"O derby foi bem jogado, qualquer das duas equipas poderia ter vencido, e a vitória não representa mais do que três pontos. Mas é um facto que estamos nas 16 melhores equipas da Liga dos Campeões, lideramos o Campeonato, aguardamos com natural tranquilidade o sorteio da Taça de Portugal na terça-feira e mantemos o objectivo da Taça da Liga. A este propósito reparei que nos discursos dos presidentes de FC Porto e Sporting, a Taça da Liga passou a ser objectivo. Ou já não é taça da cerveja, ou agora gostam muito de cerveja. Bruno de Carvalho que nos últimos anos desvalorizava a prova e mandava pôr as terceiras linhas leoninas, fala agora de uma verdadeira Liga dos Campeões. Tal como o líder azul e branco que se refere com grande entusiasmo pela prova. Ainda bem, porque já a vencemos sete vezes.
Ao intervalo do jogo com o Real, parecia ser mais difícil vencer a equipa de Sintra que o rival de domingo passado. Alguma apatia e muito ineficácia ainda assustaram, mas acabou por prevalecer a naturalidade. Já o Sporting mostrou na Taça que clama por penalties para os falhar, e isso dá mais emoção às suas conquistas. Na Luz, quando Jorge Jesus tirou Bas Dost entregou a vitória ao Benfica: o holandês provou em Setúbal esse erro.
No mundial de clubes, o vídeo árbitro tem sido um fiasco: quebra o ritmo de jogo, não acerta as decisões e não beneficia ninguém. A tecnologia da linha de golo faz sentido, mas tudo o que tem a ver com uma interpretação subjectiva só muda a polémica de local. A maioria dos árbitros que analisou os supostos lances polémicos do Benfica-Sporting deu razão às decisões tomadas. O que adiantava um vídeo árbitro quando não há uma uniformização de critérios?
O Benfica tem que ser melhor dentro de campo, porque no ruído e no insulto o título está entregue a outros. Sábado teremos que tentar vencer o Estoril e quarta-feira o Rio Ave (muito difícil) para termos um Natal mais vermelho."
Sílvio Cervan, in A Bola
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