Eu percebo. Se um presidente do meu clube vivesse até aos 87 anos e, no entretanto, me tivesse permitido celebrar a conquista de duas Taças dos Campeões Europeus e duas Taças UEFA, eu também estaria grato e tenderia a ignorar o resto. Assim se explica que, após uma eleição que viu Pinto da Costa ser derrotado sem apelo nem agravo, o FC Porto apareça aos olhos do comum adepto de outro clube como uma entidade em profunda angústia existencial. Pudera. O presidente que inventou tudo isto deitou fora o manual. Um clube que durante 40 anos fez da corrupção, das agressões, do ódio aos «vermes que merecem desprezo», da intimidação e da violência, dimensões não escritas da sua identidade. Conseguiu até que tudo isto se tornasse socialmente aceite, uma espécie de mal necessário, uma excentricidade em forma de clube de futebol com a qual tínhamos todos que aprender a viver.
Compreendam por isso o silêncio oficial, sem elogios nem críticas. Compreendam também que os demais adeptos ou as instituições que os representam não sintam o mesmo carinho por esta pessoa que agora nos deixa. O respeito institucional pelo qual tantos clamam hoje não encontrou reciprocidade nos últimos 40 anos. Compreendam que os adeptos questionem as conquistas de um clube ou de um presidente quando estas foram manchadas por décadas de práticas antidesportivas. Compreendam que esses adeptos jamais venham a considerar imaculada uma herança deixada nestes termos.
Pinto da Costa fez tudo o que estava ao seu alcance para ser a melhor coisa que aconteceu aos portistas. Não tenho dúvidas de que conseguiu. No processo, tornou-se a pior coisa que aconteceu ao futebol português. Parece-me que viveu sempre bem com esta minha opinião. Paz à sua alma."

Vasco Mendonça, in a Bola

ALGUÉM ANDA A INVESTIR FORTE NESTES BONECOS!!

 


"Em apenas 3 jogos uma razia completa no meio campo do Benfica, na lateral direita, nos extremos!
Olhem, mas isto não é para fracos nem para aqueles que tanto desejaram e ansiaram por isto, é nestes momentos que a união faz a força!
“Não joga o Matic, joga o Manel!!!”
É este o lema, com a lesão de Florentino, a somar à de Manu, Aursnes, Renato Sanches, Di Maria, Bah, Araújo é hora de os meninos se fazerem homens!!!
Bora lá!!!"

A Gola do Sabry, in Facebook

O SILÊNCIO QUE SE EXIGE

 


"O respeito está reservado a quem o merece. Há quem nunca irá entender isto, e venha com a mesma lengalenga das vitórias, dos títulos, sem perceber que outros que também nos derrotaram em campo sempre tiveram a nossa admiração.

Pinto da Costa é o maior símbolo do FC Porto. Ninguém mais na história daquele clube, desde a sua fundação em 1906, teve tanta preponderância como ele na identidade do clube. Após o seu falecimento, vêm agora alguns moralistas (que de algum modo estão/estiveram ligados ao clube), exigir "elevação" de instituições que foram, durante 4 décadas, o principal alvo da máquina de propaganda montada por Pinto da Costa, e que foram vezes sem fim prejudicadas para atingir os seus objectivos.

"O nosso inimigo está a 300 kms", no evento 'Dia do Clube' (2023).

Parte desses objectivos era conquistar títulos a qualquer custo. Para tal, normalizou-se a intimidação a árbitros, a adversários, a jornalistas, e a demais elementos ligados ao futebol. Aliás, intimidou inclusive adeptos e rivais dentro do seu próprio clube! Na sua tomada de posse em 1982 dava já o mote: "Lisboa não pode continuar a colonizar o resto do país. O desejo deles é que o FC Porto desça de divisão." Quem diria que, 40 anos volvidos, o discurso ainda não tivesse mudado?

"Para Portugal é muito importante ter um FC Porto forte porque, infelizmente, é um dos poucos baluartes do Norte que resiste ao centralismo", Pinto da Costa na tomada de posse para o seu último mandato como presidente do FC Porto (2020)

A vitimização e a retórica do "contra tudo e contra todos" foi a doutrina que usou para facilmente arregimentar hordes de apoiantes. Se formos ao Chat GPT procurar pela principal figura responsável pelo clima de guerrilha e de ódio no futebol português, a inteligência artificial rapidamente irá identificar um único homem. E esse sim, é o principal legado de Jorge Nuno Pinto da Costa, um homem que provou que o futebol não tem tanto a ver com os golos que se marcam, mas com a narrativa que se cria, e com os amigos que se vão fazendo ao longo do caminho.

