segunda-feira, 24 de abril de 2017

FINAL INGRATA PARA AS JOVENS ÁGUIAS…


Esteve tão perto o Benfica de escrever História esta segunda-feira em Nyon – Suíça! Na segunda presença na final da Final Four da prestigiante competição, em quatro possíveis, o Benfica esteve na frente do marcador – golo de José Gomes - contudo, em apenas cinco minutos, já na segunda parte, o Salzburgo deu a volta ao marcador e venceu a competição.
Tal como em 2014, os encarnados foram também finalistas, tendo na altura perdido frente ao Barcelona.
Mas vamos ao jogo…
Depois da vitória, por 4-2, na sexta-feira, frente ao Real Madrid, nas meias-finais, esta segunda-feira a equipa comandada por João Tralhão rubricou novamente uma belíssima exibição, perante umas bancadas vestidas de vermelho rubro e muitas personalidades do mundo do Futebol, com Luís Filipe Vieira e Rui Vitória a marcarem presença, entre outros. Mas esta foi uma final ingrata…
Do outro lado, o RB Salzburgo - venceu o Barcelona por 2-1, nas meias-finais – a entrar bem no desafio, mas as águias responderam de imediato.
Aos 13’, primeira oportunidade de golo. Bom trabalho de João Filipe, a cruzar para área, com João Félix a rematar e a bola a sofrer um desvio para canto. Aos 24’, o mesmo João Félix remata forte, mas o esférico saiu por cima da trave.
O Benfica mandava no jogo, perante uma pressionante equipa austríaca, e aos 27’ gritou-se golo… Diogo Gonçalves esteve muito perto, mas a barra devolveu a redondinha…
Adivinhava-se o golo e não foi preciso esperar muito! Minuto 28, livre cobrado por João Filipe e José Gomes, de cabeça, desvia com muita classe para colocar o Benfica em vantagem. Estava feito o 1-0, resultado com que se atingiu o intervalo.
Cinco minutos fatais!
Na segunda parte, partida muito disputada, com o Salzburgo a dar o tudo por tudo em campo, perante um Benfica coeso e solidário a aguentar as investidas. E aguentou... até aos 70 minutos!
A 20 minutos do final: 1-1. Patson, acabado de entrar, responde da melhor maneira a um canto, sobe mais alto, e cabeceia para a igualdade.
Tudo em aberto e emoção ao rubro em Nyon. As duas equipas lutavam pelo golo e, aos 75’, a remontada, com Schmidt a fazer o 1-2.
O Benfica reagiu bem e partiu com tudo para inverter a marcha do marcador. Até ao apito final foram várias as oportunidades, mas redondinha não quis entrar.
A primeira edição da competição foi ganha pelo Barcelona, numa final frente ao Benfica; as últimas duas foram conquistadas pelo Chelsea… e esta segunda-feira o Salzburgo inscreveu o seu nome no restrito lote de clubes Campeões Europeus em Sub-19, após bater na final o Benfica, por 1-2.
O SL Benfica alinhou de início com o seguinte onze: Fábio Duarte, Aurélio Buta, Rúben Dias, Branimir Kalaica, Ricardo Araújo (Mesaque Dju, 86’), Florentino Luís, Gedson Fernandes, João Filipe (Vinicius, 81’) Diogo Gonçalves, João Félix (David Tavares, 72’) e José Gomes.
Declarações no final da partida
“Não estamos satisfeitos, pois queríamos muito ganhar! Mas quero realçar que estamos muito orgulhosos do que fizemos e esta final vai servir de aprendizagem para as finais futuras. O Clube está connosco e isso é uma confiança extra. Fizemos uma primeira parte boa, na segunda parte sofremos um golo de canto que nos desestabilizou e acabámos por sofrer o segundo. Fomos para cima, demos tudo, mas a bola não entrou. Ganhou a equipa que marcou mais golos. Fizemos uma grande partida, uma grade caminhada até aqui e estamos orgulhosos”, Rúben Dias, capitão da equipa
