"Então, amigo leitor, como correu o Natal? O meu foi espectacular. Em 24 anos de vida, pela primeira vez não tive de esperar pela meia-noite do dia 24 de Dezembro para ver o Pai Natal. Não. Desta vez, apareceu um dia mais cedo, dia 23, e deu-me logo seis presentes de rajada. Dizem que 'o Natal é quando um Homem quiser', mas não acho que essa velha máxima seja totalmente verdadeira. Vou reformular: o Natal é quando o Benfica quer. Isso, sim.
Não me parece que seja assim tão complicado. Aliás, a missão da equipa do Benfica é até bastante mais simples, na medida em que a minha mãe necessita de uma lista de ingredientes bem mais extensa para me fazer feliz. Pão de cacete fatiado, leite, açúcar, ovos e canela para fazer rabanadas; açúcar, água, canela, limão, miolo do pão, leite, vinho do Porto, manteiga e gemas de ovos para fazer mexidos (dispenso os frutos secos). Os jogadores precisam apenas de se apresentar em campo com a mesma raça, crer e ambição do jogo com o Braga e haverá Natal todas as semanas de certeza. Para além disso, dispõem ainda de outra vantagem: não têm de apanhar seca nas filas de supermercado.
Há uma teoria muito divertida, aparentemente partilhada pela larga maioria dos adeptos adversários, de que o Braga facilitou no jogo com o Benfica. Curiosamente, quando o Braga, em 2010, treinado por um antigo jogador do FCP, presidido por um alegado adepto do FCP, e representado por 5 jogadores com anteriores ligações ao FCP, liderava o campeonato e perdeu 5-1 no Dragão, os mesmos especialistas banalizaram a derrota, afinal aquela equipa do FCP era diabólica. Este ano, o Pai Natal até foi simpático. Mas esqueceu-se de oferecer algumas doses de coerência."
Pedro Soares, in O Benfica
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