«UMA ÉPOCA ASSIM VAI ACABAR SEM QUE NINGUÉM TENHA CULPA DE TANTOS ERROS?»

No blogue `Novo Geração Benfica´, Rui Gomes da Silva questionou a política da SAD liderada por Luís Filipe Vieira numa época em que os encarnados perseguiam o inédito penta.

«O que, no início da época, achamos que estaria ali, a dois passos, passou a ser muito difícil, durante alguns meses, para voltar a depender só de nós, à distância de uma vitória (ou, mesmo, de um empate) no jogo com o Porto, para morrer com o Tondela, e ter sido confirmado em Alvalade! Com um Benfica a querer ganhar um jogo que, mais uma vez, não nos deixaram ganhar! Uma exibição testemunhada por muitos fiéis, por aqueles que “morrem pelo Benfica” e que não mereciam sofrer uma desilusão tão grande! E se os que foram a Alvalade - quando já nada alimentava uma esperança no penta, a não ser o facto de dizerem que “somos loucos da cabeça” - são o exemplo dos que, durante a época, todos os anos, toda a vida, acompanham o Benfica, então eles merecem uma explicação para um mistério para que ninguém encontra resposta», argumentou o anunciado candidato à presidência das águias.

«Se, perdida a esperança no penta, depois da derrota em casa com o Tondela, a estrutura do Benfica se apressou a passar a mensagem de que, na próxima época, com ou sem Liga dos Campeões, voltaria a haver investimento, porque não o fez numa época em que poderíamos ganhar o 37.º campeonato da nossa História, um 5.º campeonato seguido, que tínhamos pela 1.ª vez ao nosso alcance? Haverá, por certo, alguma explicação! Mas essa escapar-nos-á até ao momento em que, juntando 2+2, tudo se torne claro», sublinhou Rui Gomes da Silva, prosseguindo, de dedo em riste:

«E se o não investimento na equipa (com a venda de 3 jogadores - Ederson, Semedo, Lindelof - e 1/2 - Mitroglou - fundamentais no tetra) sem qualquer reforço visível) é um mistério, numa época de um hipotético penta, o que dizer da antecipação de receitas ... para diminuir passivo bancário a muito poucas semanas de um jogo decisivo Não se encontra qualquer explicação, na operação e no momento, ... a não ser uma jogada para justificar um falhanço numa época, previsível na altura! Como acabou por acontecer! Também aqui haverá uma explicação que não é, por certo, aquela de que nos tentaram convencer!»

«Um dia saberemos as verdadeiras razões dessas opções!
Porque essa opção - de puro espírito mercantilista - impedirá o Benfica de poder ganhar tudo cá dentro e tentar ganhar alguma coisa lá fora! Contra a transformação do Benfica numa “feitoria” de jogadores, que não quero e, estou certo, os sócios rejeitam! Virá, por certo, a invocação da necessidade de vender, quando essa decisão estiver tomada! Como aparecerá a outra, a da aposta na formação, quando a decisão for a de não comprar! Aposta na formação sempre que não se comprar, necessidade de receitas sempre que se vender esse é o Benfica que eu como quase todos não queremos! É verdade! Essa é a esperança de quem acreditou que poderia ser penta ... e não foi!», sublinhou o antigo vice-presidente dos encarnados, resumindo o percurso das águias na temporada que se aproxima do seu epílogo:

«Uma época em que - nunca será demais repeti-lo - podíamos ter ganho (quase) tudo e não ganhamos (mesmo) nada! Uma época em que tivemos a pior campanha de sempre na Liga dos Campeões. Uma época em que fomos eliminados da Taça da Liga, num grupo com Braga e Portimonense e V. Setúbal. Uma época em que fomos eliminados da Taça de Portugal pelo Rio Ave. Uma época em que vendemos tudo o que tinha mercado e não compramos quase nada (aqui o quase corresponde a Krovinovic) o que precisávamos. Uma época em que nos foi prometido um investimento de 20 milhões em Janeiro, sem ter sido concretizado, uma época assim vai acabar sem que ninguém tenha culpa de tantos erros? São as perguntas que não podem ficar sem resposta! Ou melhor, poder podem, até ao dia em que os que não querem, hoje, dar já não o poderão fazer, porque já lá não estarão! Porque, quanto ao resto, nada de mais nem nada de menos! A mesma determinação de sempre, aumentada por perceber o incómodo trazido para quem “lá está” (ou de quem de lá não pode sair porque só de lá “recebe”) e a descoberta de tantos defeitos, em mim, por quem tanto odeia o Benfica!!!»