"Querem-nos matar, mas não vão conseguir. Se nos atacam tanto é porque não nos consideram mortos. Temos de pagar o preço do nosso sucesso.", in Jornal de Notícias. 2016.

Quando comecei a gostar de futebol, os membros da minha família adeptos do FC Porto tentaram-me convencer a ser portista, como eles. Os argumentos eram quase sempre por oposição a um inimigo que lhes queria mal, um centralismo que os impedia de alcançar grandes feitos. O seu apelo era pela negativa. Um dos amigos da família, ex-internacional português e com vasta experiência futebolística, explicou-me aliás que o Benfica nunca iria rivalizar com o FC Porto em termos de mentalidade, porque os miúdos eram incutidos desde crianças a odiarem o Benfica. Este também é o legado de Jorge Nuno Pinto da Costa, o mesmo do "Lisboa a arder" e de várias outras palavras de ordem que levavam os seus adeptos a ultrapassarem vários limites.

"No dia em que não ganhemos nada aí seremos amigos de toda a gente. A partir do momento em que fomos campeões europeus tudo mudou. Os nossos principais inimigos estão na comunicação social. O centralismo de Lisboa é um estado de alma do próprio país.", in TVI (2020)

Pinto da Costa intrometia-se nas escolhas da selecção nacional. Quem o disse foi o próprio Luís Felipe Scolari. Pinto da Costa ia a banhos com árbitros, e fazia saídas à noite com os mesmos. Pinto da Costa combinou com a PSP uma data para as buscas à SAD do FC Porto, com o alto patrocínio do Ministro do Ambiente (Matos Fernandes). Pinto da Costa controlava a arbitragem em Portugal durante vários anos. Pinto da Costa aceitava "empréstimos" de um presidente da SAD de outro clube da Liga, o mesmo clube que nunca ganhou ao FC Porto em 35 anos! Pinto da Costa "negociou" para que a autarquia de Gaia (e seus contribuintes) gastasse 16 milhões de euros a erguer o centro de estágios sem qualquer participação do clube. Pinto da Costa levava à despromoção de árbitros que não beneficiassem o seu clube em campo. Pinto da Costa aprovou o doxing de jornalistas críticos à sua presidência. Depois de acusações de ex-jogadores, Pinto da Costa foi também o presidente de um dos maiores escândalos de doping do desporto nacional (W-52). Pinto da Costa é o presidente de pagamentos a adversários em dias de jogos. Pinto da Costa orquestrou o roubo de e-mails e documentos privados aos rivais, para daí tirar frutos em contratações e ter informações privilegiadas sobre as estratégias dos clubes contra quem competia. Não sou eu quem o diz, são TODOS os tribunais para os quais o FC Porto recorreu, inclusive o Supremo Tribunal de Justiça, que condenou, pela derradeira vez (sem recurso possível) o clube chefiado por Pinto da Costa de roubar e espiar o adversário.

"Quando apoiamos um candidato e ele vence da forma tão clara, é natural que fique satisfeito. (...) Ninguém no mundo do futebol português tem mais prestígio do que Pedro Proença.", Pinto da Costa sobre a 1ª eleição do presidente da LPFP

Perante estes factos, tenta-se agora uma vez mais manipular a narrativa e criar uma imagem de figura incontornável do futebol nacional. Pinto da Costa, num país sério, estaria atrás das grades. Acrescento: atrás das grades, há já muito tempo, e por vários anos. Isso sim, é a realidade. Mas tal tornou-se impossível para alguém com ligações fortes na política, na polícia, e na justiça portuguesas.
Alfredo Quintana. Fernando Gomes. Atletas do FC Porto que várias vezes nos enfrentaram, e merecem todo o nosso respeito como rivais. De igual modo, outros símbolos do FC Porto que por vezes possam ter cometido excessos e faltado ao respeito ao nosso clube – Pepe, Villas-Boas, João Pinto – também eles terão a devida homenagem pelo Benfica quando falecerem (isto se não resolverem, até lá, fazer alguma parvoíce). Pinto da Costa não entra neste leque. Tentou, por várias vezes, destruir o clube que amo recorrendo a todo o tipo de expedientes. Nunca merecerá o respeito deste benfiquista.
Disse Pinto da Costa, em Março de 2023, a propósito do silêncio a que se autopropôs o então treinador do FC Porto após denúncia da APAF, que "Sérgio Conceição calado fez um bom discurso". Palavras que, dois anos volvidos, podem ser recicladas e usadas para explicar a posição institucional do SL Benfica a todos os falsos moralistas que tanto idolatra(va)m a figura que dominou os bastidores do futebol durante 42 anos. Não desejei que morresse.
Não celebrei a sua doença nem o seu falecimento. Mas não exijam agora hipocrisia."

