terça-feira, 29 de outubro de 2019

"TEMOS DE ESTAR NO NOSSO MELHOR"


EQUIPA PRINCIPAL
O treinador encarnado fez a antevisão ao Benfica-Portimonense da 9.ª jornada da Liga NOS.
Benfica e Portimonense defrontam-se às 20h15 de quarta-feira. No Estádio da Luz vai jogar-se para a 9.ª ronda da Liga NOS e Bruno Lage afirmou, em conferência de Imprensa, que a equipa encarnada tem de estar ao melhor nível para vencer.
Apesar de as exibições não estarem a corresponder na totalidade às expetativas, as águias estão inseridas num ciclo difícil de jogos que continua com o Portimonense. Como é que o Benfica vai encarar esta fase complicada?
Há as expetativas e há as exigências. Temos isso claro na nossa mente. Queríamos ter uma reentrada forte e há que dar continuidade a isso, sabendo que temos condições para jogar melhor, há essa exigência internamente, no entanto, o mais importante, quando as exibições não surgem com a qualidade que já surgiram esta época, é conquistar os três pontos. Com pontos é que se fazem os campeões e essa tem de ser sempre a nossa mentalidade. O Portimonense é uma equipa competente, que tem uma dinâmica muito interessante em termos ofensivos. Pode jogar em diversos sistemas, contra os grandes realizam sempre grandes exibições, basta ver o jogo que fizeram esta época perante o FC Porto, e o jogo que fizeram o ano passado contra nós, por isso, temos de estar no nosso melhor.
Na análise recente aos jogos parece haver uma maior preocupação em montar a equipa em função do adversário. Poderá ser isso um dos motivos da queda exibicional?
O que às vezes faço é ir explicando o que vai acontecendo ao longo do jogo e em função do momento quer do nosso ou do adversário. A forma de trabalhar é a mesma. Já falámos internamente que há determinadas situações que não nos estão a deixar ser tão fortes e que não nos estão a permitir ter o mesmo nível exibicional que foi apresentado no início da época. As lesões têm-nos retirado alguns jogadores importantes na equipa.
A série de quatro jogos em dez dias poderá obrigar a uma rotação do plantel?
Temos sempre séries complicadas de jogos. É fundamental as pessoas entenderem aquilo que é jogar com dois, três ou quatro dias de intervalo. Depois há que entender o real valor do jogador e o real valor de cada momento. Há jogadores que recuperam mais rápido que outros, por isso, o mais importante é a cada momento apresentar o melhor onze e a melhor estratégia para cada jogo. Não é só olhar para os jogos que se seguem, há que olhar também para a sequência de jogos que tem vindo a ser feita. Se fosse possível jogar sempre com três dias de intervalo, ou seja, de quatro em quatro dias, metade destes problemas, quer a nível de lesões, quer ao nível de recuperação, nem se colocavam, mas infelizmente, ou felizmente porque é aquilo que move a dimensão do espetáculo e do futebol, são os horários da televisão e a indústria cresceu muito com essa situação.
Agora que o Benfica já tem uma base mais sólida de jogos, que diferenças é que encontra entre este Benfica e o do ano passado?
Há uma ideia coletiva e depois as dinâmicas são trazidas pelos nossos jogadores. Com atletas diferentes, obviamente que as dinâmicas têm de ser outras. Não temos tido a possibilidade de jogar, principalmente no Campeonato, com o mesmo onze por isso as transições defensivas e as dinâmicas ofensivas acabam por ser diferentes. A nossa mentalidade é de ter os olhos sempre sobre a baliza adversária, em tentar desmontar a linha adversária e, como equipa grande e da maneira que queremos jogar, temos de correr certos riscos.
O Benfica está menos rematador do que no ano passado. Que explicações encontra para este decréscimo ao nível da quantidade de remates?

Em 27 jogos, fizemos 25 vitórias, um empate e uma derrota. As estatísticas valem o que valem e quer um recorde, quer outro, nós guardamos sempre na mesma gaveta e preparamos sempre o jogo seguinte da melhor maneira para o vencer. Não é para estatísticas, nem recordes, nem para situações pontuais que olho. A minha forma de estar é de vencer sempre o jogo seguinte.
Disse que há várias coisas que não estão a permitir à equipa ser tão forte. Um dos problemas que referiu publicamente foi o estado da relva do Estádio da Luz. O departamento médico vai ter algum cuidado especial para evitar lesões?
O problema foi detetado internamente, desde o jogo com o FC Porto e se percebeu que não haveria condições de colocar o relvado nas condições do da época passada e, como tal, começou-se a pensar em alterá-lo. Vai ser feito, brevemente, para que também seja outro fator a nosso favor. Vai trazer-nos outra qualidade ao nível da circulação da bola com certeza. Nesta profissão não temos tempo para pensar no que vai acontecendo, mas sim há que pensar nas soluções. Relativamente ao departamento médico e à equipa técnica não há nada a apontar. Temos de continuar a fazer o bom trabalho que temos realizado nessa área e recordo aquilo que foi a fantástica recuperação do Vinícius. A recuperação do Chiquinho foi quase um recorde relativamente àquilo que era a previsto. E fica o desafio, público, para o Rafa que, sendo mais rápido que o Chiquinho, se consiga recuperar mais rápido que ele.
Vai ficar na história do Clube por ter sido o mais rápido a atingir as 25 vitórias no Campeonato. O que sente por ter atingido este recorde?
Não tinha ideia do recorde. É um registo importante e interessante. Eventualmente daqui a uns anos, é olhar para trás e ver o caminho. Sinto que ainda estou a começar. É um começo muito bom a este nível, mas já levo 20 anos de carreira e isso deixa-me feliz por aquilo que tenho vindo a atingir, contudo, a nossa forma de estar é olhar e pensar sempre no próximo jogo. O que controlamos é a nossa tarefa e aquilo que fazemos em campo.
AGRADECIMENTO AOS ADEPTOS
Uma palavra final para os nossos adeptos que estiveram em Tondela. É essa a exigência e esse apoio que nós pretendemos. Lanço este agradecimento enquanto líder do grupo. Apoiar-nos do princípio ao fim, mesmo sabendo que a equipa ainda não está a jogar aquilo que nós pretendemos, mas do primeiro ao último minuto a apoiar, a dar-nos energia positiva e, no final, uma resposta certa. Sendo assim, seremos sempre mais fortes.

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