"Até ao momento em que escrevo, a Liga, ou qualquer dos seus dirigentes a título individual, desde o presidente, certamente ocupado a retocar o penteado, à figura decorativo do provedor do adepto (ainda existe ou foi trocada por um bibelot?), ainda não se dignou a recriminar ou sequer comentar o ataque bárbaro, perpetrar por dois selvagens, em Grijó, Gaia, no passado dia 23, ao autocarro em que cerca de 60 benfiquistas regressavam do Estádio da Luz após a fantástica goleada ao SC Braga. Exultou com a afluência aos estádios nesse dia, mas sobre Bruno Simões, gravemente ferido no incidente, não teceu qualquer consideração ou sequer lhe desejou uma rápida recuperação, o mínimo se houvesse um pingo de decência em quem dirige aquela instituição.
Bruno Simões foi o único hospitalizado, mas a agressão, na forma tentada, visou todos os passageiros daquele autocarro. Imagine-se a dimensão da desgraça se uma das pedras tivesse atingido o condutor... acrescente-se que é evidente que Bruno Simões e os seus companheiros de viagem foram vítimas ocasionais de um acto criminoso motivado pelo ódio ao Benfica. Moralmente, todos os benfiquistas foram atacados. Só não estávamos, felizmente, no sítio errado à hora errada.
Sobre o comentário reles, mais um, do presidente portista acerca do ocorrido, julgo que é mais relevador da sua personalidade e carácter que outra coisa qualquer. Não surpreendeu, assim como não surpreende a ponta reprodução por parte de alguns dos seus acólitos. Uma autêntica cartilha... Ah, ainda existe o IPDJ!?!?
P.S. Esta é a minha ducentésima crónica publicada no jornal O Benfica. É, para mim, um privilégio e uma honra incomensuráveis. Obrigado!"
João Tomaz, in O Benfica
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