C. Rebelo, in Benfica Independente

GUARDAR O MELHOR PARA O FIM DEPOIS DE TANTO SOFRIMENTO



Durante uma hora o Benfica foi subjugado por monegascos taticamente melhores. Na meia hora final, Lage redimiu-se, fez os ajustes certos, e foi uma Luz em festa que saudou a passagem aos ‘oitavos’ da Champions.
«Tudo está bem quando acaba bem» é o título de uma peça de Shakespeare, que parecia uma comédia mas afinal era uma tragédia. Na Luz, para o Benfica, a obra do bardo de Avon assenta como uma luva, porque, ao eliminar o Mónaco, tudo acabou bem. Mas será que tudo está bem? Até a poeira assentar e deixarem de se ouvir os derradeiros foguetes lançados pelos adeptos encarnados, assim será. Depois, friamente, concluir-se-á que nem tudo está bem, e que os sorrisos que normalmente acompanham as comédias podiam ter sido lágrimas próprias das tragédias.
Num jogo de destino incerto, que provocou ritmos cardíacos nos 60.776 que estiveram no anfiteatro benfiquista mais próprios do sobe e desce de uma montanha russa, os donos da casa, que na Luz tinham conseguido apenas quatro dos 13 pontos com que se classificaram para este play-off, voltaram a tremer como varas verdes, revelando uma tremenda incapacidade para ter bola e ficando sistematicamente em inferioridade numérica a meio-campo, oferecendo o comando da partida à equipa do Rochedo. Pelo menos assim foi, de forma flagrante, até aos 58 minutos, altura em que Bruno Lage leu bem o jogo e deu ao Benfica o que lhe faltara na primeira hora.
Poder-se-á dizer que o Benfica até marcou primeiro, por Akturkoglu, aos 22 minutos, mas a verdade é que o fez na única tentativa, enquanto os monegascos, que mandavam no jogo, só à terceira é que meteram a bola no fundo das redes de Trubin, depois de o guarda-redes ucraniano e o poste direito da sua baliza salvarem os encarnados. E até ao fim da primeira parte, que terminou de forma emblemática, com o Benfica em pleno sofrimento perante um contra-ataque forasteiro, de dois defesas para quarto avançados, o melhor que aconteceu à equipa de Bruno Lage foi o árbitro sueco ter apitado para intervalo.
BANHO A MEIO-CAMPO
Mas o Mónaco, que nesta época já tinha perdido duas vezes com o Benfica, afinal era assim tão superior? Durante largos minutos foi-o, porque se organizou melhor. Enquanto o Benfica se apresentou num 4x3x3 em que nem Arkturkoglu nem Schjelderup se integravam no trabalho de apoio ao meio-campo, os monegascos, que optaram por três centrais, apoiados por dois alas que faziam os 105 metros do campo, chegaram a meter seis homens no meio-campo, onde foram reis e senhores, e demasiadas vezes levaram o perigo às redes de Trubin.