“Primeiro que tudo quero agradecer o apoio dos benfiquistas que nos apoiaram de princípio a fim, acreditaram sempre e foram fantástico. Depois, sim, dizer que sinto um grande orgulho por estes jovens, que fizeram um percurso inacreditável e fantástico, numa competição dura e muito difícil. Podíamos ter ganho o troféu. Defrontámos uma grande equipa, sabíamos que ia puxar bastante por nós e estávamos preparados, no entanto, foram mais felizes que nós. Estes jovens, e todos os que nos acompanharam até aqui, merecem uma palavra de apreço. É mérito e fruto do trabalho de muita gente. Não é fácil chegar aqui. Estivemos muito próximo… estes jovens são o futuro. Somos uma família em todos os momentos. A vitamina extra vinda com a presença do presidente Luís Filipe Vieira e do treinador Rui Vitória, valida o nosso trabalho. Estamos muitos orgulhosos. Queríamos oferecer este título a todos os benfiquistas, ao Clube, não o conseguimos, mas estamos orgulhosos pelo trajeto”, João Tralhão, treinador
“Foi um jogo equilibrado, na 2.ª parte o Salzburgo fez valer a sua maior frescura física e a capacidade física dos jogadores e nós não conseguimos transpor nos segundos 45 minutos o que fizemos na 1.ª parte. Sabíamos que íamos encontrar uma equipa muito agressiva e pressionante… e meteram a carne toda no assador, como se costuma dizer no Futebol. Estamos tristes porque queríamos muito levar o título para o Museu Benfica Cosme Damião. Mas estivemos duas vezes presentes na Final Four, em quatro edições, e vamos com certeza voltar mais vezes. Com este talento, o futuro do Clube está assegurado. As finais são para ganhar, ma servem também para crescer e evoluir no Futebol Formação. Vai ser muito útil para estes jovens. É o início da carreira deles e não fim. Estamos a trabalhar para que tenham muitos títulos e vitórias e o futuro está assegurado. Vamos regressar aqui, não há duas sem três, e isto é muito importante para a marca Benfica”, Nuno Gomes, diretor geral do Caixa Futebol Campus
Caminho até à final...
No caminho até à final, o Benfica mediu forças com o Dínamo Kiev, Nápoles e Besiktas no grupo B. Passou no 2.º lugar e disputou o play-off com os dinamarqueses do Midtjylland, que eliminou nas grandes penalidades após 1-1 no fim do tempo regulamentar. Seguiu-se o PSV nos oitavos de final, igualmente eliminado nas grandes penalidades após empate a uma bola. Nos quartos de final, as águias derrotaram, em Moscovo, o CSKA por 0-2.
O Benfica confirmava assim a presença na final four de Nyon. Na meia-final bateu o Real Madrid por 2-4.
O Red Bull Salzburg entrou em prova no grupo dos 32 clubes que foram campeões de Juniores no respetivo país. Não disputou a fase de grupos, mas jogou duas eliminatórias, deixando pelo caminho as equipas do Vardar e do Kairat. No play-off bateu o Manchester City nas grandes penalidades. Nos oitavos de final goleou o PSG por 5-0 e nos quartos de final bateu o Atlético de Madrid por 2-1.
Chagava a final four de Nyon e os austríacos apanhavam pela frente o Barcelona, vencedor da 1.ª edição da UEFA Youth League. O Red Bull Salzburg ganhou por 1-2 e marcou encontro na final com o Benfica.
SA/MR

1 comentário:

  1. A recuar quando estamos a ganhar 1-0 e em modo de pontapé para a frente, jamais chegaremos lá. Não sei do que é que o Tralhão estava à espera, para mais, quando o adversário, era notório, ia crescendo e nos encostava às cordas. Era uma questão de tempo até sofrermos golo(s). Quando reagiu, viu-se que os nossos rapazes teriam sido capazes de vencer, até porque o adversário não é melhor. Mas já não ia a tempo.
    Esta mentalidade de jogar na retranca e esperar para ver, quando se está a ganhar 1-0, não serve ao Benfica. Porque é uma mentalidade de treinador vulgar (coisa que Tralhão não quererá ser) e de clubezeco, o que o Glorioso não é.
    Grande desilusão! Formar é o mais importante, concordo. Mas formar a ganhar é ouro sobre azul, tempera melhor os jogadores para o futuro, dá-lhes mais confiança nas suas capacidades e faz crescer neles a mentalidade vencedora.

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