segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

DO BONFIM AO VAR


"O VAR é uma conquista irreversível do futebol contemporâneo. Mas sabemos, também, que o VAR é tecnologia, por ora, interpretada por humanos

1. Ontem no Bonfim o Benfica de Rui Vitória venceu, com um grande espírito colectivo, um Vitória de Setúbal bem organizado e muito lutador. Foi um jogo duro, bem agressivo, com assumidas picardias principalmente de alguns jogadores do Vitória de Setúbal. Com o lindo golo de Jonas o Benfica, este Benfica, conquistou três importantes pontos que reforçam o legítimo sonho da reconquista. O Benfica, este Benfica, mereceu ganhar. Foi um jogo sofrido para um Benfica em recuperação anímica e que põe de parte o lado artístico e evidencia, e bem, a primazia do resultado. São três importantes vitórias consecutivas. Agora segue-se um jogo que vale acima de tudo para a tesouraria. É a despedida da Liga dos Campeões face ao AEK e importa que esta embalagem de vitórias continue. E se reforce. Com a certeza que para o Benfica, e para os benfiquistas, é determinante, a todos os níveis, um Dezembro totalmente vitorioso. É determinante mesmo.

2. Bem sabemos que errar é humano. Não ignoramos que, muitas vezes, mais humano é atribuir o erro aos outros. Como a busca permanente da tia solteirapara nos redimir das faltas ou nos atribuir uma verba extraordinária! E eu que fui criado por duas tias solteiras sei bem dessa fascinante situação! Mas o que está a acontecer em certas não decisões do VAR é bem perturbante. E não me falem de protocolos. É, tão só, bom senso. Puro. E duro. Assumamos que o VAR é uma conquista irreversível do futebol contemporâneo. Mas sabemos, também, que o VAR é tecnologia, por ora, interpretada por humanos. E o VAR, o nosso VAR, implica, na sua construção e na sua avaliação, coragem. Diria que nas actuais circunstâncias do futebol português acrescida coragem. Sem Var seria coragem extrema. Com VAR é coragem. Coragem individual e não coragemcorporativa. Já que esta não é coragem. É submissão. O que está para além da essência do futebol. Sabemos com Thomas Fuller que «algumas pessoas foram consideradas corajosas porque tinham medo de fugir». Mas também lemos que só «quem tem coragem para enfrentar os perigos, vence-os antes que eles o ameacem». E é este o desafio do VAR, exclusivo ou não, em Portugal e na nossa Liga NOS. E importa que estes derradeiros jogos de 2018 não perturbem mais a coerência do VAR. E da possibilidade de existir uma latente não coragem em certas circunstâncias. É que, então, coragem e razão não combinam. O que é um perigo terrível. Mesmo! E esta é, mesmo, uma chamada de atenção para o nosso Conselho de Arbitragem!


3. (...)

4. (...)"

Fernando Seara, in A Bola

4 comentários:

  1. .....o Benfica tem Benfiquistas de grande categoria..........este ou o Dr. Bagão Félix, por que não se assumem como legitimos candidatos à Presidência do Glorioso????

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  2. Sr Seara os gatunos continuam a viver dos tentáculos do polvo azul corrupto este futebol em. Portugal é uma fraude só batota agora até os verdes comem das roubalheiras

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  3. Mas caros Benfiquistas, coragem mas falamos de quem ou quem coragem cobardia e submissao andam de braço dado com as mesmas personalidades que fizeram o apito dourado, mas agora nao tem vergonha.

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  4. Pois há muito tempo que em vez de facilitar só complica cada vez mais e então só funciona para alguns, pra outros é lances atrás de lances cada um mais perigoso que outro, e os árbitros ficam impunes, é esta a minha opinião de falta de coragem para certas equipas, azul e verde quem paga é sempre o vermelho, então que se acabe com o mesmo

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