Liderado por Akliouche (fixem bem este nome) muito bem secundado pelo marroquino Ben Seghir, o Mónaco chegou à metade do jogo com um empate a uma bola que era lisonjeiro para o Benfica. O intervalo não mudou nada (a primeira parte fechara com uma vantagem de 39/61 em posse de bola para os monegascos!) e não fosse Trubin, aos 47 minutos, ter feito uma enorme defesa a remate de Ben Seghir, o que veio a acontecer quatro minutos depois, um grande golo de Ben Seghir a passe de Akliouche, teria sido antecipado.
LAGE NA ‘MOUCHE’
O Mónaco igualava a eliminatória e estava manifestamente por cima, o que não augurava nada de bom àquele Benfica. Felizmente para os encarnados, afinal havia outro: aos 58 minutos Bruno Lage trocou Schjelderup por Dahl e Akturkoglu por Amdouni e o jogo levou a volta que os benfiquistas tanto desejavam.
O extremo emprestado pela Roma foi jogar para a esquerda, Aursnes passou para a direita, o internacional suíço colocou-se nas costas de Pavlidis, enquanto que Barreiro e Kokçu faziam o duplo-pivot. Com estas mudanças houve maior solidez no meio-campo, mais apoio ao ponta-de-lança e tudo isto permitiu que o Benfica finalmente acordasse e partisse para uma meia hora final de excelente nível, pressionando alto e obrigando o Mónaco a baixar linhas.
Quando Pavlidis empatou, dos onze metros, o jogo (76), esse resultado já se justificava e até se chegou a pensar que o Benfica ia em busca da vitória no jogo e não apenas na eliminatória. Do outro lado, Adi Hutter, aos 80 minutos, passou a defesa a quatro, mudou de ala esquerdo (entrou Ouattara) e apostou num segundo ponta-de-lança, Ilenikhena, que foi fazer companhia a Biereth, substituto de Embolo, aos 65 minutos. E foi feliz, pois um minuto depois Ilenikhena, rematou uma bola defensável que Trubin deixou passar por baixo do corpo. O Mónaco voltava a empatar a eliminatória, desta vez sem justiça, e a Luz passou de estado de emergência a estado de sítio.
Mas os deuses do futebol não estavam de costas voltadas ao Benfica e aos 84 minutos Kokçu, com um toque subtil, deu o melhor caminho a um passe de grande nível de Carreras. Os encarnados voltavam ao comando da eliminatória, mas em noite de bruxas à solta (e especialmente depois do que aconteceu com o Barcelona), ninguém dava nada por garantido. Aos 88 minutos Bruno Lage voltou a estar bem, quando tirou Pavlidis e lançou Belotti, que, fresco, foi importante na primeira luta dada às saídas de bola do Mónaco, puxou Aursnes para o meio, saindo Kokçu, e fez entrar João Rego para a direita, e acabou por ver o Benfica mais rico 11 milhões de euros, e com a honra de estar nos oitavos de final deste novo formato da Liga dos Campeões...
DESTAQUES:
Após ter decidido o jogo no Mónaco, grego foi fundamental para que os encarnados continuassem na Liga dos Campeões, através duma assistência e de mais um golo no ano de 2025...
A figura: Pavlidis (8)
O grego tem uma tremenda alergia à realeza monegasca e após ter marcado no Principado voltou a fazer estragos na Luz. Sempre muito em jogo saindo da área para servir de pivô ofensivo, assistiu, num bom trabalho, Akturkoglu para o primeiro golo. Não foi tão exuberante como no jogo da semana passada, em que assinou um remate certeiro com nota artística, mas não se deu por satisfeito e ainda assinou por baixo mais um golo, numa conversão muito fria duma grande penalidade. Contas feitas, já são nove golos em 2025 e a SAD encarnada também faz contas aos milhões que vai encaixar com a passagem aos oitavos-de-final da Champions. Saiu com os adeptos rendidos ao seu desempenho, prestando-lhe a devida vénia através duma merecida e estrondosa salva de palmas.




4 Trubin — Sofrer três golos é sempre uma má notícia para qualquer guarda-redes e, ainda por cima, com culpa em dois deles. No primeiro, cobriu mal a zona do poste esquerdo e no terceiro a bola passou-lhe por baixo do corpo e atrapalhou imenso as ideias encarnadas.
5 Tomás Araújo — Não é lateral-direito de raiz e isso nota-se, sobretudo, na componente ofensiva, em que não dá a projeção à equipa que ela necessita para criar desequilíbrios no adversário. A defender travou muitas batalhas e com uma outra falha foi cumprindo com o caderno de encargos que lhe foi entregue por Bruno Lage, embora recebendo alguns reparos por um ou outro passe falhado na primeira fase de construção, num vetor em que até costuma ser forte.
5 António Silva — Ficou encarregue de marcar o mais possante dos avançados monegascos, o suíço Embolo, que ciente de que não tem a matreirice do companheiro do lado, Otamendi, encostou-se muitas vezes a ele.
6 Otamendi — Comandou a linha defensiva encarnada e continua a contrariar os números que constam no seu passaporte, que já assinala 37 anos. Quem visse o jogo, não o diria, tal a impetuosidade com que encarou o encontro.
6 Carreras — A exibição não foi tão agradável como a protagonizada diante do Barcelona e até estava um pouco preso de movimentos para lá da linha do meio-campo, até que teve um momento dourado e executou um cruzamento perfeito para o desvio abençoado de Kokçu que decidiu este play-off. Pode parecer pouco mas não é...
6 Aursnes — Subiu muitas vezes no terreno para ser dos primeiros a condicionar a primeira fase de construção do Mónaco, as coisas não lhe estavam a sair particularmente bem, mas como se recusa a desistir, numa incursão à grande área contrária sofreu um penálti indiscutível e deu outro fulgor aos encarnados.
5 Leandro barreiro — A recuperação de bola para o primeiro golo encarnado é sua mas e daí a nota a roçar o positivo, mas sentiu imensas a dificuldades em perceber as movimentações do craque Akliouche.
7 Kokçu — O turco lutou imenso, ele que até nem é muito dado a defender e teve o momento dourado naquele toque subtil no terceiro golo das águias, que decidiu a eliminatória, numa movimentação da meia-esquerda para o meio-campo na qual demonstrou toda a sua inteligência, adivinhando onde ia cair a bola cruzada por Carreras.






6 Akturkoglu — Está muito distante dos patamares exibicionais demonstrados quando chegou ao Benfica, na reta final do mercado de verão, mas demonstrou oportunidade no lance do primeiro golo, aparecendo ao segundo poste para um golo que até foi fácil.




5 Schjelderup — Tentou, tentou outra vez e voltou a tentar mas as coisas não lhe saíram bem. Toda a gente percebeu a razão pela qual foi substituído. Os remates, esses, saíram todos muitíssimo desenquadrados....
6 Amdouni — Quando entrou em campo os encarnados passaram para um 4x4x2 mais declarado e deu outra vida ao ataque, obrigando a que o Mónaco defendesse mais atrás, mostrando-se agressivo na abordagem à baliza contrária.
6 Dahl — É lateral mas entrou, outra vez, para médio esquerdo e foi muito concentrado e compenetrado a defender, dando, também, mais largura ao ataque encarnado.
5 João Rego— Colou-se à direita do meio-campo e conseguiu travar as investidas monegascas.
5 Belotti — É avançado, mas no aperto final foi vê-lo na área encarnada a ajudar a defender. Muito disponível para a equipa.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

NUNCA ESQUECEREMOS!!

 


"Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do Futebol Clube do Porto (FCP) desde 1982, esteve envolvido, direta e indiretamente, em alguns escândalos ao longo da sua carreira no futebol. Embora tenha sido uma figura central no sucesso do FCP, acumulando títulos e reconhecimento, sua trajetória também foi marcada por controvérsias. Aqui estão alguns dos principais escândalos associados a Pinto da Costa:
1. **Apito Dourado (2004)**
Este é o escândalo mais significativo associado a Pinto da Costa. O **"Apito Dourado"** foi uma operação policial que investigou corrupção no futebol português, especificamente a manipulação de resultados de jogos através da influência sobre árbitros. Pinto da Costa foi um dos principais alvos das investigações, acusado de estar envolvido em esquemas de corrupção.
- Pinto da Costa foi acusado de ter corrompido árbitros para favorecer o Porto em determinadas partidas, especialmente em jogos do campeonato português.
- Em 2008, foi condenado pelo Conselho de Disciplina da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, resultando na suspensão de seis pontos do FC Porto. No entanto, essa condenação foi mais tarde revertida, e Pinto da Costa foi absolvido pela justiça civil, alegando falta de provas suficientes para sustentar as acusações.
- O caso também incluiu o testemunho de Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa, que o implicou diretamente, mas a credibilidade das suas alegações foi posteriormente questionada.
2. **Relação com Carolina Salgado**
A relação com Carolina Salgado foi outro ponto de controvérsia. Além das acusações feitas por ela no contexto do Apito Dourado, o livro que ela publicou, chamado **"Eu, Carolina"** (2006), descreveu em detalhes várias práticas supostamente ilícitas que teriam ocorrido durante o relacionamento com Pinto da Costa, envolvendo também figuras do futebol português.
- Salgado acusou Pinto da Costa de subornos a árbitros e outras práticas ilegais, além de supostos casos de violência e intimidação.
- Embora muitas das acusações tenham sido desmentidas ou desconsideradas, a relação e os conflitos pessoais entre os dois tornaram-se uma mancha na imagem pública de Pinto da Costa.
3. **Suspeitas de Benefícios Arbitrários**
Ao longo da sua presidência, Pinto da Costa foi repetidamente acusado, principalmente por rivais como o Benfica e o Sporting, de ter uma influência significativa sobre árbitros e órgãos de decisão da Liga Portuguesa. Embora essas acusações nunca tenham sido provadas de forma conclusiva, o **Futebol Clube do Porto** esteve frequentemente no centro de debates sobre a imparcialidade dos árbitros em jogos decisivos.
4. **Implicações no Caso "Calheiros"**
Outro incidente relevante foi o **"Caso Calheiros"** (1996), no qual se alegou que o FC Porto teria pagado uma viagem ao Brasil ao árbitro José Guímaro Calheiros, na época responsável por arbitrar jogos do clube. A viagem foi vista como uma possível tentativa de suborno, embora o caso tenha sido arquivado e não resultasse em consequências diretas para Pinto da Costa.
5. **Controvérsias Empresariais e Financeiras**
Além das questões desportivas, Pinto da Costa também foi alvo de suspeitas quanto à sua gestão financeira no FC Porto e às ligações empresariais. Embora nunca tenha sido condenado por crimes financeiros, houve alegações de favoritismo em contratos, comissões, e relações de proximidade com agentes e empresários, como **Jorge Mendes**, um dos maiores agentes de futebol do mundo, o que gerou especulações sobre benefícios particulares.

6. **Caso dos email’s**
Primeiro clube português condenado por apropriação e divulgação de comunicação privada de um concorrente, com recurso a práticas ilícitas (Hackers) e usando como “ponta de lança o seu diretor de comunicação em conluio com o diretor de comunicação verde e branco orquestraram o maior atentado reputacional ao maior clube português! Foi a “Santa Aliança” em todo o seu esplendor, uma demonstração cabal daquilo que era/foi e ainda é o FC Porto de Pinto da Costa!

Nas próximas semanas assistiremos a uma lavagem sem precedentes do maior CORRUPTOR da história do futebol português e quiçá mundial, está num pedestal ao nível de Tapie e outros da mesma estirpe, mas não deixaremos que a lavagem dos sabugos assalariados, canetas e vozes de aluguer deturpem a memória coletiva de quem foi Jorge Nuno Pinto da Costa.
Dedico a todos os que se uniram a FRANCISCO JOTA MARQUES E NUNO SARAIVA, em outros dos maiores ataques levados a cabo por este malfeitor!!"

A Gola do Sabry, in Facebook

MAIS UM PREGO NO CAIXÃO...

 


Emails: FC Porto obrigado a pagar quase 770 mil euros ao Benfica.

Supremo Tribunal de Justiça mantém condenação da Relação no processo. Valor da indemnização por danos reputacionais ainda por apurar.
O Supremo Tribunal de Justiça manteve praticamente todas as decisões do Tribunal da Relação do processo dos emails e o FC Porto foi condenado ao pagamento de 605.300,90 euros ao Benfica, acrescidos de juros de mora, no valor aproximado de 164 mil euros, ou seja, quase 770 mil euros.
Tanto Benfica como os réus — Futebol Clube do Porto, Futebol Clube do Porto, SAD, FCP Media, S.A., Avenida dos Aliados – Sociedade de Comunicação, S.A., Francisco José de Carvalho Marques, Jorge Nuno De Lima Pinto da Costa, Fernando Manuel dos Santos Gomes, e Adelino Sá e Melo Caldeira — tinham recorrido para o Supremo, cuja decisão não é passível de recurso, ou seja, transitou em julgado.
No que diz respeito a danos reputacionais, o Supremo converteu o montante de €1 milhão numa indemnização a fixar em sede de liquidação de sentença, ou seja, em tribunal. Esse valor será ainda determinado e poderá ser maior.

IMAGINEM LAGE DIZER ISTO...



 "Arrasar um atleta perante os colegas, chamar-lhe basicamente burro…

Mas aqui nunca se passa nada."
A Gola do Sabry, in Facebook

OS MILHÕES QUE ESTÃO EM JOGO PARA O BENFICA NA CHAMPIONS

 


Jogo com o Mónaco vale muito mais do que prestígio; oitavos de final significam 11 milhões de euros e as águias ficariam perto do recorde de receita europeia.

O prestígio do Benfica está sempre em jogo, mas raramente os encarnados terão jogado para tanto dinheiro. No encontro com o Mónaco, da próxima terça-feira, estarão em causa 11 milhões de euros, o prémio que a UEFA definiu para recompensar os clubes que atinjam os oitavos de final da UEFA Champions League da presente temporada.
Depois da vitória em Monte Carlo, por 1-0, com golo de Vangelis Pavlidis, na primeira mão do play-off, os encarnados ficaram bem posicionados para seguir em frente na competição e continuar a arrecadar milhões.
Nesta temporada, as águias ultrapassaram já os €60 milhões em prémios da UEFA. Cada equipa participante na fase de Liga da UEFA Champions League recebeu €18,62 M; depois, pelo Market pool, que envolve valores relacionados com direitos televisivos, €15,9 milhões, acrescentando-se ainda €8,65 milhões pelo coeficiente dos últimos dez anos; em relação aos prémios por performance, 13 pontos na fase de liga valem €9,1 milhões (quatro triunfos a €2,1 M e um empate a €700 mil); o bónus por classificação atinge os €7,17 M, englobando várias parcelas: UEFA dá 275 mil euros ao 36.º, 550 ao 35.ª e assim sucessivamente, sendo que as águias ficaram no 16.º lugar.
Há ainda que contar com a divisão do valor correspondente aos jogos que terminaram empatados (por cada igualdade houve 700 mil euros que não foram pagos diretamente aos clubes) e, finalmente, um milhão de euros por ter conseguido posição entre o 9.º e o 16.º lugar. Os oito primeiros receberam automaticamente €2 milhões; o Benfica encaixa ainda outro milhão de euros pela presença no play-off de acesso aos oitavos de final.

 No total, de acordo com os prémios anunciados pela UEFA e ainda com os números da Football Meets Data, plataforma de estatística do futebol reconhecida pelo seu rigor nestas matérias, está já em causa um valor de €60,435 milhões.

€49 milhões de receita na temporada passada
Em 2023/24, igualmente com Roger Schmidt no comando técnico dos encarnados, o Benfica não passou da fase de grupos da Liga dos Campeões, mas conseguiu o terceiro lugar, que lhe deu o direito de disputar a Liga Europa. Os encarnados não foram, no entanto, muito longe, sendo eliminados nos quartos de final pelo Marselha: no relatório e contas, receita de €49 milhões na UEFA.
O Benfica aproxima-se, pois, do recorde de receitas europeias numa só temporada obtido em 2022/23, quando Roger Schmidt conduziu os encarnados aos quartos de final da Liga dos Campeões, caindo então nos quartos de final e por responsabilidade do Inter. Nessa época, e de acordo com o valor do relatório e contas do Benfica respeitante ao exercício 2022/23, entraram nos cofres, em prémios da UEFA, €74,3 milhões.
O Benfica pode, pois, juntar mais 11 milhões de euros aos €60, 4 M já averbados, ultrapassando a fasquia dos 70 milhões de euros (€71, 4 M), mas para vencer os números da época do alemão, Bruno Lage, treinador dos encarnados, ainda terá de guiar a equipa até aos quartos de final da competição. Então, receberia mais €12,5 milhões.
Oitavos valiam €9,6 milhões em 2022/23
Em 2022/23, quando o Benfica de Roger Schmidt atingiu os quartos de final da Champions, os oitavos de final valiam €9,6 milhões, valor inferior àquele que o clube encaixará agora se eliminar o Mónaco: 11 milhões de euros. A UEFA costuma atualizar competição e prémios para períodos de três anos e a recompensa para os clubes é realmente significativa: o Liverpool já amealhou quase €100 M.
A separar o Benfica destes números estão, no entanto, obstáculos que não podem ser desprezados: se passar o Mónaco, as águias vão defrontar Barcelona ou Liverpool, dois dos ossos mais duros de roer de toda a competição.
Os milhões já referidos representam não apenas a possibilidade de continuar a ser competitivo, como também parte significativa do saneamento das contas do Benfica, que já andaram no vermelho na era Rui Costa.
O valor dos oitavos de final, 11 milhões de euros, permite pagar praticamente o investimento feito em Manu Silva (12 milhões de euros). E o Benfica vai contar com novos encaixes importantes no Mundial de Clubes, mas a FIFA não divulgou ainda os valores.

Nuno Reis, in a Bola

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

NÃO ME PEÇAM PENA, NEM SENTIMENTOS!

 


"Hipocrisia deixo para os outros!
Faleceu hoje o “Padrinho” do futebol português, o homem que marcou as décadas mais negras do nosso desporto rei!
Que haja coragem agora de se chegarem à frente todos os que foram subjugados por ele!"

A Gola do Sabry, in Facebook

TINHA TUDO PARA CORRER MAL? ACABOU EM BELEZA!

 


"Santa Clara 0 - 1 Benfica

Somos, de novo, o clube com mais sócios do mundo: 392.202! Um número impressionante que não garante, por si só, títulos, mas pode ajudar, e ajudar muito, a ganhá-los.
Revolução no 11! Não gosto mesmo nada de revoluções, mas há que compreender que o relvado é um batatal e muitos jogadores estão presos por arames. Seria um risco que jogassem. Na semana passada tivemos Bah e Manu com lesões prolongadas; a meio da semana foram Tomás Araújo, Aursnes e Di María.
Olho para o ataque do Benfica e só vejo Bruma como arma de jeito, não tenho fé no Amdouni e ainda menos no Belotti. Oxalá me engane e seja obrigado a dar o braço a torcer no final do jogo.
Alguém que questione a UEFA porque é que nestas eliminatórias quem joga à quarta depois joga à terça, ficando com menos dois dias de descanso dos outros, que jogam na terça e depois na quarta, como é o caso do Sporting. Qual a lógica? O que se ganha com isso? Com que direito interferem nas competições nacionais?

VAMOS LÁ AO JOGO!
05 Primeira jogada de perigo e Trubin a safar o erro (escorregadela, relvado molhado) de Carreras.
10 Ainda agora começou e o relvado já está cheio de tufos. VER-GO-NHA de liga! Querem é edifícios-sede luxuosos e não cuidam da qualidade da competição. E depois querem vendê-la para fora por valores impossíveis.
11 Belotti que nos explique como é que não faz golo nesta jogada - e teve duas hipóteses. Epá, e agora tropeça na bola?
15 Trubin a safar mais uma jogada de muito perigo do Santa Clara. O Carreras que vá trocar de botas ou de pitons! E há outros a escorregar sem aparente razão especial.
27 Entrada sobre o Leandro Santos a mostrar que o senhor Hélder Malheiro está a dormir na forma. Gosto quando deixam jogar, mas, entradas destas, não brinquem comigo.
30 Benfica com alguns bons movimentos, algumas boas combinações, algum perigo. Dos novos, Dahl tem estado a mostrar apontamentos positivos.
40 O amigo Calila se fosse no basquete já estaria fora do jogo por excesso de faltas - no futebol até basta uma sequência delas para levar com um amarelo. Entretanto, o António a metê-la de cabeça na barra.
45 Benfica já merece estar na frente do marcador, ou não? Já vou olhar para os números do SofaScore, para mim o melhor site de futebol.
45+3 Sim, pelo SofaScore os números são-nos todos claramente favoráveis: posse, oportunidades claras, golos esperados, remates, remates enquadrados, etc. Eles só nos ganham, claro está, no número de faltas.
46 sai Florentino para dar lugar a Kokcu. Percebo a entrada do turco, estranho a saída do Tino, que ainda por cima está de fora do jogo de terça-feira com o Monaco na Luz. Não seria boa ideia meter o Pavlidis no jogo? É que o Belotti não dá nada à equipa e o Pavlidis anda de pé quente...
46 o Bruma não pode falhar uma jogada destas, nossa senhora. Mas não há ali um empurrão? Siga!
51 Trubin com mais uma defesa apertada. Tem estado impecável.
55 BRU-MAAAAAAA! Grande jogada coletiva, Bruma a concluir quase em cima da linha de golo. Passe a rasgar do Kokcu (lindo!) e assistência perfeita do Amdouni - e eu que estava quase a escrever que na direita ele não dá uma para a caixa...
59 bem, estes gajos entram sempre com tudo. Agora foi sobre o Belotti. Mais um amarelo e alguns outros têm ficado no bolso do senhor Malheiro.
60 Benfica a dominar o jogo. Mais do que justa a vantagem. Já seria ao intervalo, somando-lhe estes 15 min da segunda parte, não restam dúvidas. Mas um segundo golo é muito importante para podermos descansar ao menos um pouco.
70 Santa Clara tem vindo a atrever-se mais no ataque, a aparecer mais junto da nossa área, isto, para dar cabo do meu coração, é do pior que pode haver. Temos que pegar no jogo! Vêm aí o Pavlidis e o Akturkoglu: vai aumentar a qualidade na frente. Saem o Belotti, que não mostrou nada que seja de recomendar, e Amdouni, que esteve no golo.
75 Sydney Lima no olho da rua, segundo amarelo mais do que justificado, derrube a Pavlidis com puxão no pescoço. Muitas faltas faz esta gente. Agora, já de seguida, por fim amarelo para o Calila, mais do que evidente também.
79 finalmente o livre é marcado. Futebol tuga sempre a cumprir com os seus maus hábitos - e o jogo esteve quase 4 minutos parado. Se fosse o Benfica a precisar do tempo estaria aqui a mandar vir.
81 fazer faltas naquela zona? O Benfica tem um a mais, tem que ter posse no meio campo deles. Não me inquietem mais do que eu já estou, crl! Ui, ui, ui, que perigo...
83 mais perigo deles, mais Trubin a safar-nos, mais aflição para todos nós. Como é que não temos mais posse de bola? Nuno Félix e João Rego, o Seixal em Ponta Delgada.
86 mais uma falta violenta, agora sobre o Barreiro, mais um amarelo para um jogador do Santa Clara. É assim que joga a equipa classificada em quinto lugar? Intensidade, OK, pressão, OK, enyrega total, OK, tantas faltas destas, não obrigado.
90 mais 6 minutos. Mais um livre para o Santa Clara... Posse de bola, quer-se posse de bola para o tempo passar!
90+4 Pavlidis a mostrar que este jogo teria sido mais acessível se tivéssemos podido utilizar os titulares que ficaram no banco.
90+6 A-CA-BOU!!! Mais três pontos para a luta pelo 39. Não foi fácil, foi mais do que merecido. Lage ganhou a aposta! Até terça-feira, na Catedral."

Jaime Cancella de Abreu, in Facebook